"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
A dote seu Filho
Um rapaz, filho de um advogado famoso por seus livros na área de Direito, compareceu ao tribunal, acusado de falsificação de cheques. O juiz, um velho amigo de seu pai, dirigiu-se a ele dizendo com rispidez: “Rapaz, você se lembra de seu pai? Você o tem desonrado”.
“Lembro-me perfeitamente”, respondeu o jovem, com bastante calma. E prosseguiu: “Quando eu o procurava para lhe pedir conselhos ou companhia, ele sempre respondia: ‘Vá embora, menino, eu estou ocupado’. Assim, meu pai terminou de escrever os livros e aqui estou eu” (David Merkh).
Quando os pais se omitem na tarefa de educar os filhos, é certo que alguém assumirá esse papel. Num terreno o¬nde nada se cultiva, o mato não demora a tomar conta. Às vezes, mesmo tomando os cuidados necessários, o mato brota e sufoca as plantas.
Uma recente campanha contra as drogas, tinha como tema: “Adote seu filho, antes que um traficante o faça”. Uma frase dura, mas bem próxima da realidade. E não apenas traficantes, mas diversos outros “pais adotivos” podem levar filhos e filhas para longe do caminho ideal.
As palavras do livro de Deuteronômio, capítulo 6, versículo 6 e 7, por isso, são atualíssimas: “Guardem sempre no coração as leis que eu lhes estou dando hoje e não deixam de ensiná-las a seus filhos”. Mas notemos que Deus pede primeiro aos “adultos” que guardem as suas leis. Então, pede que as ensinemos aos nossos filhos. Os pais devem ser os primeiros a conhecerem a vontade de Deus e tê-la presente em suas vidas, para que possam transmiti-las com amor e alegria aos seus filhos, educando-os no caminho do Senhor e livrando-os das mãos de falsos “pais adotivos”, que certamente irão prejudicá-los.
“Adote” o seu filho! Ensine a ele a vontade de Deus. Nada substitui a educação vinda dos pais na vida de uma criança, tendo sempre como exemplo o amor de Deus, que deu o seu próprio Filho para morrer em favor de todos nós.
“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse com eles quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.” Dt 6:5-7
Ananias e Safira
Em Atos 5 encontramos a narrativa do que aconteceu com Ananias e Safira:
Um homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, também vendeu uma propriedade.
Ele reteve parte do dinheiro para si, sabendo disso também sua mulher; e o restante levou e colocou aos pés dos apóstolos.
Então perguntou Pedro: “Ananias, como você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, ao ponto de você mentir ao Espírito Santo e guardar para si uma parte do dinheiro que recebeu pela propriedade?
Ela não lhe pertencia? E, depois de vendida, o di.nheiro não estava em seu poder? O que o levou a pensar em fazer tal coisa? Você não mentiu aos homens, mas sim a Deus”.
Ouvindo isso, Ananias caiu morto. Grande temor apoderou-se de todos os que ouviram o que tinha acontecido.
Então os moços vieram, envolveram seu corpo, levaram-no para fora e o sepultaram.
Cerca de três horas mais tarde, entrou sua mulher, sem saber o que havia acontecido.
Pedro lhe perguntou: “Diga-me, foi esse o preço que vocês conseguiram pela propriedade?”Respondeu ela: “Sim, foi esse mesmo”.
Pedro lhe disse: “Por que vocês entraram em acordo para tentar o Espírito do Senhor? Veja! Estão à porta os pés dos que sepultaram seu marido, e eles a levarão também”.
Naquele mesmo instante, ela caiu morta aos pés dele. Então os moços entraram e, encontrando-a morta, levaram-na e a sepultaram ao lado de seu marido.
E grande temor apoderou-se de toda a igreja e de todos os que ouviram falar desses acontecimentos.
Ao ler esta história fico pensando como ela nos revela a possibilidade de que, mesmo em meio a um tremendo avivamento espiritual, possa haver o que George Verwer chamou de pseudodiscipulado - pessoas que fingem ser discípulos de Cristo e não o são.
O pseudodiscípulo é alguém que aparenta ser um discípulo (aprendiz) de Cristo, mas não é. Canta, ora, fala o cristianês fluentemente, mas é tudo uma fachada. Sua vida está cheia de engano e mentira, seus motivos são a glória própria e o reconhecimento dos homens, seu Deus é o ego. Apesar de alguns pseudodiscípulos viverem sob a sombra do auto-engano, muitos estão conscientes de sua falsidade e mentira. Em O Povo da Mentira, o psicólogo Scott Peck fala sobre essa doença da alma - a mentira e auto-engano.
O pecado de Ananias e Safira não foi a falta de generosidade, foi o fingimento. Eles não tinham sido obrigados a dar tudo. Não havia nenhuma pressão sobre eles para que assim o fizessem. Mas movidos pelo desejo de aparentar ser quem não eram, elas tentaram enganar a comunidade cristã em busca de reconhecimento e louvor dos homens. O fim deles foi trágico e serve como um alerta para todos aqueles que seguem pelo mesmo caminho. Evidentemente Deus não está operando o juízo da mesma maneira hoje - se Deus estivesse agindo assim, nossas igrejas estariam cheias de cadáveres! No entanto, as consequências do pseudodiscipulado são sempre trágicas.
Que Deus nos ajude a submeter nossas vidas à sondagem do Espírito Santo movidos por um santo temor de Deus - algo um tanto esquecido hoje em dia - e orar como fez o salmista: Sonda-me, ó Deus,e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo te ofende,e dirige-me pelo caminho eterno.
Se Fiél até o Fim
Conta-se que, por volta do ano 250 a.C, na China antiga, um príncipe da região norte do País estava às vésperas de ser coroado Imperador, mas, de acordo com a lei, deveria se casar. Sabendo disso, resolveu fazer uma disputa entre as moças da corte, inclusive quem quer que se achasse digna de sua proposta que não pertencesse à corte.
No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e apresentaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar à casa e relatar o fato à jovem filha, espantou-se ao saber que ela já sabia sobre o dasafio e que pretendia ir à celebração.
Então, indagou incrédula: — Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça. Eu sei que você deve estar sofrendo, mas não transforme o sofrimento em loucura.
A filha respondeu: — Não, querida mãe. Não estou sofrendo e muito menos louca. Eu sei perfeitamente que jamais poderei ser a escolhida. Mas é minha única oportunidade de ficar, pelo menos alguns momentos, perto do príncipe. Isto já me torna feliz.
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anunciou o desafio: — Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura Imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de cultivar algo, sejam relacionamentos, costumes ou amizades.
O tempo foi passando. E a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara. Usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho; mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e da sua dedicação, a moça comunicou à mãe que, independentemente das circunstâncias, retornaria ao palácio na data e na hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes. Mas, cada jovem com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada. Nunca havia presenciado tão bela cena.
Finalmente, chega o momento esperado e o príncipe passa a observar cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anunciou o resultado, indicando a bela jovem que não levara nenhuma flor como sua futura esposa. As pessoas presentes na corte tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque o príncipe havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado.
Então, calmamente o príncipe esclareceu: — Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma Imperatriz. A flor da Honestidade. Pois, todas as sementes que entreguei eram estéreis.
"Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida" (Apocalipse 2.10).
Contenda
“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas;” (Filipenses 2:14 ARC)
Contender é sinônimo de luta, combate, briga ou disputa. Isso simplesmente não deveria aparecer no meio do povo de Deus, mas pela época deste escrito de Paulo, fica nítido que não é coisa nova. Hoje portanto, não só não é novidade como já deveria ter dado tempo de ser retirado do nosso meio. Contendas surgem por conta de egoísmo, sede de poder, valorização pessoal…
As brigas e disputam acontecem de várias formas, inclusive com contato físico. É horrível, mas já vi irmãos se empurrando por conta de contendas dentro da igreja. Não é comum, admito. Mas a gritaria, as ofensas e as várias formas de influência, legítima ou não, sobre as demais pessoas, consiste em contenda.
Talvez passe despercebido para alguns, mas Deus nunca estabeleceu distinção entre o serviço santo e o secular, até por que o Novo Testamento nos ensina claramente que todos somos raça eleita e sacerdócio real, somos Dele e para Ele, todos nós e o tempo todo. Isso significa que não devemos excluir coisas difíceis de “todas as coisas” mesmo fora da igreja.
Leve isso para seu vizinho chato que ouve música muito alto. Ou para o atendende que insiste em errar no troco, ou naquela situação em que seus direitos são violados. Há outras formas de fazer seus direitos prevalecerem e a justiça ser feita. Sem gritaria, sem agressão, sem necessidade de contenda. Não se resolve nada tentando gritar mais alto ou perdendo a compostura. Por outro lado, é muito constrangedor gritar com alguém que revida com sorriso e constantemente oferece a outra face ao invés de revidar – que foge da contenda, se preferir.
Não se trata de temperamento, mas de domínio do Espírito Santo sobre nossa vida. É natural contender. É sobrenatural vencer a tendência de contenda.
ichtus
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
O Engano de Gibeon
Josué era o grande líder do povo de Israel, responsável por conduzir a nação na conquista de seu território em Canaã. Todos os povos da região estavam horrorizados diante de Israel por saberem das magníficas vitórias que já tinham alcançado. Dentre esses, estavam os gibeonitas. Seu medo dos israelitas era grande. Daí, tramaram um plano: vestiram roupas velhas e rasgadas, colocaram pães mofados em suas sacolas e foram até Josué dizendo serem viajantes vindos de uma terra distante. Josué não destruiria viajantes, mas sim moradores da terra de Canaã. Infelizmente, ele acreditou na conversa daqueles homens e fez aliança com eles, prometendo-lhes que não lhes mataria. Três dias depois, Josué descobriu que havia sido enganado. Entretanto, não podia matar aqueles homens pois tinha-lhes feito uma promessa.
Deste episódio, destacamos o seguinte :
Até um verdadeiro servo de Deus pode ser enganado. Isso acontece quando deixamos de orar pedindo a orientação do Senhor para nossas decisões.
Deus não interfere de forma "automática" em todas as situações de nossa vida. Não vamos aqui determinar uma regra para a ação de Deus, mas a experiência de Josué nos mostra que, se queremos sempre a intervenção de Deus, devemos orar sempre pedindo que ele opere. Normalmente, quando não pedimos, isto significa que nos consideramos totalmente competentes para resolver o problema sozinhos.
O inimigo não tem poder para nos vencer numa luta honesta. (Aliás, honestidade não faz parte do seu caráter). Então, ele finge que é nosso amigo e tentar fazer com que nós mesmos tomemos atitudes que possam servir aos seus propósitos. Observe que, devido ao seu descuido, Josué acabou por tomar uma atitude que ajudou seus inimigos. Normalmente, Satanás atua na vida das pessoas com as ferramentas que elas mesmas lhe emprestam. São as decisões erradas que tomamos.
O servo de Deus deve honrar sua palavra. Mesmo descobrindo que foi enganado, Josué não matou aqueles inimigos. Por quê? Ele havia feito uma aliança, um compromisso com eles. E sua palavra não podia ser revogada. Um homem vale tanto quanto valer sua palavra. Se você prometeu, cumpra. Logicamente, se prometeu fazer algo errado, o melhor é que você se arrependa e não faça.
Os pactos que os povos realizavam entre si, naquela época, implicavam em colaboração em situações de guerra. Até hoje existe esse tipo de compromisso entre diversos países. Por esse motivo, Josué se comprometeu a, não somente a poupar a vida dos gibeonitas, como também a defendê-los de outros inimigos. Assim, quando eles foram atacados por outros cinco povos, Josué foi chamado para socorrê-los. Ele poderia simplesmente deixar que os gibeonitas fossem destruídos, mas novamente vemos aí a fidelidade de Josué à sua promessa. Ele se dispôs a lutar a favor dos gibeonitas. Entretanto, o dia estava terminando e a noite seria um período de desvantagem para os israelitas. Josué orou então ao Senhor e, em seguida, ordenou que o sol e a lua parassem. Assim, o tempo parou, o dia se prolongou até que Josué vencesse aquela batalha. Vemos então a interferência de Deus na história do seu povo. Quando não oramos, somos enganados e derrotados. Quando oramos ao Senhor, ele age em nosso favor de modo grandioso e sobrenatural. Oremos pois, e sejamos mais que vencedores em Cristo Jesus.
Anísio Renato de Andrade
A Viagem de Jacó
Gn.28.10-22
Fugindo de Esaú, Jacó foi para a cidade de Harã, onde vivia a família de sua mãe, Rebeca.
1- A situação de Jacó.
Um homem em fuga, temendo a morte, sozinho, sem dinheiro, sem bens materiais. O pior é que Jacó ainda não era um servo de Deus. O Senhor se apresentou com "Deus de Abraão" e "Deus de Isaque", mas ainda não era "Deus de Jacó" (Gn.28.13,21). A experiência do pai produz bênção para o filho, mas não é garantia de salvação.
2- Um encontro com Deus.
Jacó tinha informações sobre Deus mas não tinha consciência da presença de Deus (Gn.28.16).
Deus tomou a iniciativa de um encontro com Jacó. O homem não pode alcançar Deus, mas Deus busca o homem através de Jesus Cristo.
3- Um compromisso com Deus.
Jacó queria pão e roupa. As necessidades materiais nos incentivam a buscar ao Senhor.
Deus pode nos dar todas as bênçãos materiais, mas o mais importante é um compromisso de fidelidade ao Senhor.
A vida de Jacó foi transformada. Nossa vida é uma viagem. Não podemos passar por ela
sem um encontro com Deus e sem um compromisso com ele.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
O que significa “o que é devido à paz”
O que significa “o que é devido à paz” em Lucas 19:42?
Quando Jesus chegou a Jerusalém, poucos dias antes da crucificação, ele “chorou e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos” (Lucas 19:41-42).
Estas palavras fazem parte da resposta de Jesus aos fariseus, que o criticaram por aceitar a adoração dos discípulos (19:38-40).
As palavras “o que é devido à paz” significam “os termos da paz”, “o que pertence à paz” ou “o que leva à paz”. Com este entendimento, podemos ver a riqueza das palavras de Jesus e a aplicação delas aos ouvintes naquele dia, e aos leitores nos dias de hoje.
Isaías, profetizando 700 anos antes de Cristo, falou do Messias como o “Príncipe da Paz”. Zacarias, o pai de João Batista, entendeu a importância do trabalho de conduzir pessoas “pelo caminho da paz” (Lucas 1:79). Os anjos que anunciaram o nascimento do Salvador cantaram: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lucas 2:14). Para os discípulos que acompanhavam Jesus, a Paz estava chegando (Lucas 19:38).
Mas o ponto de vista dos fariseus era outro. Eles não olhavam para Jesus como a paz ou a solução. Eles o consideravam uma ameaça, alguém que tomaria a posição deles. Para estes líderes religiosos, Jesus trouxe divisão e conflito. O próprio Jesus sabia do transtorno que causaria: “Supondes que vim para dar paz à terra? Não, eu vo-lo afirmo; antes, divisão” (Lucas 12:51).
O orgulho e preconceito dos fariseus foram tão grandes que não conseguiram enxergar a glória do Príncipe da Paz. Os humildes discípulos adoravam e se regozijaram na presença do Salvador, mas os líderes se sentiram ameaçados. Jesus continuou sua conversa com eles, falando do castigo que viria sobre Jerusalém “porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação” (Lucas 19:43-44). Visitação, em Lucas, significa a vinda de Deus para salvar seu povo (cf. Lucas 1:68,78; 7:16). Os líderes em Jerusalém não reconheceram a oportunidade para serem salvos.
Hoje, muitas pessoas olham para Jesus como uma ameaça que tiraria delas a liberdade para pecar. De fato, ele daria a libertação do pecado, trazendo a reconciliação com Deus. Paulo disse aos gentios que aceitaram Jesus: “Naquele tempo, estáveis sem Cristo, ... não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz” (Efésios 2:12-14).
– por Dennis Allan
Satanás ! Sua Origem, Obra e Destino
I. A ORIGEM DE SATANÁS
A existência de um ser ímpio tal como Satanás é, em face de nossa crença em Deus como sendo infinitamente santo e contudo criador de todas as outras coisas, apresenta esta pergunta inescapável: Como vamos dar conta de sua existência?
Cético tem imaginado que a pergunta: Quem fez o diabo? Oferece uma objeção irrespondível à doutrina cristã de Deus. Mas a Bíblia responde a esta pergunta clara e razoavelmente.
1. SATANÁS, UM ANJO DECAÍDO.
Afirmamos isso pelas três seguintes razões:
(1) Ele é da mesma natureza que os anjos.
As obras atribuídas ao diabo tornam tarefa a nós impossível compreendê-lo algo outro que incorpóreo. Se ele fosse material, limitar-se-ia ao espaço; e, portanto, não poderia prosseguir com as obras universais de impiedade a ele atribuídas na Bíblia.
(2) Ele é o líder de certos anjos.
Em Mateus 25:41 Cristo usa a expressão: "O diabo e seus anjos".
(3) Um destino comum espera Satanás e esses anjos.
Na passagem referida há pouco a Cristo Ele nos conta que o inferno foi preparado tanto para o diabo como para seus anjos.
Concluímos que esses anjos dos quais Satanás é o líder e de cujo castigo ele se aquinhoará são os anjos decaídos mencionados por Pedro e Judas. Parece-nos claro, então, que Satanás mesmo é um anjo decaído.
A declaração em João 8:44 para o efeito que o diabo "foi homicida desde o princípio" não precisa de ser tomada como permanecendo em conflito com o precitado. A expressão "desde o princípio" não precisa de ser tomada como referindo-se ao princípio da existência do diabo: pode referir-se, e cremos que se refere, ao princípio da história humana.
2. DADOS DA QUEDA DE SATANÁS.
Cremos que temos na Escritura duas relações fragmentárias da queda de Satanás. Referimo-nos a Ezequiel 28:12-18 e Isaías 14:12-17.
A primeira dessas passagens foi endereçada ao rei de Tiro; a segunda ao rei de Babilônia. Em ambas, mas mais especialmente na primeira, algo da linguagem é forte demais para aplicar-se a qualquer homem. Cremos que essas passagens, quais muitas outras profecias, tem uma dupla referência. Isto é verdade de algumas das profecias concernentes ao reajuntamento de Israel: sendo a sua referência imediata à volta de Israel após os setenta anos de cativeiro na Babilônia. Mas, elas fazem também uma clara referência remota ao reajuntamento de Israel disperso no fim dos tempos. Em Mateus 24:4-51 temos uma dupla referência maravilhosamente trabalhada em conjunto. A razão desta dupla referência é que a destruição de Jerusalém em 70 A. D. foi um tipo do cerco final de Jerusalém logo em precedência ao segundo advento de Cristo à terra para julgar o mundo e estabelecer o Seu reino milenial; e, sem duvida, a razão da dupla referência nas passagens que estamos considerando de Ezequiel e Isaias é que os reis de Tiro e Babilônia foram tomados como tipos "do homem do pecado" (2 Tessalonicenses 2:3,4), a "besta" do Apocalipse (Apocalipse 13 e 17), que não será senão uma ferramenta nas mãos de Satanás. Portanto, as palavras dos profetas vêem além desses reis ao poder dominante atrás deles, dirigindo-se a Satanás através dos seus representantes. Temos outros casos onde Satanás está assim endereçados. Em Gênesis 3:15 Satanás está endereçado através da serpente, seu instrumento e em Mateus 16:22,23 através de Pedro, em quem Cristo percebeu o espírito de Satanás.
(1) Referência a Satanás na sua condição Intacta.
"Tu és o Selador da soma, cheio de sabedoria e perfeito em formosura; estavas no Edem, jardim de Deus, toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti, foram preparados no dia em que foste criados. Tu eras o querubim, ungido para cobridor e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras fulgentes andavas. Perfeito eras nos teus caminhos desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti" (Ezequiel 28:12-15).
(2) Referência à queda de Satanás.
"Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência e pecaste; pelo que te lançarei profanado do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras fulgentes. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor, por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que a ti olhem. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários. Eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo que te consumiu a ti e te tornei em cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem" (Ezequiel 28:16-18).
"Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva do dia? Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações? E tu dizias no teus coração: Eu subirei ao céu, por cima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei sobre as alturas das nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo derribado serás no inferno, aos lados da cova. Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão e dirão: É este o varão que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos? Que punha o mundo como deserto e assolava as suas cidades? Que a seus presos não deixava soltos para suas casas?" (Isaías 14:12-17).
Destas duas relações parece claro que Satanás caiu pelo orgulho. Está isto em harmonia com as seguintes passagens:
Provérbios 16:18. A soberba precede a ruína e o espírito altivo a queda.
1 Timóteo 3:2,6. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível ... não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.
Por Ezequiel entendemos que Satanás acupava lugar muito elevado entre os anjos no seu estado intacto. "Eras o querubim ungido que cobrias e eu te estabeleci, de maneira que estavas sobre o santo monte de Deus". Notai que ele não era "um querubim ungido", mas "o querubim ungido". "Ungido" quer dizer separado como um sacerdote ao serviço de Deus. "O ungido querubim que cobre" alude provavelmente ao querubim que cobria o propiciatório com suas asas no templo (Êxodo 37:9). Isto parece indicar que o diabo era o líder da adoração angélica; provavelmente ocupava o lugar que agora é ocupado por Miguel, o arcanjo.
II. A OBRA DE SATANAZ
1. O PECADO ORIGINADO NO UNIVERSO.
As passagens supra, que dão um relato velado da queda de Satanás, apontam-nos a narrativa mais antiga que temos na Bíblia sobre o pecado. Sabemos que Satanás caiu antes do homem, porquanto Satanás solicitou o homem ao pecado. "O pecado não foi uma criação mas uma origem: veio a existir pelo auxilio daquele que teve existência anterior, nomeadamente, personalidade e o poder de livre escolha. Deus não criou esse ser como o Diabo, mas como um anjo santo, o qual originou o pecado pela desobediência e se transformou no diabo ímpio que é hoje (Bancroft, Elemental Theology).
2. INTRODUZIU O PECADO NA FAMÍLIA HUMANA.
Gênesis 3:1-16. Há uma conexão íntima entre o que notamos de Isaias a respeito do diabo e o seu método de seduzir Eva. Satanás foi enxotado do céu porque disse: "Far-me-ei semelhante ao Altíssimo". Ele enganou Eva por dizer-lhe que, em vez de morrer como resultado de comer o fruto proibido, torna-se?ia ela "como Deus, conhecendo o bem e o mal".
3. POSSUI E CONTROLA O MUNDO
Jó 9:24; Mateus 4:8,9; João 12:31; 14:30; 16:11; 2 Coríntios 4:3,4; Efésios 6:12. Deus possui o mundo (Salmos 24:1), mas, como lemos em Jó 9:24, o mundo foi dado na mão de Satanás temporariamente e Satanás o domina, sujeito a tais limitações como Deus se apraz impor. Vide Salmos 76:10.
4. ACUSA O POVO DE Deus.
Jó 1:6-9; 2:3-5; Apocalipse 12:9,10. "Diabo" significa "acusador" ou "enganador".
5. TAMBÉM PROVA, ESCONDE, RESISTE E ESBOFETEIA.
Lucas 22:31; 1 Tessalonicenses 2:18; Zacarias 3:1; 2 Coríntios 12:7.
6. PROCURA OPOR-SE E ESCONDER A OBRA DE DEUS.
Mateus 13:39; Marcos 4:15; 2 Coríntios 11:14,15; 2 Tessalonicenses 2:9,10; Apocalipse 2:10; 3:9.
7. TENTA, ENLAÇA E GUIA OS HOMENS AO MAL.
1 Crônicas 21:1; Mateus 4:1-9; João 13:2,27; Atos 5:3.
8. CONTROLA E CEGA OS PERDIDOS.
João 8:44; 12:37-40; Atos 26:18; 2 Coríntios 4:4; 2 Timóteo 2:26. A cegueira em 2 Coríntios 4:4 e aquela em João 12:37-40 são o mesmo. Sua causa imediata é a depravação da natureza carnal. Diz-se que o diabo é o autor desta cegueira porque ela é o autor do pecado. Na derradeira passagem é atribuída a Deus porque é pela vontade permissiva de Deus que se concedeu ao diabo trazer o pecado ao mundo. Para mais extensa discussão desta cegueira vide o capítulo sobre a livre agencia do homem.
9. CAUSA ENFERMIDADES.
Lucas 13:16; Atos 10:38.
10. TEM O PODER DA MORTE.
Hebreus 2:14.
Mas, graças sejam dadas a Deus, toda a obra de Satanás está senhoreada pela onipotência e onisciência de Deus e é feita para operar ultimadamente para glória de Deus e para o bem dos santos. Vide Salmos 76:10; Romanos 8:31; 2 Coríntios 12:7; Efésios 1:11.
Na queda de Pedro temos um exemplo excelente de como Deus é glorificado e os santos beneficiados mesmo atravéz da tentação do diabo que atualmente produz o pecado nas vidas dos santos. A experiência de Pedro em negar a Cristo fê-lo homem diferente dele mesmo. No julgamento de Jesus ele Pedro acovardou-se ante uma criadinha, mas no Pentecostes ele topou a multidão dos crucificadores de Cristo com palavras ardentes de condenação. A queda de Pedro tirou-lhe a Fiúza em si mesmo. Assim, Satanás, buscando a completa ruína de Pedro, como ele teve a de Jó, peneirou a palha e deixou o trigo. Podemos ver também que as aflições de Satanás trouxeram no fim maiores bênçãos a Jó.
III. O DESTINO DE SATANAZ
A noção comum que Satanás está agora no inferno não é correta. O mesmo é verdade da idéia de Satanás ficar sempre no inferno como o que inflige tormento sobre outros. Ele habita agora nos ares (Efésios 6:11,12), tem acesso a Deus (Jó 1:6) e é ativo sobre a terra (Jó 1:7; 1 Pedro 5:8). Mas, finalmente, Satanás será lançado no inferno.
Já notamos que o inferno foi preparado para o diabo e seus anjos. Na passagem seguinte temos a relação de como ele será lançado no inferno:
"E o diabo que os enganou foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde também estão a besta e o falso profeta; e serão atormentados dia e noite para todo o sempre" (Apocalipse 20:10).
Isto é para acontecer ao cabo do "pouco tempo", durante o qual é para Satanás ser solto outra vez após o milênio. Precedendo o milênio, a besta e o falso profeta serão lançados no lago de fogo (Apocalipse 19:20).
Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
A Vida é Bela
É interessante como as coisas ocorrem, e com elas vamos aprendendo o que vem de nosso Pai, e o que vem do governante desse mundo.
A vida é bela
“Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece”. Filipenses 4: 13
É interessante como as coisas ocorrem, e com elas vamos aprendendo o que vem de nosso Pai, e o que vem do governante desse mundo.
Enquanto vivemos iludidos com nosso dia a dia, na correria desenfreada, muitas coisas ocorrem a nosso lado, dentro de nós, com nossa vida, e nem notamos, outras coisas nos chamam a atenção e por causa delas nos entregamos a histórias que depois descobrimos não serem assim tão interessantes, e, às vezes até descobrimos que na realidade só serviram para nos atrasar o passo.
Antes de realmente entregarmos nossa vida ao Pai isso é muito comum, e vivemos sempre nos arrependendo disso ou daquilo. Mudar de direção se torna comum, e tudo em nome de às vezes simplesmente mantermos nosso nome limpo, outras para conseguirmos trocar nosso carro, ou quem
sabe nossa casa, ou simplesmente podermos passar a assistir aos mesmos filmes numa tv de 100
polegadas, ou poder comprar roupas novas mais na moda. Outros diriam, temos que ganhar mais para podermos guardar mais e fazer viagens incríveis, conhecer o mundo, e bla, bla, bla...
Poderia aqui fazer uma lista infindável dos motivos pelos quais todos se utilizam para iludirem a si próprios do porque dessa ganância, dessa corrida ao pote de ouro, desse deixar-se levar pelas aparências, desse buscar a felicidade no exterior.
Mas quando conhecemos ao Pai, as coisas vão mudando, o caminho vai se descortinando, a vida vai mudando, o interior vai surgindo, a realidade vai brotando, a liberdade toma conta, a felicidade se torna algo palpável e real em nossa vida. O desespero, a agonia, o sofrer antes, o esperar o amanhã, o lembrar o ontem somem, e, em seu lugar surge a certeza do agora, a certeza de que estamos protegidos, a certeza do venha o que vier seremos capazes por intermédio daquele que nos guia a superar, por maior que seja a barreira, por maior que seja o rombo...
Ao adentrarmos nesse estágio passamos a observar com calma o que nos rodeia, e fica nítida a diferença entre o desespero daquele que acredita em si e espera com seu esforço vencer a batalha e a paz daquele que espera no Senhor, que já sabe que o Pai tudo dá dentro do que Ele acha necessário àqueles que já entenderam isso e abdicaram de quererem ser seus próprios governantes e entregaram nas mãos Dele, do criador, suas vidas, vontades e destino.
Com esse aumento da percepção ficamos mais vulneráveis a notar as pequenas coisas que realmente nos tornam felizes, e de vez por todas aprendemos a dar valor ao que realmente tem, ao que realmente conta, mudando todas as prioridades, satisfazendo-nos com a luz, com a harmonia, com o amor, com um pequeno gesto amigo, com uma palavra boa, com uma linda música, ao contemplar uma linda paisagem, ao vermos que outros seres assim como nós mesmos começam a enxergar também.
Observo que a cada dia aquela volúpia de querer, e querer, some, e no seu lugar penetra no interior a satisfação do estar vivo, do estar bem, sem nada necessitar, sem nada querer, sem nada ambicionar, apenas o andar o passo do agora e o próximo passo, que meu Pai vai desenhando a minha frente.
E nesse viver de andar cada momento no seu momento vamos aprendendo e crescendo, enchendo nosso interior com a vontade de nosso Pai, vamos percebendo que quanto menos esforço fazemos para que algo aconteça, se esse algo realmente for da vontade do Pai, acontecer, com certeza acontecerá antes mesmo do esperado por nós. Aprendemos que tudo ocorre de forma perfeita, e que cada acontecimento tem que ocorrer exatamente naquele momento em que ocorreu, para que no todo o resultado seja aquele que Ele desejou para nós. E então percebemos de que nada nos vale ficar correndo atrás, imaginando, achando que sabemos, achando que podemos...
È irmãos isso realmente é incrível, é nosso ego personal e ditador nos deixando...
Isso me lembrou da última estrofe do hino:
"Ah! que coisa boa
Conhecer a verdade
Sem se misturar
Ilusão na realidade"
Mas é isso... só isso... tudo isso...
A vida é bela!
Para quem aprendeu a vive-la da forma que nosso Pai a criou...
Presb. Sérgio Tagliavini Junior
Sadraque,Mesaque e Abednego
Daniel 1:6 e 7, Daniel 3:1-30
Pelo fato de perseverar em o que é justo e como resultado da interpretação de Daniel para o sonho de Nabucodonosor, Sadraque, Mesaque e Abednego (três dos conterrâneos hebreus de Daniel) foram elevados, com Daniel, sobre os assuntos da Babilônia (Daniel 2:46-49).
Lembre-se que foi dito a Nabucodonosor que ele era a "cabeça de ouro", o grande rei. Por essa razão, elevou-se com orgulho e fez uma imagem de ouro; instalou-a na planície de Dura e decretou que, no final da música, todos deveriam ajoelhar-se e adorar a imagem. A pena para a recusa era ser lançado em uma fornalha, para queimar até a morte.
Nessa ocasião, Sadraque, Mesaque e Abednego sabiam que desagrada a Deus aquele que venera qualquer imagem ou estátua, então recusaram. O rei os advertiu e deu-lhes outra chance, mesmo assim recusaram novamente. Simplesmente disseram: "arremesse-nos se quiser; Deus pode nos libertar se Ele quiser, mas se Ele escolher deixar-nos morrer, ainda o obedeceremos, e não adoraremos uma imagem".
Nabucodonosor ficou furioso e teve a fornalha aquecida sete vezes mais do que jamais se soube. Amarrou esses três homens e os arremessou à fornalha. O fogo estava tão quente que os soldados que levaram Sadraque, Mesaque e Abednego foram dominados e morreram por causa do calor.
Derepente, Nabucodonosor, observando a fornalha, em vez de ver três homens sendo incinerados, viu quatro andando na fornalha e reconheceu o quarto como sendo igual ao Filho de Deus. Chamou os discípulos hebreus para fora da chama, para logo perceber que a única coisa deles que estava queimado eram as cordas com as quais foram amarrados. Não cheiravam nem de fumaça. O rei então proibiu qualquer pessoa de falar contra o Deus deles e os elevou a posições ainda maiores. Vale a pena ser verdadeiro ao Senhor.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
O Batismo
Batismo é o anúncio público de uma experiência pessoal. É um ato cristão de obediência e um testemunho público do desejo do crente de se identificar com Cristo e segui-lo. Jesus nos deu seu exemplo e ordenou o ensino sobre o batismo. João Batista batizou Jesus no Rio Jordão, deixando-nos o exemplo para fazer o mesmo como uma afirmação pública da nossa fé. Da mesma forma, Jesus mandou que seus discípulos batizassem outros crentes (Mateus 28:19).
O batismo é um símbolo da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. É uma visão externa da mudança interna de uma pessoa. O crente deixa para trás a velha maneira de viver em troca de uma nova vida em Cristo. É símbolo de salvação – não um requisito para a vida eterna. Entretanto, como um ato de obediência, também não é opcional para os cristãos. O batismo indica nosso desejo de dizer à nossa igreja e ao mundo que estamos comprometidos com a pessoa de Jesus e seus ensinamentos.
Batismo significa mergulhar ou imergir. .
O BATISMO DE JESUS
Este fato marcou o início do ministério de Jesus. Alguns estudiosos discutem o fato de João Batista, ter batizado Jesus. Entretanto, o propósito e significado do batismo de Jesus permanecem controversos. João Batista proclamava que o reino dos céus estava próximo e o que o povo de Deus deveria se preparar para a chegada do Senhor através da renovação da fé em Deus. Para João, isso significava arrependimento, confissão de pecados e prática do bem. Assim sendo, por que Jesus foi batizado? Se Jesus não era pecador, como o Novo Testamento proclama (II Coríntios 5:21; Hebreus 4:15; I Pedro 2:22), por que se submeteu ao batismo de arrependimento para perdão dos pecados? Os Evangelhos respondem.
O EVANGELHO DE MATEUS
O relato de Mateus sobre o batismo de Jesus é mais detalhado do que o de Marcos. Começa destacando a relutância de João Batista em batizar Jesus (Mateus 3:14), que foi persuadido somente depois de Jesus lhe ter explicado: “Deixa por enquanto, porque assim nos convém cumprir toda a justiça.” (Mateus 3:15). Embora o significado pleno dessas palavras seja impreciso, elas pelo menos sugerem que o batismo de Jesus era necessário para cumprir a vontade de Deus.
Tanto no Velho como no Novo Testamento (Salmo 98:2-3; Romanos 1:17) a justiça de Deus é vista como a salvação Dele para o Seu povo. Por isso o Messias pode ser chamado de “O Senhor é nossa justiça” (Jeremias 23:6, Isaías 11:1-5). Jesus disse a João Batista que seu batismo era necessário para fazer a vontade de Deus em trazer a salvação sobre seu povo. Assim a declaração do Pai no batismo de Jesus é apresentada na forma de uma declaração pública. Enfatizava que Jesus era o servo ungido de Deus pronto para iniciar seu ministério, trazendo a salvação do Senhor.
O EVANGELHO DE MARCOS
Marcos apresenta o batismo de Jesus como uma preparação necessária para seu período de tentação e ministério. Em seu batismo Jesus recebeu a aprovação do Pai e a unção do Espírito Santo (Marcos 1:9-11). A ênfase de Marcos na relação especial de Jesus com o Pai, – “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo”(Marcos 1:11) – aproxima duas importantes referências do Velho Testamento.
A messianidade de Jesus é apresentada de uma maneira totalmente nova, na qual o Messias reinante (Salmo 2:7) é também o Servo Sofredor do Senhor (Isaías 42:1). A crença popular judaica esperava um Messias reinante que estabeleceria o reino de Deus, não um Messias que sofreria pelo povo. No pensamento dos judeus a chegada do reino dos céus estava também associada com ouvir a voz de Deus e com a dádiva do Espírito de Deus.
O EVANGELHO DE LUCAS
Lucas menciona rapidamente o batismo de Jesus, colocando-o em paralelo ao batismo de outros que se referiram a João Batista (Lucas 3:21-22). Ao contrário de Mateus, Lucas coloca a genealogia de Jesus depois de seu batismo e antes do início de seu ministério. O paralelo com Moisés, cuja genealogia ocorre logo antes do início de seu trabalho (Êxodo 6:14-25), não é mera coincidência. Provavelmente pretendeu-se ilustrar o papel de Jesus ao trazer livramento (salvação) ao povo de Deus assim como Moisés fez no Velho Testamento. Em seu batismo, na descida do Espírito Santo sobre si, Jesus estava apto a desempenhar a missão para a qual Deus O havia chamado. Em seguida a sua tentação (Lucas 4:1-13), Jesus entrou na sinagoga e declarou que havia sido ungido pelo Espírito para proclamar as boas novas (Lucas 4:16-21). Que o Espírito se fez presente no Seu batismo para ungi-lo (Atos 10:37-38).
Em seu relato, Lucas tentou identificar Jesus com as pessoas comuns. Isso é visto no berço da história (com Jesus nascido num estábulo e visitado por humildes pastores, Lucas 2: 8-20) e através da genealogia (enfatizando a relação de Jesus com toda a humanidade, Lucas 3:38) logo depois do batismo. Assim, Lucas via o batismo como o primeiro passo de Jesus para se identificar com aqueles que Ele veio salvar. Somente alguém que era semelhante a nós poderia se colocar em nosso lugar como nosso substituto para ser punido com morte pelo pecado. Jesus se identificou conosco a fim de mostrar Seu amor por nós.
No Velho Testamento o Messias era sempre inseparável do povo que representava (veja Jeremias 30:21 e Ezequiel 45-46). Embora o “servo” em Isaías seja algumas vezes visto de maneira conjunta (Isaías 44:1) e outras vezes como indivíduo (Isaías 53:3), ele é sempre visto como o representante do povo de Deus (Isaías 49:5-26), assim como o servo do Senhor. Evidentemente Lucas, bem como Marcos e Mateus, estava tentando mostrar que Jesus, como representante divino do povo, tinha se identificado com ele no batismo.
O EVANGELHO DE JOÃO
O quarto Evangelho não diz que Jesus foi batizado, mas que João Batista viu o Espírito descendo sobre Jesus (João 1:32-34). O relato enfatiza que Jesus foi a João Batista durante seu ministério de pregação e batismo; João Batista reconheceu que Jesus era o Cristo, que o Espírito de Deus estava sobre Ele e que era o Filho de Deus. João Batista também reconheceu que Jesus, batizava com o Espírito Santo, ao contrário de si mesmo (João 1: 29-36). João Batista descreveu Jesus como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29). O paralelo do Velho Testamento mais próximo desta afirmação se encontra na passagem do “servo do Senhor” (Isaías 53: 6-7). É possível que “Cordeiro de Deus” seja uma tradução alternativa da expressão aramaica “servo de Deus”.
A idéia de Jesus como aquele que tira os pecados das pessoas é obviamente o foco do quarto Evangelho. Seu escritor sugere que João Batista entendeu que Jesus era o representante prometido e salvador do povo.
AS CONCLUSÕES DOS EVANGELHOS
Nos quatro Evangelhos está claro que o Espírito Santo veio sobre Jesus no seu batismo para capacitá-lo a fazer a obra de Deus. Os quatro escritores reconheceram que Jesus foi ungido por Deus para cumprir sua missão de trazer salvação ao mundo. Essas idéias são a chave para o entendimento do batismo de Jesus. Naquela ocasião no início de seu ministério, Deus ungiu Jesus com o Espírito Santo para ser o mediador entre Deus e o seu povo. No seu batismo Jesus foi identificado como aquele que carregaria os pecados das pessoas; Jesus foi batizado para se identificar com o povo pecador. Da mesma forma, nós somos batizados para nos identificarmos com o ato de obediência de Jesus. Seguimos seu exemplo fazendo uma pública confissão do nosso comprometimento com a vontade de Deus.
Neemias
Neemias - capítulos 1,2 e 13
Isaías e Jeremias profetizaram que o povo de Deus entraria em cativeiro. Predisseram também que o povo retornaria à sua terra depois de um determinado período de tempo. Daniel entendeu que esse período de cativeiro seria de setenta anos (Daniel 9:2). Depois desses setenta anos terem terminado, Deus moveu o coração de um homem corajoso e justo para conduzir a reconstrução de Jerusalém. O nome desse homem era Neemias.
Neemias recebeu uma mensagem de que a casa de seus pais estava em ruínas, que as muralhas foram quebradas e os portões queimados. Seu coração se partiu e ele orou, confessou os seus pecados e aqueles cometidos por seus antepassados, implorando a Deus que mandasse alguém para restituir Jerusalém. Começou a orar e a lamentar por isso em dezembro mas foi quatro meses depois quando o rei notou aquele grande peso sobre o seu coração.
Deus moveu o coração desse rei pagão de uma maneira que não somente deixou que seu servo Neemias partisse, mas também tomou providências para que Neemias tivesse permissão para passar pela região e ajudou a provê-lo com o material necessário para a reconstrução das muralhas da cidade.
Porém, o povo de Deus sempre teve inimigos e, nesse caso, não foi diferente. Os inimigos de Neemias eram Sambalate e Tobias. Primeiro, tentaram atacar, porém quando isso falhou, tentaram associar-se para que pudessem sabotar o trabalho. Zombaram de Neemias e de seus companheiros, mas esses estavam dispostos a trabalhar e lutar por seu direito de reconstruir as muralhas. Muitas vezes trabalharam com espadas ao seu lado e a tarefa foi cumprida.
Depois de as muralhas terem sido reconstruídas e Neemias ter retornado, conforme sua promessa ao rei da Pérsia, o sacerdote Eliasibe poluiu a casa de Deus ao violar as leis da separação e permitir a entrada de Tobias. Neemias retornou posteriormente para manter essas questões em ordem. Purificou a casa de Deus, restituiu o sábado e repreendeu a união matrimonial com outras raças.
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