"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

sábado, 28 de agosto de 2010

Melhor Que o Tanque



“Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.” (João 5:7 ARA)

Não tenho nada contra o tanque de Betesda. Ele representa o lugar da cura, da renovação, do conserto. Mas é preciso sempre lembrar que o tanque em si não fazia nada, tanto é que um anjo tinha de agitar as águas de tempos em tempos, sem o que a cura não acontecia. Assim igualmente em nossos dias, os lugares tem sido procurados por serem lugares de cura. É um monte para orar, é uma igreja para receber oração, é um ministério para ser abençoado. Tire as pessoas que carregam a bênção de Deus daquele lugar e o que sobra: tijolos, cimento, pedras, aço, vidros…

Como no tanque de Betesda, há solução melhor, tanto para as mazelas humanas do corpo como as da alma. Há algo melhor que o anjo que agita as águas, há algo mais eficiente e produtivo do que ficar ajoelhado esperando o agitar das águas para ver o que acontecerá. Há algo melhor do que a vida deste enfermo, que nunca conseguia alcançar a sua cura por que outros lhe ultrapassavam e não tinha ninguém por ele, que o fizesse entrar. Nem vou entrar no mérito de alguém ser deixado sozinho na beira do tanque.

O Senhor Jesus de Nazaré é mais do que o anjo do tanque de Betesda. Ele curou pessoas como este homem, ao pé de onde os milagres fluiam, mas também curou nos becos, nas casas e nas praças dos vilarejos. Ele curou este homem que depois de 38 anos persistia sem ser assitido, mas poderia ter feito isso em qualquer outro lugar.

Assim também é em nossos dias. Jesus continua curando perto ou longe dos atuais tanques de Betesda. Esta palavra significa “casa de misericórdia” e inspirou o nome de muitos hospitais. Mas nem sempre as pessoas afluem para a casa da misericórdia e sim para debaixo da bandeira do fulano de tal. É um belo desperdício, pois o dono de toda cura e de toda restauração é Jesus, disponível na minha e na sua vida. Eu posso ser seu tanque de Betesda. Você pode ser o meu. Não precisamos de anjo. Encare sua vida cristã, autorizada por Jesus, como um tanque móvel de Betesda e despeje misericórdia curadora por todas as partes.

“Senhor, eu quero mais do que ser obediente, quero ser ativo e produtivo. Dá-me a intrepidez necessária para alcançar os perdidos com as boas novas do Teu amor, trazendo Tua cura para as nações.”

Mário Fernandez

Noemi



Noêmi era uma mulher do povo de Israel. Não é conhecida por nenhum ato que tenha realizado, mas, conhecida por causa do amor e da fidelidade de sua nora, Rute.

O marido de Noemi chamava-se Elimeleque. Tinham dois filhos, Malom e Quiliom. Durante o tempo dos juízes, havia fome em Israel, então Elimeleque pegou sua mulher e seus filhos e foi para a terra de Moabe. Freqüentemente o povo de Deus deixa o lugar de Deus por causa da miséria, mas isso é sempre um erro. Os sofrimentos fora do plano de Deus serão sempre maiores mesmo que sejam de uma natureza diferente.

Não sabemos que comida Noemi comeu em Moabe, nem quão abundante foi, mas sabemos que ela comeu o pão da tristeza. Elimeleque logo morreu, então seus dois filhos morreram, deixando-a, dez anos depois, tanto despojada materialmente do que quando foi para Moabe. Não apenas isso, agora era uma viúva completamente desolada.

Pôs-se a caminho para retornar de Moabe com suas duas noras, Rute e Orfa. Assim que sua jornada começou, ela as estimulou a voltar a suas famílias e seu falso deus, Moloque. Que crime, que alguém que conhece o Senhor pode dizer algo tão errado. Orfa retornou mas, aparentemente, Noemi, em algum momento, foi uma boa testemunha de seu Deus, pois Rute propôs ir com ela e seguir o seu Deus (Rute 1:16).

Chegaram então a Belém na época da colheita da cevada, o povo agrupou-se pasmo ao redor delas . "Devemos conhecer esta velha mulher, ela parece familiar, esta é Noemi? Poderia esta ser a bela mulher que partiu daqui com seu marido e filhos há dez anos? Mas parece tão velha e dominada pela tristeza" (versículo 19).

Sua resposta nos versos 20 e 21 dá glória a Deus e estimula seu povo a buscar primeiro o Reino de Deus. "Não me chamem de Noemi (que significa amável), chamem de Mara (que significa amarga), pois Deus lidou comigo amargamente. Saí cheia e retornei vazia". "Buscai primeiro o Reino de Deus, e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A Cura de Naamã


2Reis 5:1a19

1- O homem Naamã (aparência x essência) (5.1)

Naamã era grande perante os outros. Tinha autoridade, posição, títulos, riqueza, poder e glória humana, “porém leproso”. O “porém” desvaloriza tudo o que foi dito antes. Na intimidade ele sabia que era um enfermo. Suas roupas militares eram bonitas, talvez repletas de medalhas, mas, por baixo delas, sua carne apodrecia. Como as pessoas nos vêem e como nós nos vemos? Como Deus nos vê?

2- A lepra - símbolo do pecado.
Naquela época, a lepra era uma doença incurável, bem como contagiosa, degenerativa e mortal. Ninguém podia ajudar Naamã. Assim também, só Deus pode resolver os maiores problemas do homem: o pecado, a separação de Deus e a perdição eterna. A lepra de Naamã não devia estar em estado avançado, pois ele ainda trabalhava e vivia com a família, mas sua expectativa era de perda total. O leproso ia perdendo tudo e se isolando. Perdia a família, os bens, os membros do corpo. Apodrecia vivo e, por fim, morria. O pecado faz assim com o homem (Rm.6.23).

3- A serva de Naamã.
Aquela menina israelense era prisioneira de guerra e foi trabalhar na casa de Naamã. Além de ser serva do general, ela era uma serva de Deus. Não guardava rancor nem ódio contra o seu patrão. Pelo contrário, queria o bem daquela família. Devemos ser assim também, ainda que estejamos em lugares indesejáveis. Sejamos bênção como foi José no Egito. A serva não foi omissa nem se calou. Ela testemunhou sobre o poder de Deus e influenciou definitivamente aquela família.

4 - A viagem.
Sabendo que, em Israel, Naamã podia ser curado, o rei lhe disse: "Vai. Anda!" É preciso iniciativa. O pecador não pode ficar parado, inerte, esperando que algo aconteça. Hoje não basta ir aos profetas. Precisamos ir a Cristo. Indo à pessoa errada - Naamã procurou o rei de Israel, que não podia curá-lo. Assim também, muitos procuram falsos deuses, que não podem salvar. Indo à pessoa certa - Por fim Naamã foi até Eliseu. Hoje, precisamos de Jesus. Ele é a pessoa certa para nos curar, libertar e salvar. Naamã pensou que pudesse comprar a sua bênção. Isto é impossível. Não podemos fazer negócio com as coisas de Deus ou com a palavra de Deus. Ninguém pode comprar a cura ou a libertação ou a salvação. Somos abençoados e salvos de graça e pela graça.

5- A decepção.
Naamã esperava ser recebido com honras na casa de Eliseu, mas veio apenas um mensageiro trazer o recado do profeta. Naamã esperava um ritual de cura conforme seu gosto, mas Eliseu mandou que ele se lavasse no rio Jordão. Não podemos criar regras para Deus agir. Ele pode fazer as coisas de um modo completamente diferente da nossa expectativa, das nossas tradições ou costumes.

6- A palavra
Naamã queria uma bênção e recebeu uma ordem. Ele precisava obedecer para ser abençoado, e não o contrário. A obediência demonstra a fé. Precisamos ouvir a palavra de Deus e obedecê-la antes de recebermos alguns benefícios que desejamos. Aquele ato de obediência era tão simples, mas parecia tão difícil, pois o rio Jordão era sujo. Queremos fazer só o que é fácil?

7 - A obediência.
Para mergulhar no rio, é provável que Naamã precisasse tirar a sua roupa, revelando sua lepra perante os seus servos. Isso seria humilhante para ele. Ele devia descer ao rio, descer da sua posição, descer do seu orgulho. Naamã mergulhou uma vez e nada aconteceu. Ele não desistiu, não desanimou, mas perseverou. Obediência parcial não resolve. Queremos resultados imediatos. O homem moderno, principalmente, quer tudo "para ontem", mas Deus não faz as coisas do nosso jeito. Naamã obedeceu completamente à palavra do profeta, ou seja, a palavra de Deus.

8 - A cura.
Naamã foi curado. O milagre aconteceu. Sua carne ficou como a de um menino. Hoje, os que vão a Cristo experimentam o novo nascimento. Tudo é novo com Jesus. Somos novas criaturas (IICor.5.17). Temos nova vida, nova mentalidade, novo comportamento.

9- O reconhecimento.
Naamã reconheceu que o Deus de Israel é o único Deus verdadeiro. Naamã creu em Deus e decidiu não mais servir aos falsos deuses, mas só fazer sacrifícios ao Senhor. Este foi o ponto mais alto da sua experiência. Esta foi a sua cura espiritual.

10- Jesus cura, liberta e salva.
Cada um de nós precisa reconhecer sua "lepra" e buscar em Jesus a salvação. Assim como Eliseu mandou um mensageiro a Naamã, Deus usa mensageiros hoje. A sua palavra chega a nós e precisamos obedecê-la. Não fique parado. Atenda ao chamado de Jesus. Seja curado, liberto e salvo.

Anísio Renato de Andrade

Gideão



Juízes 6-8

Depois da vitória de Débora e Baraque, Israel teve paz por quarenta anos, mas novamente voltou-se contra Deus a favor de ídolos; então Deus os entregou à opressão dos Midianitas. Imploraram a Deus e Ele mandou um profeta para lembrá-los de Sua contínua libertação e do freqüente pecado cometido por eles. Depois, enviou um anjo para falar a um homem a quem usaria para libertar e julgar Israel. Esse homem era Gideão, filho de Joás, da tribo de Manassés.

Gideão não podia acreditar que Israel seria salvo por ele, então pediu um sinal do anjo e o anjo produziu fogo de uma pedra para consumir uma oferenda que Gideão havia preparado. Gideão pediu e recebeu dois outros sinais de Deus antes que finalmente fosse fazer a tarefa para a qual Deus o havia chamado.

Gideão agrupou trinta e dois mil homens para a batalha, mas Deus disse: "isso é muito, o povo se orgulhará de sua própria vitória". Então, Gideão disse a todos que estavam com medo para voltar para casa e vinte e dois mil retornaram. Deus disse que dez mil ainda era muito e ele organizou outro prova, pelo qual desqualificou todos, exceto trezentos dos homens de Gideão. Você pode ler isso em Juízes 7:5-9.

Deus não armou esses trezentos homens com espadas, senão com tochas, jarros e trombetas. As tochas foram colocadas dentro dos jarros. Naquela noite, rodearam as terras dos Midianitas e quebraram os jarros, deixando as tochas brilharem. Sopraram suas trombetas e gritaram, e os perversos Midianitas ficaram amedrontados. Voltaram-se uns contra os outros, matando seus companheiros de armas e fugiram das trombetas e das tochas. Com isso, Deus destruiu os Midianitas por intermédio de Gideão. Mas não houve um longo período até que os israelitas propensos ao pecado se voltassem novamente contra Deus. Veja Juízes 8:24-27.

Sejamos atentos ao perigo de engrandecer homens. Não importa qual seja nosso intento, isso geralmente se transforma em idolatria e tanto o ídolo quanto o idólatra são punidos por isso, como foram Gideão e Israel. Observe as últimas palavras de Juízes 8:27: "e foi por tropeço a Gideão e à sua casa".

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quem é Generoso


“Quem é generoso progride na vida; quem ajuda será ajudado.” (Provérbios 11:25 NTLH)

Ouvi há pouco tempo de um dos pastores mais bem-sucedidos deste tempo que o mundo não precisa mais de exemplos de prosperidade, mas ainda carece muito de exemplos generosidade. Concordo totalmente com ele.

Pois no momento em que dar é melhor que receber, não precisamos querer ganhar tanto. Se estamos neste mundo como peregrinos, não precisamos acumular tanto. Se encaramos tudo como perda por causa de Cristo, podemos ter menos e dar mais.

A maioria dos membros de igrejas cristãs, não vou entrar no mérito se convertidos ou não, não entendeu esse recado. E se eu fosse para o meu chefe para pedir aumento dizendo “chefe, meu missionário na África precisa de mais recursos, por favor aumente 15% meu salário”. E se eu, quando tiver lucro nos meus negócios, comemorasse dizendo “aleluia, mais 35 refeições para creche”. E se, em vez de trocar de carro agora, eu esperasse mais um ano e abençoasse alguém?

Não estou pregando voto de pobreza nem espírito de miséria, mas equilíbrio. Generosidade não é passar fome para atender aos demais, mas tem muito a ver com não deixar os outros passando fome se posso atender. O texto diz que o generoso progride, em algumas traduções usa palavras como “prosperará” e em outras “engordará”. O sentido é o de repartir o que tem com quem não tem.

Generosidade deve ser amar mais às outras pessoas do que às coisas que possuo, inclusive dinheiro. Não preciso ter limite para meus ganhos, mas preciso ter limite para quanto preciso para viver - generosidade acima da ganância. Preciso ter limite sobre o preço cobrado para ganhar mais - santidade acima da ganância.

Afinal, se é dando que se recebe, ter bom coração (generoso) quase é algo egoísta. Só não conte com Deus para fazer barganha, Ele não é disso.

“Pai, eu quero ser mais generoso do que sou, suprindo os necessitados com o que puder. Ensina-me a ser como Jesus, que nem duas túnicas tinha.”

Açã



Josué 6:1-7:26

Quando Josué começou a conduzir Israel, atravessaram o rio Jordão durante o tempo de cheias. Atravessaram no chão seco, com uma parede de água sobre eles como a que tinham atravessado no Mar vermelho. Deus os instruiu a marchar em volta da grande cidade de Jericó. Essa cidade não poderia ser abatida por forças militares, mas Deus a deu a eles sem sequer uma batalha. Os muros caíram, os israelitas entraram, mataram o povo perverso e se apossaram do tesouro da cidade. Deus disse-lhes que o tesouro era sagrado a Ele e para eles amaldiçoado e Ele os mandou a não tocá-lo.

Como sempre havia um homem que não queria obedecer a Deus. O nome desse homem era Acã. Roubou uma peça do vestuário babilônica, 200 moedas de prata e uma cunha de ouro, pesando 50 moedas. Acã se apossou dessas coisas por causa de sua cobiça e as escondeu na terra, no meio de sua tenda. Seguramente pensou que ninguém saberia sobre isso, mas Deus sabia.

Por causa do pecado de Acã, Deus julgou Israel. Foram para uma segunda cidade a fim de conquistá-la, uma cidade muito menor e muito mais fraca que Jericó. Entretanto, Deus não os abençoou dessa vez e fugiram de diante dos seus inimigos e 36 israelitas foram mortos. Josué, como um qualquer líder deve durante uma hora dessas, pôs sua face no chão para orar. Deus, entretanto, disse-lhe para levantar-se, porque Israel não seria abençoada até que o pecado de Acã fosse identificado e resolvido.

Josué então reuniu Israel pelas tribos e famílias até que Deus revelasse a Josué quem era o homem culpado. Quando Acã foi descoberto, confessou a extensão do seu pecado e disse-lhes onde estava o tesouro. Seguindo a direção de Deus, Josué levou Acã, sua esposa, filhos e todos os seus animais para o vale de Acor e os apedrejou até a morte e depois os queimou. Deus usou essa forte medida para mostrar ao povo o quão errado era o pecado e os seus grandes efeitos. Depois que o pecado foi expurgado, Israel foi de encontro a Ai e teve uma grande vitória.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Santuário


“Entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas; como diz o profeta:” (Atos 7:48 ARA)

Alguns ainda chamam o local de reunião da igreja de igreja, mesmo professando que a igreja não é o prédio mas sim as pessoas. Alguns ainda chamam o prédio de templo e de casa de Deus, mesmo professando este texto como verdadeiro. Não estou criticando, mas levantando uma reflexão.

Deus não habita em prédio algum, mas em nossos corações através do Seu Espírito. Precisamos perceber que isso é tremendo, pois não nos despedimos de Deus no final do culto com algo do tipo “até mais Senhor, eu vou para casa e o Senhor fica, pois mora aqui”. Não, mil vezes não. Ele vai conosco e com cada um de nós, o que é mais tremendo ainda. Ele não vem para casa comigo ou com meu pastor, ou meus colegas de ministério, mas com TODOS.

Além de ser muito lindo, isso nos dá uma responsabilidade tremenda. Imagine-se num emprego de motorista particular. Dão-lhe para dirigir um carro que custa um milhão de dólares e, como se não bastasse, a bordo o homem mais importante do planeta. Imaginou? Deu frio na barriga? Pois é muito, mas muito mais sério que isso. Se fosse só isso seria bem fácil.

Ao invés de um carro de um milhão, você tem seu corpo para dirigir por aí – e a Bíblia ensina que os piores pecados são cometidos com ele. Não bastasse, o homem mais importante da Terra é um trapo de imundície diante do Espírito Daquele que vive para sempre, criador de todas as coisas e absolutamente Todo-Poderoso. Esse é você, meu irmão – motorista do Espírito Santo de Deus.

O Altíssimo habita aí dentro de você. Podemos fazer prédios bonitos, espaçosos e confortáveis, não há nada errado nisso. Mas Deus não tem nada com isso – nenhum prédio que façamos vai impressioná-lo. O que precisamos é edificar vidas e almas retas, robustas, restauradas, adornadas. Cuide do seu corpo como se não fosse seu, por que na verdade não é mesmo, e terá de prestar contas de todos os estragos. Cuide do verdadeiro tabernáculo – VOCÊ.

“Senhor, quero aprender a ter temor e cuidado das Tuas coisas, especialmente pelo meu corpo. Ajuda-me para que eu não cometa falhas neste cuidado.”

Mário Fernandez

Calebe



Números 13:1-14:12; 26:64,65; Josué 14:6-15

Calebe é um homem da história porque foi um homem de fé. Quando tinha 40 anos, foi escolhido para representar sua tribo Judá e ir espiar as terras de Canaã. Havia 12 homens escolhidos, um de cada uma das tribos de Israel. Partiram de Cades Barnea, passaram Hebrom e chegaram ao riacho de Escol, lá apanharam um cacho de uvas tão grande que precisou ser carregado em um mastro por dois homens, sendo o tempo das primeiras uvas maduras. Levaram também romãs e figos quando retornaram, 40 dias depois de vascular a terra.

Quando os 12 homens retornaram, mostraram o fruto da terra e disseram "É uma terra boa, onde emana leite e mel, mas não podemos ir e possui-la, como disse o Senhor. Está cheia de gigantes, e somos gafanhotos comparados a eles".

Havia ainda esse grande homem chamado Calebe que acalmou o povo e disse, "Vamos em frente e a possuamos porque somos capazes". Obviamente Calebe estava confiando na Palavra de Deus enquanto os outros homens estavam olhando apenas para os obstáculos. Houve apenas um homem que concordou com Calebe. Era um homem da tribo de Efraim chamado Oséias. Moisés o chamou Josué e esse é o nome pelo qual é conhecido.

Bem, tragicamente os filhos de Israel acreditaram nos homens de fraca fé mais do que em Calebe e Josué. O povo passou a noite chorando e dizendo que desejavam ter morrido no Egito ou no deserto. Disseram, "Vamos apedrejar Moisés, Arão, Josué e Calebe até a morte e apontar outro líder para conduzi-los de volta ao Egito."

Deus ficou muito bravo com essa incredulidade e rebelião e, por isso, disse que deixaria Israel no deserto até que cada um dos homens adultos, exceto Josué e Calebe, morressem e, então, colocaria seus filhos na terra prometida. Por causa da fé de Calebe, 45 anos mais tarde recebeu a montanha que tinha espionado.

Somos cristãos como Calebe ou somos como os descrentes israelitas? Quando Deus fala, devemos acreditar nEle sem reservas e agir segundo Sua Palavra.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mãos Santas


“Quero, portanto, que os varões orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade.” (1 Timóteo 2:8 ARA)

Mãos são elementos fundamentais para desempenharmos nossas tarefas, expressarmos nossos sentimentos, declararmos alguma coisa sem palavras. As mãos sem palavras ofendem, acusam, rejeitam, magoam, machucam, ferem, quebram e derrubam. Mas também acariciam, elogiam, incentivam, valorizam, adoram, acolhem, consolam, levam cura.

As mãos podem ser benção ou maldição, sem dúvida. A mesma mão que abraça pode apunhalar. Se Paulo orientou os irmãos sob o cuidado de Timóteo que levantessem mãos santas, é por que isso é possível e deve ser feito. Mãos santas são mãos separadas do pecado, imaculadas, limpas de sangue e de sujeira do pecado.

Paulo aqui só relatou textualmente duas características de mãos santas, mas certamente isso não encerra o assunto. Sem ira aponta para mãos que não são usadas contra seus irmãos, seus familiares, seus vizinhos, seus colegas. Mãos que não expressam violência. Sem animosidade é um complemento quase poético, pois fala de ódio e agressão.

Mãos santas são aquelas que não roubam, não agridem, não rejeitam pessoas. São mãos que recebem o necessário cuidado para que no momento de orar e serem levantadas ao Senhor, estejam prontas. Mãos santas são aquelas que não precisam ser preparadas para a adoração, pois estão sempre prontas, sempre limpas, sempre arrumadas.

Podemos ter mãos santas sim, desde que desejemos isso e paguemos o preço de não sujá-las.

Talvez suas mãos sejam grandes ou, como as minhas, um pouco menores. Talvez sejam mãos fortes e calejadas pelo trabalho pesado, ou talvez delicadas e macias como a de quem só trabalha com algo mais leve. Talvez sejam mãos sedosas e bem cuidadas, ou seja ásperas e sofridas pela falta de cuidado. Nada disso importa. Importa é que tenhamos mãos santas, sejam elas grandes ou pequenas, fortes ou fracas, jovens ou cansadas.

Josué


Josué 1:1-18, 24:1-33

O livro de Josué não conta à história da vida de Josué, mas sim o de Deus doando a terra prometida a Israel. Josué é um homem de fé, mas não de reputação. Era ministro ou servo de Moisés. Não há muitos homens desse calibre, mas Deus tem uma grande obra para aqueles que existem. Josué não era um homem de impor-se ou insistir sobre seus direitos, era servo de Moisés. (Josué 1:1). Em todos os livros Êxodos, Números e Deuteronômio você encontra Josué sendo comandado e nunca respondendo com insolência. O primeiro registro de Josué comandando está em Josué 1:10.

Era um homem de fé, e em Cades Barnea, quando Moisés enviou espiões à terra, voltaram com um relatório ruim. Dez dos doze espiões disseram, "São gigantes (os cananeus) e somos gafanhotos". Josué e Calebe deram um relatório que expressava fé em Deus. Disseram, "Vamos e obtenhamos a terra, porque somos bem capazes de possuí-la". Números 14:6-9.

Josué era esse tipo de homem em seu ministério. Encorajou e exortou quando foi necessário, mas podia, ao comando de Deus, com igual determinação, executar e matar um servo companheiro. Lembre-se que fez isso (Josué 7:16-26).

Quando Moisés morreu, Deus chamou Josué para tomar seu lugar. Josué conduziu os filhos de Israel além do rio Jordão nas terras de Canaã. Conduziu-os, sob a direção de Deus, a uma vitória inacreditável sobre Jericó. Quando a derrota foi experimentada em Ai, Josué expurgou a causa do pecado, procurando Acã e executando-o. Conduziu Israel vitória após vitória sobre os cananeus. Então dividiu a terra entre eles de acordo com as tribos e famílias como Deus havia instruído.

Um grande tributo a qualquer líder encontra-se referente ao ministério de Josué e seus efeitos sobre Israel em Josué 24:31. "Serviu, pois, Israel ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que ainda sobreviveram muito tempo depois de Josué".

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A Arte de Calar



“Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar”. (Tg.1.19)

É muito importante a capacidade de se comunicar de modo claro e eficiente. Contudo, saber calar também é algo valioso e ainda mais difícil.

As palavras têm um grande poder e, uma vez ditas, não podem ser recolhidas. São como flechas que, tendo sido atiradas, não podem ser contidas pelo flecheiro. Notamos, portanto, a importância do controle sobre as palavras, de modo que sejam liberadas com prudência e “economia”, pois “na multidão de palavras não falta transgressão; mas o que refreia os seus lábios é prudente” (Pv.10.19). Existem circunstâncias em que o melhor a fazer é manter o silêncio.

“Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor” (Lm.3.26).

- Quando estamos sob forte tribulação ou logo após um fracasso, temos a tendência de falar bobagens, inclusive murmurando contra Deus, como fizeram os israelitas diante das intempéries e privações do deserto (Nm.11.1-10; 14.2). No meio das dificuldades, louvemos ao Senhor e não murmuremos. “Para que a minha alma te cante louvores, e não se cale. Senhor, Deus meu, eu te louvarei para sempre” (Salmo 30.12). “Em tudo dai graças porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (I Tss.5.18). Se não conseguimos louvar, calemo-nos.

- Quando vemos o erro, o pecado ou insucesso de outra pessoa, nossa língua parece procurar os ouvidos de alguém para contar a notícia. Se não pudermos falar algo para ajudar nosso próximo, é melhor que nos calemos. Às vezes o caso exige denúncia ou conselho, mas normalmente a questão não é essa e acabamos cometendo a maledicência e a difamação. Temos um tribunal dentro de nós: a consciência, e queremos aplicá-la sobre os outros, como se tivéssemos o direito de julgá-los e condená-los (Tg.4.11-12). Dessa forma, atraímos condenação sobre nós mesmos (Tg.5.9).

- Quando vemos operações sobrenaturais, uso de dons espirituais ou mesmo práticas litúrgicas no meio cristão que porventura sejam diferentes das nossas, não devemos ser apressados na crítica ou condenação. Não somos obrigados a gostar nem concordar com tudo, mas a pressa em nos pronunciarmos a respeito pode levar ao pecado. Na maioria das vezes, é melhor calar (Mt.12.22-37; At.5.33-40).

- Quando orarmos, não sejamos exagerados em nossas frases, pois podemos estar mentindo, principalmente no que diz respeito aos votos. É melhor evitá-los do que prometermos aquilo que não podemos cumprir. Tal atitude pode trazer a punição divina sobre nós.

“Chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos... Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma na presença de Deus... portanto, sejam poucas as tuas palavras. Porque, da multidão de trabalhos vêm os sonhos, e da multidão de palavras, a voz do tolo... Melhor é que não votes do que votares e não pagares. Não consintas que a tua boca faça pecar a tua carne, nem digas na presença do anjo que foi erro; por que razão se iraria Deus contra a tua voz, e destruiria a obra das tuas mãos?” (Ec.5.1-7).

“O Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Hab.2.20).

“Irai-vos e não pequeis; consultai com o vosso coração em vosso leito, e calai-vos” (Salmo 4.4).

“A morte e a vida estão no poder da língua. Aquele que a ama comerá do seu fruto” (Pv.18.21)

“Por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado” (Mt.12-37).

“A palavra dita a seu tempo, quão boa é!” (Pv.15.23)

“Como maças de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo” (Pv.25.11)

“Vês um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o tolo do que para ele” (Pv.29.20).

“Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo” (Tg.3.2).

“O que guarda a sua boca preserva a sua vida; mas o que muito abre os seus lábios traz sobre si a ruína” (Pv.13.3).

"O que guarda a sua boca e a sua língua, guarda das angústias a sua alma" (Pv.21.23).

“Até o tolo, estando calado, é tido por sábio; e o que cerra os seus lábios, por entendido” (Pv.17.28).

Se falarmos, que seja para a edificação (Ef.4.29). Sempre que possível, nossas palavras devem ser positivas.

O domínio próprio é parte do fruto do Espírito. Que ele nos ensine a calar ou falar quando for preciso. Que não pequemos pela omissão nem pela precipitação. Que o Senhor nos dê sabedoria para administrar o poder dos nossos lábios, de modo que ele seja usado somente para a glória de Deus.

Rebeca



Gênesis 24:10-31, 51-58; 27:6-17


Quando Isaque tinha 40 anos e Abraão tinha 140, Abraão chamou Eliézer, seu principal servo. Disse-lhe que Isaque não se casaria com uma filha dos cananeus e que Deus havia designado uma donzela, da casa de Abraão, nas terras de Harão. Eliézer foi enviado para trazer a noiva de Isaque a ele. Deus e Abraão sabiam quem seria essa noiva, mas não Eliézer. Por isso foi orando para que Deus lhe revelasse, de uma certa maneira, quem era a donzela que Ele havia designado para Isaque. Deus operou segundo a oração de Eliézer e levou ao seu encontro a mulher certa, uma linda jovem chamada Rebeca.

Rebeca, é claro, nunca tinha ouvido falar de Isaque nem o tinha visto, então Eliézer falou-lhe tudo sobre ele. Contou sobre tudo o que Abraão tinha dado para Isaque, assim como os pregadores hoje contam ao pecador perdido tudo sobre a glória que Deus conferiu a Jesus Cristo, Seu filho.

O pai de Rebeca, Betuel, e seu irmão, Labão, concordaram que ela poderia ir com Eliézer se quisesse. A decisão foi deixada com ela. Quando lhe foi perguntado, escolheu ir e ser a noiva de Isaque. Sendo assim, deixou sua casa e família para nunca mais retornar, indo para uma terra estranha pela fé. Lá, tornou-se a esposa de Isaque e uma serva muito especial de Deus. Rebeca, assim como Sara, era estéril, por isso Deus a abençoou especialmente depois da oração de Isaque, e quando Isaque tinha aproximadamente 60 anos (cerca de vinte anos depois de terem se casado), Rebeca deu a luz a gêmeos. Foram chamados Esaú e Jacó. Esaú era o favorito de Isaque mas Jacó era o favorito de Rebeca.

Muitos anos depois, quando Isaque já era velho, estava se preparando para passar a benção de Abraão a seu filho mais velho. Rebeca ajudou e aconselhou Jacó a fazer um plano por meio do qual enganaram Isaque e ele abençoou Jacó pensando que fosse Esaú. Jacó recebeu a benção como era o propósito de Deus, mas o resultado disso foi Jacó ter que deixar a casa, e aparentemente Rebeca morreu antes de Jacó retornar. Devemos nos lembrar de fazer a obra de Deus à maneira de Deus e não ser desonestos.

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