“Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas” At 10.34
Texto e contexto conhecidos, sem margem para desentendimentos quanto a salvos e não salvos. Está claro; Sem apelação.
A salvação é obtida pela escolha do individuo em crer em Deus e aceitar a salvação e o senhorio de Jesus… Simples, assim.
Porém, como esta é uma atitude pessoal, às vezes pública, às vezes, não, não podemos negar o poder de Deus, nem “limitá-lo” por nossas convenções, que quase sempre, veem a “aparência” da qual quase sempre, “necessitamos” em lugar dos frutos; Afinal, um exemplo bem claro e simples da graça de Deus em Jesus Cristo, é a salvação do “Bom” ladrão no momento de sua morte (alguém acreditou que ele antes, era bom?… Nem eu.). Seu bom fruto, o coração rendido, só uns poucos na cena, ouviram, além do Senhor.
Por outro lado, muitos são chamados e poucos são escolhidos, como na parábola das Bodas, onde o anfitrião manda chamar a todos que quisessem participar da festa. No meio dela, um, foi visto inadequado; Não trocou suas roupas para a ocasião… O fruto do desleixo, puro e simples. O fim, dele já sabemos, tanto quanto o seu significado (Mateus 22:1-14); O mau fruto e não, a aparência.
Entretanto, como se quiséssemos manter “segura” a nossa vida cristã na comunidade que se denomina igreja – e não clube, como alguns “insistem” -, criamos normas e as “sustentamos” a partir de um evangelho preguiçoso e simplista, quando seria justo e ideal , gastar um pouco mais de tempo em agir segundo a Palavra nos orienta em TODO o seu contexto, não retirando dela o que nos é conveniente e de acordo com a nossa cultura e capacidade de aceitação…
Esta é a “palavra”: CAPACIDADE.
Temos pouca capacidade de olhar os outros segundo o amor e a misericórdia de Deus e por isso, criamos formalidades e convenções embasadas em “parcialidades” dos textos do apostolo Paulo, por exemplo, que, como toda a palavra de Deus, tem seu contexto; histórico e literário.
Esquecemo-nos de que a mesma palavra de orientação dada pelas cartas do Apostolo à igreja se completam nas palavras de Jesus Cristo. Não há confusão…
Há preguiça, religião e uma assustadora falta de um amor verdadeiro.
Por causa desta, presente no seio de boa parte das igrejas, não sabemos quem “mata” mais as ovelhas do rebanho; se é satanás , quando elas se desprendem, ou se são as “ovelhas gordas”, descritas no capitulo 23 de Jeremias, ou ainda, os que “amarram” a elas, fardos pesados, como os fariseus de Mateus 23…. (Esses, para mim, sem dúvida, os “lobos” da história…).
Deus trabalha para a nossa capacitação em tudo o que contribui positivamente para o reino; O enxergar aos outros como ele nos enxerga, é uma delas.
Ou aceitamos este aprendizado que nada tem a ver com incoerência diante da palavra de Deus, ou ficaremos reféns desta mazela, além de também fazer, outros tantos.
Ou aceitamos este aprendizado que nada tem a ver com incoerência diante da palavra de Deus, ou ficaremos reféns desta mazela, além de também fazer, outros tantos.
O “Empurrar com os ombros” pelas “ovelhas gordas” é feito a partir de uma cultura torpe de aparências, onde a “Crueldade evangélica” domina, quando também se é “diferente”.
É raro uma observação de frutos, quando deveríamos estar aptos a “ensinar” esta matéria.
Falamos muito acerca desta “aparência”, e que o Deus Eterno não vê o exterior e sim o coração. Porém, o que mais me intriga, é que na maior parte das vezes, fazemos é esta “contrapartida”, tal como Pedro que precisou ver o lençol baixar e se levantar por três vezes, quando Deus dizia a ele para não fazer acepção e que levasse em conta o que Ele havia purificado. Atos, Cap. 10
A favor da igreja e não, contra; A favor dos que não podem se perder, – dentro e fora dela – é preciso um olhar mais “clínico” e amoroso ao lidar com os que não trazem a aparência que muitos, e não DEUS, necessitam. É preciso ver os frutos e não as aparências, como Pedro, que depois de obedecer, foi até a casa do centurião e então, viu.
É preciso uma postura onde o compromisso com a palavra, seja regra, mas que seja com toda ela. Uma vida cristã e não apenas uma vida “evangélica”, onde o falar do Espirito santo supere a todo e qualquer “costume”.
Uma vida livre de uma religiosidade que vê a possibilidade de aceitação, somente a partir da ideia que diz que, “Se há uma probabilidade”, então há 100% de possibilidade, com o resto da humanidade…
Deus nos trata de maneira pessoal; Não como a números e segundo a “percentuais”.
Por isso, não “limitemos” o poder dele, pelos nossos costumes; Antes, sejamos renovados em seu amor, que, além permitir que sejamos suporte para que a ovelha ao nosso lado, não caia, nos dá a condição de ver os frutos e não a aparência.
Por Rogério Ribeiro