"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Reflexão

Percebendo a discussão, Jesus lhes perguntou: “Homens de pequena
fé, por que vocês estão discutindo entre si sobre não terem pão?
Ainda não compreendem? Não se lembram dos cinco pães para os cinco
mil e de quantos cestos vocês recolheram? Nem dos sete pães para os
quatro mil e de quantos cestos recolheram? Como é que vocês não
entendem que não era de pão que eu estava lhes falando? Tomem
cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus”. Então
entenderam que não estava lhes dizendo que tomassem cuidado com o
fermento de pão, mas com o ensino dos fariseus e dos saduceus.
    -- Mateus 16:8-12



   Os discípulos, que testemunharam em poucos dias Jesus
providenciando pão milagrosamente para milhares de pessoas, agora
estão preocupados com o que apenas doze vão comer. O foco de Jesus
é outro - não é o alimento material, mas o espiritual. O ensino dos
líderes religiosos, que parecia talvez à primeira vista inofensivo,
até edificante, era de fato podre. Quem se alimentava deste ensino
corria sério risco de perder a fé. Nos fariseus e seu legalismo e
os saduceus e seu liberalismo temos os dois extremos doutrinários
que até hoje ameaçam a fé Cristã. A maior ameaça ao verdadeiro
Cristianismo não vem de fora, mas de dentro, como fermento, mudando
aos poucos todo o alimento espiritual que Jesus nos deu. Precisamos
de todo cuidado para guardar O Evangelho puro e livre de tradições
humanas e das tentações da carne. Precisamos preservar a nossa fé,
não em igrejas, ou líderes ou fórmulas doutrinárias. A nossa fé é
depositada numa pessoa – Jesus Cristo. Qualquer "linha" que não
leva a Jesus será uma linhagem perdida. Faça Jesus, seu ensino e
seu exemplo, o foco da sua vida. Guardando a nossa fé em Jesus, Ele
nos guardará até o dia da sua volta.

Lutadores



"Dos gaditas se passaram para Davi, ao lugar forte no deserto, homens valentes adestrados para a guerra, que sabiam manejar escudo e lança; seus rostos eram como rostos de leões, e eles eram tão ligeiros como corças sobre os montes." (1 Crônicas 12:8)

Vou ser sincero no melhor estilo curto-e-grosso: gente briguenta não me impressiona. Dizer que bateu em tantos, que lutou com sei lá quantos, que nunca perdeu briga, que é o tal... Violência não me chama a atenção, não assisto luta nem na TV. Concordo que a Bíblia ensina que vivemos em batalha/guerra constante, mas é espiritual.

Mas o que me chamou a atenção a respeito destes soldados Gaditas não foi nem a cara de leão de nem a velocidade de corsa. Foi empunhar escudo e lança. Uma arma de defesa e uma de ataque. O versículo 14 diz que o menor deles valia por 100 e o maior por 1000. Eram organizados, homens de comando firme. Sem descuidar da defesa nem do ataque.

Sinto grande tranquilidade quando falo de alguns assuntos, mas este me constrange. Sou pouco dado a entender estratégias militares, regras de combate, essa coisa toda me foge da capacidade. Mas reconheço algo de valor quando vejo: um soldado cujo menor vale por 100, empunha um escudo. Isso me leva a pensar que de fato alguns entre nós cairão em combate por falta de defesa.

Isso pode ser trazido para a prática lembrando que Deus nos deu armas de defesa: o escudo da fé, o capacete da salvação, as sandálias do evangelho, o cinturão da verdade. Nada disso é arma de ataque. Não quero duvidar da salvação de ninguém, mas alguns de meus irmãos com certeza andam com a cabeça desprotegida, pois caem em pensamentos horríveis. Outros levam flechadas do inimigo, portanto seu escudo de fé falhou.

Meu querido leitor, meu irmão em Cristo: nem tudo numa batalha é atacar, inclusive na espiritual. Defender-se faz parte, mesmo para os que valem por 100 ou por mil. Tenhamos em punho a atitude de um destes gaditas e valorizemos o que o Senhor nos deu em termos de armas de defesa - afinal também são armas.

"Senhor, não me imagino em uma batalha no mundo físico, agredindo e ferindo pessoas. Mas sou combatente do Teu exército e espiritualmente lutarei com todas as minhas forças. Ajuda-me a entender a importância da defesa e de colocá-la em prática"
Mário Fernandez

A Noiva Estava Linda



Há um ar de desapontamento com a Igreja em nosso país. Ouço vozes esmorecidas e vejo olhares que não brilham mais. É o desencanto com a Noiva.Noto que a desilusão vem pela tristeza ao ver cenários onde o louvor e a pregação se transformam em fonte de lucro e não conseqüência de corações transbordantes.

Pela proliferação de igrejas cada vez mais cheias, porém aparentemente tão vazias, menos comprometidas com a Palavra, sem sêde de santidade e paixão pelos perdidos. Segue pela tênue linha que por vezes parece não distinguir muito bem Igreja e mundo, especialmente quando o binômio interesse e finanças se apresenta, e ainda pela dificuldade em identificar a Igreja de Cristo em meio aos movimentos religiosos.

O desencanto faz o povo olhar para o passado e relembrar os velhos tempos. Comenta-se sobre os pastores à antiga e dias quando a Igreja ainda via simplesmente na Palavra razão suficiente para o santo ajuntamento. Tempos quando o constrangimento por ser crente era resultado da discriminação, porém jamais identificação com o injusto e o desonesto.

Por fim suspira-se desanimado.Em momentos assim é preciso lembrar que Jesus jamais perdeu o absoluto controle sobre a história da Igreja. Jamais foi surpreendido por coisa alguma em todos estes anos. Jamais deixou de ser Senhor. Apesar das fortes cores de desalento a Noiva está sendo conduzida ao altar e o dia de brilho há de chegar.Um amigo fez recentemente uma comparação entre a Igreja, a Noiva, e nossas noivas, nossas esposas.

Levou-me a pensar no dia de meu casamento. Foi em 9 de dezembro de 1989. Já namorava Rossana há 4 anos e, apaixonados, chegamos ao grande dia. Apesar do amor e alegria pelo dia chegado tudo parecia fadado ao fracasso absoluto. As flores foram encomendadas erroneamente, a ornamentação do templo parecia jamais ter fim, o vestido apresentou defeitos de última hora, a maquilagem transcorria em um quarto apertado e com incrível agitação. A noiva chorou pelos desencontros do dia. O andar de cima da casa de meu sogro onde ela se arrumava tornou-se, aos meus olhos, em um pátio de guerra.

Pessoas entrando e saindo apressadas, faces carregadas de ansiedade e um tom sempre apocalíptico a cada nova notícia. Ao longo dos anos percebi que os casamentos são parecidos neste ponto. A balbúrdia que cerca a noiva antecedendo seu momento de brilho é emblemática. Aos olhos do passante que vê a agitação sem fim, nada parece ter esperança.Fui para a cerimônia esperando o pior. Jamais seria possível contornar todos os imprevistos, e o impensado poderia acontecer: a noiva não estaria pronta!

Enquanto pensava nisto, ali no altar, eis que ela chega. Estava linda, uma verdadeira princesa. O rosto sorridente, o caminhar lento e seguro, ovestido alvo como a neve, simplesmente perfeita . A música, a ornamentação, as palavras, tudo se encaixava. Que milagre poderia transformar um dia de caos em um momento de brilho tão belo?As horas de luta, as lágrimas derramadas, os desencontros e desalento foram rapidamente esquecidos e um só pensamento pairava naquele saguão: a Noiva estava linda.

Talvez vivamos hoje dias melancólicos ao visualizar a Igreja quando manchas e mazelas tentam levar nossa esperança para o cativeiro da desilusão crônica. A casa está desarrumada, o vestido da Noiva não nos parece branco, há graves rumores de que ela não ficará pronta.É, porém, em momentos assim que Deus intervém. Lava as vestes do Seu povo, levanta o caído, renova o profeta, purifica a Igreja e nos dá sonhos de alegria.Chegará o dia, e não tarda, que seremos tomados por Jesus. Neste dia há de se dizer: Eis o Noivo, é o Senhor que conduz a Igreja. Jamais a deixou só. Como é fiel!E creio que todos nós também pensaremos, extremamente admirados: Eis a Noiva, como está linda!


“Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória;porque são chegadas as bodas do Cordeiro,e já a sua noiva se preparou”. Apocalipse 19:7

Autor: Ronaldo Lidório
Fonte: Ronaldo & Rosana Lidório Via: Púlpito Cristão

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