"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

sábado, 9 de outubro de 2010

Reflexão Sabado


“Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita
terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda. Mas quando
saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham
raiz. … Quanto ao que foi semeado em terreno pedregoso, este é
aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria. Todavia,
visto que não tem raiz em si mesmo, permanece pouco tempo. Quando
surge alguma tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo a
abandona”. Mateus 13:5-6, 20-21


Não basta ouvir o Evangelho e se emocionar com sua mensagem.
Precisamos que ele desça e se aprofunde em nossas almas. É bom se
animar nos cultos da igreja. Um louvor tocante pode emocionar e
fazer as pessoas "sentirem" a presença de Deus. Algumas pessoas, ao
ouvirem uma mensagem especialmente persuasiva entregam logo suas
vidas a Jesus. O perigo não está na emoção, mas em decisões feitas
com pouca base e que não se aprofundam depois. Sentimento é bom,
mas não vivemos no pique das experiências - temos que conviver com
os vales de desafios e provações, e com a longa caminhada pela
frente. A vida Cristã tem bênçãos e privilégios, também
responsabilidades e labor. As histórias de Pedro e Paulo nos
emocionam. Porém, foi preciso também um Mateus que escrevesse este
Evangelho que trouxe Jesus tão vivo e real para milhares de
gerações. Certamente, para isso foram necessário anos provavelmente
tediosos e frustrantes enquanto ele escrevia e editava esta obra de
valor eterno. Mateus perseverou em sua obra porque tinha raízes.
Persevere na Palavra. Alimente-se diariamente dela. Caminhe com
Deus em oração todo dia. Busque seu dom e sua área de serviço na
igreja, e sirva. Não precisamos de outro Evangelho de Mateus. Mas,
se você permitir, Deus escreverá as Boas Novas através da sua vida.
Pode levar muito tempo, mas o resultado será algo glorioso. Basta
você permanecer nEle até que a obra seja concluída. Valerá a pena.

Crer é Saber



A palavra fé vem do grego "pisteuo", que significa crer, prestar adesão a alguém. Deus comunica o seu amor aos homens e espera uma resposta concreta para a realização de suas obras. A fé é a resposta do homem ao Deus que se revela. Esta comunhão é confirmada quando o homem submete completamente sua inteligência e vontade a Deus. Em obediência a Palavra de Deus, o homem livremente inicia a vida de fé quando abre os olhos para a verdade e assume a graça de participar e optar definitivamente pelo plano de salvação.

"De fato, é pela Sua graça que fostes salvos, mediante a fé, e isto não procede de vós: é dom de Deus"(Ef 2,8).

A virtude sobrenatural da fé é cultivada pela caridade.
( Cf II Ts 1,3)
O amor é a única condição que intensifica o progresso na comunhão da fé autêntica e das obras de misericórdia
(Cf Tg 2, 14-23)

Fé não significa apenas acreditar na existência de Deus. "Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem"(Tg 2,19).
As palavras afirmadas devem seguir as exigências estabelecidas pelos ensinamentos de Jesus. Fé é uma afirmação que nos leva a missão de percorrer o caminho da ressurreição para encontrarmos a vida nova em Nosso Senhor Jesus Cristo.

A raiz da fé não está firmada nos sentimentos. Nenhuma situação ou acontecimento pode alterar o verdadeiro sentido desta certeza manifestada pela glória de Deus (Cf Jo 11,40).

"Fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê" (Heb 11,1).É a posse antecipada do que se espera, é uma demonstração da realidade ainda não acontecida.

Fé é o caminho da entrega e do abandono. É como atravessar um túnel, embora tudo pareça escuro, temos a certeza de encontrar a luz no final.

Como opção definitiva, a fé exige perseverança e fidelidade: "Combate o bom combate, com fé e boa consciência; pois alguns, rejeitando a boa consciência, vieram naufragar na fé" (I Tim 1,18-19).

"Mas quando vier o Filho do homem, achará fé sobre a terra?" (Luc 18,8).

A conversão parte da fé: "Crede em Jesus, arrependei-vos de vossos pecados e então podereis viver a vida do Filho de Deus ressuscitado" (Ato 2,38).

Conversão é a escolha radical, é a opção determinada pela causa do Reino de Deus.Essa transformação acontece quando o arrependimento leva a pessoa a renunciar ao pecado para buscar uma vida nova.

Jesus quer salvar e nos conduzir ao Pai. Aceitar Jesus implica uma mudança de valores, de atitudes e de vida.

A experiência com Deus é a causa principal para que aconteça a confirmação da mudança de vida. A conversão de Santo Agostinho é um exemplo marcante na história do mundo, mesmo tarde, não deixou de amar a Deus, renunciou ao pecado para buscar definitivamente o caminho da santidade.

A conversão de Saulo também é outro sinal da misericórdia de Deus. Depois de tanto perseguir os cristãos, durante uma viagem a Damasco, Jesus o faz reconhecer seu erro, com a pergunta: "Saulo, Saulo, por que me persegues?".
(Cf At 9,1-9). Saulo coloca-se diante do Senhor sem resistir ao seu chamado e cumpre fielmente a sua missão de servir à Igreja.

Não basta viver a conversão por tempo determinado. Quando conhecemos a verdade devemos ser fiéis no compromisso com Deus. Nossa resposta deve ser uma só: "Dizei somente sim se é sim; não se é não" (Mt 5,37). Perseveremos diante das dificuldades na caminhada. Renunciemos ao pecado e deixemos o Senhor nos modelar para sermos transformados em criaturas novas...
No Amor e na Paz de Deus

Vitória


O seu dia e a sua vida são de vitória, lembre-se disso. O inimigo quer você derrotado e o homem comum, de modo geral, manifesta falta de ânimo para a vida, vive por hábito, reage fracamente aos estímulos, é um desatento, sem alegria e sem graça.
Para tais indivíduos nenhum esforço vale a pena.

Segundo alguns dicionários, vitória é: s. f. 1. Ato ou efeito de vencer o inimigo ou competidor em uma batalha, ou em qualquer competição; triunfo. 2. Bom êxito; sucesso, vantagem.

1 Coríntios 15:55 Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, {ou morte} a tua vitória?

O homem de deus dispõe de uma força superior e esta é suficiente para vencer todos os obstáculos. Tenho uma razão muito forte para defender esta teoria; é que não há outra força a que possamos recorrer. Caso você aceite o desânimo, está declarando não apenas que a religião falhou. Os próprios conceitos de educação não conseguiram vencer as paixões que provocam os desacertos, a desonestidade, o vício, o suicídio. Somente esta teoria revela possibilidade de êxito, revolucionando o que se opera quando o ser humano põe em ação, em toda a sua plenitude, a força do Espírito Santo em sua vida.

1 João 5:4 porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.

Dou graças ao nosso Deus por estar nesse caminho e ao longo desta caminhada poder comprovar que quando o homem é nascido de Deus, passa a portar-se com uma coragem que não possuía anteriormente; passa a falar com uma força e clareza que não seria de esperar; sua confiança e seu espírito de luta tornam-se irreprimíveis, ao contrário do que sucedia antes, quando tão facilmente se amedrontava. Passamos a ver em todos os que aceitam Nosso Senhor Jesus cristo em seus corações, uma personalidade elevada a um nível mais alto de eficiência, sempre preparada para enfrentar todas as emergências.

Salmos 98:1 Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque ele tem feito maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória.

Vida vitoriosa significa uma vida isenta do sentimento de derrota, livre de temores, com força para dominar as paixões, impulsos e hábitos; tem propósito claro e um poder que permite o pleno desenvolvimento da personalidade.

Coloque em ação a sua fé e verás fatos inesperados - Habacuque 2:4 Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé. Certamente você ficará livre de aflições; seus negócios melhoram; sua saúde material e espiritual torna-se mais firme, consegue muito mais em todos os setores, torna-se uma pessoa querida na experiência da transformação. Tudo depende de sua disposição para a luta, da sua determinação de nunca aceitar a derrota, da sua capacidade de enfrentar a adversidade, da sua tenacidade em perseguir o objetivo traçado, da sua disposição de manter o Espírito Santo no controle.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Por onde começar para entender a Bíblia?




Muitas pessoas sabem que a Bíblia é boa e importante, e até gostariam de entendê-la. Mas quando começam ler, ficam confusas e, muitas vezes, desistem do estudo quase antes de iniciar. Por onde começar para entender a Bíblia? Quero oferecer algumas sugestões práticas.

(1) Prepare o coração para aceitar e aplicar a palavra (Tiago 1:21-22)

(2) Comece com uma vista panorâmica da Bíblia. Observe que a Bíblia tem duas divisões principais: o Antigo Testamento, que é composto de livros escritos antes do nascimento de Jesus, e o Novo Testamento, que foi escrito depois da vinda dele.

O Antigo Testamento pode ser dividido em (a) livros da Lei (Gênesis - Deuteronômio), que falam sobre as origens do povo judeu e da lei que Deus lhes deu, (b) livros de História (Josué - Ester) que registram fatos importantes sobre os israelitas entre 1.400 e 400 anos a.C.), (c) livros de Sabedoria (Jó - Cântico dos Cânticos) e (d) livros de Profecia (Isaías - Malaquias), que relatam mensagens especiais de Deus para os homens ao longo de 500 anos.

O Novo Testamento se divide em (a) relatos do Evangelho (Mateus - João) que falam da vida de Jesus na terra, (b) um livro de História (Atos dos Apóstolos) que fala dos primeiros 30 anos da igreja primitiva, (c) cartas aos cristãos (Romanos - Apocalipse), escritos para orientar e encorajar igrejas e indivíduos no seu serviço ao Senhor.

(3) Desenvolva o costume de leitura. Escolha uma abordagem à leitura e separe algum tempo cada dia para ler e conhecer o conteúdo da Bíblia.

(4) Estude o texto de livros específicos. Além da leitura, dedique um tempo para regularmente estudar livros da Bíblia. Boas escolhas para iniciar são livros como Gênesis, ou um dos relatos do Evangelho. Pela leitura, vai conhecer outros livros e já poderá escolher outros para estudar depois de terminar os primeiros. O estudo dos textos bíblicos, especialmente estudando livros completos, é uma das coisas mais importantes para evitar os erros que resultam de distorções e aplicações erradas. É importante compreender os textos no seu contexto.

(5) Faça estudos de assuntos importantes para esclarecer dúvidas e entender como agir. Na leitura, nos estudos textuais, e nas conversas com outros, surgirão perguntas. Procure respostas por meio de estudo cuidadoso, verificando o sentido de palavras, juntando informações de vários textos, e sempre lembrando do contexto.

Com paciência, disciplina e dedicação, você terá o prazer de aprender muito sobre a vontade de Deus!

–por Dennis Allan

Amor e Obra Social - Semeando om Sabedoria




"O semeador saiu a semear..." (Mt.13.3) Muitos semeadores têm lançado a semente, que é a palavra de Deus (Lc.8.11; I Pd.1.23). A igreja se empenha por levá-la aos perdidos. Queremos que todos a recebam de bom grado, acolhendo em seus corações a celestial mensagem.

Mas muitos são os que a rejeitam. Nossos familiares, nossos amigos, nossos colegas ou vizinhos, muitos não querem ouvir o que temos a dizer sobre Deus ou sobre a pessoa de Jesus Cristo.

Da mesma forma, se pararmos em uma esquina qualquer para distribuirmos sementes, poucos aceitarão e, entre os que aceitarem, a maioria provavelmente irá lançá-las ao lixo (ou na rua mesmo).

O que Deus fez para que a semente se tornasse atraente? Criou o fruto.

"E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que, segundo as suas espécies, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a terra. E assim foi." (Gn.1.11).

O fruto é a embalagem atraente e útil para a semente. É o seu veículo eficiente.

Se distribuirmos frutos, então a aceitação será muito maior, e assim estaremos também distribuindo sementes. Da mesma forma, quando produzimos o fruto do Espírito em nossas vidas, estamos distruibuindo a mensagem de Deus embutida em nossas ações, reações, gestos, palavras e atitudes. "O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e domínio próprio." (Gálatas 5.22-23).

Esse fruto é irrecusável. Quem não quer ser tratado com amor? Afinal, o amor é a essência do fruto do Espírito. É a essência do próprio Deus. Desse modo estaremos plantando a semente de maneira eficaz. Por exemplo, Pedro disse que as mulheres cristãs poderiam ganhar seus maridos através de seu procedimento e de uma vida pura, sem a necessidade de usarem palavras. (I Pd.3.1-2). É o fruto transmitindo a semente.

Como podemos alcançar os miseráveis, os marginalizados, os famintos ou os excluídos? Levando-lhes uma pregação? Dando-lhes uma bíblia? Tudo isso é maravilhoso e pode dar resultados, mas creio que o melhor caminho começa pela demonstração de amor. Não é declarar o amor. É demonstrá-lo através de atos. Entra aqui o valor da obra social, seja como iniciativa individual ou comunitária.

A igreja precisa distribuir frutos e não apenas sementes. O fruto é o amor, apresentado na forma que atende à necessidade do próximo. É a atenção, o carinho, o afeto. É o alimento, o abrigo, a roupa, o emprego, a educação, o tratamento de saúde. Isso nos faz lembrar o papel do Estado e esse pensamento pode ser uma forma de escape. Queremos nos omitir diante da responsabilidade. É verdade que o Estado precisa assumir e desempenhar bem a sua missão. Contudo, nem sempre o faz. Fica então uma lacuna, às vezes um grande abismo, que se apresenta como uma oportunidade para a igreja. E será que ela, ou melhor nós, temos cumprido nossa missão? E, se nós não fazemos, outros fazem esse trabalho e ao mesmo tempo levam uma semente maligna que conduz as pessoas à idolatria e ao satanismo. Enquanto os homens justos dormem, o inimigo semeia o joio (Mt.13.25).

Jesus atuou onde havia necessidades, embora ele não fosse o culpado por aquilo nem originalmente responsável pela solução. Por exemplo, quando o vinho acabou e Maria foi avisá-lo, ele poderia dizer: "Isso é problema do noivo. Eu não estou casando, não sou noivo, não sou fabricante de vinho, e me dá licença que eu já vou embora."

Em outro episódio, precisamos verificar o que o Mestre fez: quando viu a multidão faminta, ele não mandou que aquelas pessoas fossem procurar Herodes, Pilatos ou César. Ele disse aos discípulos: "dai-lhes vós de comer." Em seguida, ele mesmo multiplicou os pães e os peixes e alimentou a todos. Os discípulos distribuíram o pão e o peixe que Jesus lhes entregou. Quanto nos tem sido entregue? Temos distribuído, ou apenas guardado para comer depois? Também é verdade que ele não se tornou provedor permanente daqueles cinco mil homens. A igreja precisa socorrer aos que estão em situação de emergência, principalmente aos irmãos na fé (Gálatas 6.10). Depois, deveria ensinar-lhes um meio de conseguirem seu próprio sustento. Cursos profissionalizantes gratuitos para os desempregados seria uma iniciativa preciosa que as igrejas deviam implementar, aumentando assim suas chances de conseguirem emprego.

Como indivíduos, podemos fazer pouco, mas devemos fazê-lo, cada um dentro de suas possibilidades. Como igreja podemos fazer muito mais. A bíblia não nos ensina a sustentar os preguiçosos, mas sim àqueles que, temporária ou permanentemente não têm como se sustentar. Os melhores exemplos são os órfãos e as viúvas, cujo cuidado foi considerado por Tiago como a verdadeira religião (Tg.1.27). A obra social é uma frente de trabalho que a igreja não pode negligenciar.

O fruto garante o transporte da semente. Aquela planta ou árvore passa a se propagar devido ao sabor do seu fruto. Se o nosso trabalho não cresce nem expande seus horizontes, pode ser que isso seja evidência da falta de fruto. Que Deus nos ajude para que, a cada dia, tenhamos o fruto certo para entregar a quem de nós se aproximar. Que o Senhor faça germinar a divina semente em cada coração, pois isso, só ele pode fazer.



Anísio Renato de Andrade
Bacharel em teologia

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Que Sabedoria é Essa?


"Que Sabedoria é Essa?"

Jeremias capítulo 8 descreve os motivos de Deus em castigar o povo de Jerusalém. Através deste profeta fiel, Deus condenou o povo por desviar da verdade, seguindo os falsos ensinamentos dos líderes religiosos. Esses líderes e seus seguidores cegos se exaltavam, dizendo: "Somos sábios, e a lei do SENHOR está conosco" (8:8). A mesma coisa continua acontecendo hoje. Há muitas pessoas religiosas que se acham seguras na sua confiança nas doutrinas dos homens. Acreditam que estão salvas, e que estão em comunhão com Deus. Mas, se a palavra que guia suas vidas não é de Deus, tais sentimentos de segurança não passam de auto-engano.

Deus respondeu aos "sábios" de Jerusalém: "Os sábios serão envergonhados, aterrorizados e presos; eis que rejeitaram a palavra do SENHOR; que sabedoria é essa que eles têm?" (8:9). Havia em Jerusalém pessoas cultas e bem informadas na sabedoria do homem. Algumas dessas pessoas conheciam bem as palavras das Escrituras, mas não as aplicavam na vida. Estudavam para achar maneiras de "jeitosamente" rejeitar a palavra de Deus (Marcos 7:9). Desafiaram ousadamente os fiéis servos de Deus e conseguiram enganar muitas pessoas, mas não tinham poder para mudar a palavra do Senhor (veja o exemplo de Hananias em Jeremias 28).

Muitas pessoas, hoje em dia, confiam nas afirmações ousadas de líderes religiosos. Como filhotes de passarinhos que deixam as mães escolher e mastigar sua comida, algumas pessoas confiam em pastores e padres para escolher e preparar seu alimento espiritual, e engolem tudo sem examinar nada. Essas pessoas esquecem que a salvação é individual. Quem segue os enganadores também será perdido. O próprio Jesus disse: "Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco" (Mateus 15:14).

­por Dennis Allan

O Perdão




O perdão é, basicamente, a dispensa do pagamento de uma dívida. Esse é o sentido mais natural e aplica-se no caso em que o devedor não tem como pagar e depende da misericórdia do credor. Logo, o perdão significa que não haverá mais cobrança, nem castigo. A Bíblia estende essa idéia para os pecados, as ofensas, como sendo também dívidas. Nossos pecados contra Deus ou contra outras pessoas, são dívidas espirituais que deveriam ser pagas. O pecado é tudo aquilo que prejudica, ou seja, causa prejuízos de vários tipos (morais, físicos, espirituais, materiais). Seria então necessário reparar esse prejuízo, ou compensá-lo de alguma forma. Aí está a idéia da dívida. Mas, como poderíamos pagar nossa divida diante de Deus? Somos devedores que não têm como pagar. A nossa salvação é que alguém pagou nossa dívida (Colossenses 2.13-14). A morte de Jesus teve exatamente esse objetivo. Como o pecado poderia ser pago? Pela morte do pecador. Porém, Jesus se colocou no lugar dos pecadores e morreu no lugar deles. O que nos resta fazer então? Nada de tentar compensar os pecados através de boas obras, (embora elas devam ser praticadas por outros motivos). Nada de auto-flagelo e penitências. Estaríamos, assim, desprezando a obra de Jesus. O que precisamos é :

1) Reconhecer os nossos pecados.
2) Arrepender. Arrependimento é mudança de rumo. É uma decisão de passar a agir diferente.
3) Confessar os pecados (I João 1.9).
4) Pedir o perdão divino.

Se Deus, tão graciosamente, nos perdoou, devemos também perdoar aqueles que nos ofendem. Se não perdoarmos, também Deus não nos perdoará (Mateus 6.12,14,15). Se Deus é bom para conosco, não podemos ser maus para os nossos irmãos e nem para os nossos inimigos (Mateus 18.15-34 Mateus 5.44-45). Pedro perguntou quantas vezes por dia ele deveria perdoar ao seu irmão. Jesus disse: "setenta vezes sete". Vemos então que não devemos ECONOMIZAR o perdão. A ausência do perdão, a mágoa, o ressentimento, fazem mais mal ao ressentido do que ao que pecou. Manter a mágoa no coração é como segurar uma brasa na mão. O estrago pode ser grande. A falta de perdão, o ódio, pode causar até doenças. Por outro lado, a pessoa que não foi perdoada, fica, de alguma forma, presa espiritualmente.

Como dissemos, não temos como pagar nossa dívida para com Deus. Entretanto, se o nosso pecado contra o irmão envolver um prejuízo material, devemos ressarci-lo, pagar o prejuízo, se isso for possível (Lucas 19.8 Êxodo 22.1). E, assim como pedimos perdão a Deus, devemos também pedir às pessoas ofendidas. Se, porém, o ofendido já tiver falecido, isso não será impedimento para que Deus nos perdoe, desde que haja arrependimento. (Exemplo: Davi e Urias).

Muitas vezes, pode parecer difícil perdoar. O sentimento é difícil de ser controlado, principalmente em caso de pecados graves, em caso de crimes. Porém, o mais importante é a nossa VONTADE e não o nosso sentimento. Reconhecendo que devemos perdoar, devemos orar dizendo : "Senhor, eu perdôo aquela pessoa, em nome de Jesus". Os sentimentos podem não corresponder no momento, mas isso é uma decisão e não uma emoção. Precisamos declarar o perdão. Se perdoarmos em uma atitude de decisão, com o tempo os sentimentos encontrarão os seus devidos lugares.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Mansidão ou Valentia?


Valentia ou mansidão?
Todo mundo quer descobrir o segredo para possuir coisas de valor. Quantos não estão por aí prometendo e vendendo fórmulas mirabulantes? Políticos, empresas, profissionais liberais, escritores e claro pessoas do meio religioso também! Sucesso rima com dinheiro, que rima com mansões, carros, fama, roupas e jóias caras, banquetes, férias fantásticas e etc.

Todavia não é nehum segredo como tomar posse do reino que já nos foi preparado e está no meio de nós. A promessa do “Reino dos Céus aqui na terra” (como alguns ironicamente falam) não é uma patente do chamado evangelho da prosperidade e sua propaganda enganosa. Jesus promete-nos não somente os céus mas também a terra.

“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mt 5.5) - ensinou ele para os seus discípulos. Terra é no Antigo Testamento muito mais que um fator de produção. Jesus não estava contando nenhum segredo, mas apenas relembrava o Salmo 37.11. Tanto nesse contexto (Salmo 37) como no das bem-aventuranças temos uma excelente lição sobre a prosperidade duradoura e a passageira. Como evitar esta e adiquirir aquela. Aí é que entra a mansidão como ponto central. Não é à toa que Moisés foi quem fez Israel herdar a terra prometida, ele foi o homem mais manso do planeta (Nm 12.3) - dizia um gaiato que ele foi ainda o maior corretor de imóveis, pois fez uma multidão andar 40 anos só pra ver uma terra! Mas Josué foi o conquistador. E ele foi valente! Como fica então, precisamos de mansidão ou de valentia?

Seria mansidão antônimo de valentia? Usamos a palavra manso normalmente para os animais, um é manso ou foi amansado e o outro é bravo, selvagem. Um é bonzinho, mansinho, já o outro é perigoso, morde, ataca - engraçado que a agressividade dos animais é uma expressão não de coragem mas do seu do medo. Manso na Bíblia, no texto original em grego - praus - é sinônimo de gentil, humilde e cortês. A mansidão é expressa através de atitudes e condutas para com outros. Paulo diz: "Que quereis? Irei ter convosco com vara ou com amor e espírito de mansidão?" (1 Cor 4.21). Saber enfrentar os conflitos com mansidão não impede o ser corajoso, ousado ou valente, nem muito menos o uso da força em situações extremas e necessárias.

John Stott chama à atenção para certa seqüência lógica e harmônica das bem-aventuranças. Os mansos estão depois dos que choram. Choro de alguém que reconheceu e sente suas fraquezas, suas necessidades e dores. Então ele se mostra quebrantado e manso. Sabendo quem sou diante de Deus, minhas virtudes e meus vícios, não me irritarei para defender meus interesses ou impor o que eu quero, mas me sujeitarei, deixando mansamente que Deus lute por mim. Depois e somente depois é que vem a fome e sede de justiça: a indignação e desejo de achar soluções para os desequilíbrios legais, morais ou sociais nos quais estou envolvido. Isto resultará fatalmente em ações concretas, mas agora conduzidas da forma correta, no espírito de mansidão. Não convém termos fome de justiça sem antes a devida mansidão, assim como não poderemos ser saciados se antes não herdarmos a terra, afinal não é da terra que geralmente tiramos nosso sustento?

Herdar a terra... nós cristãos brasileiros temos que repensar esse assunto. As questões do momento são bem concretas, coletivas e não menos espirituais, como a reforma agrária, distribuição de renda e ecologia. A miséria e a violência contra o homem e a natureza exigem um posicionamento pró-ativo nosso. Será que nossa fé não diz nada sobre a avareza, a justiça e a pobreza? Graças a Deus por todos aqueles que têm se empenhado varonilmente nessa causa.

Assim fica claro que não são os gananciosos, não os “super” competitivos, nem os valentões que herdarão a terra. Deus tem para seus filhos nessa vida terras e bens para serem herdados, repartidos, cultivados (não cultuados) e usados para Sua glória, pois o mundo é nosso (1 Co 3.22). Mas se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens (1 Co 15.19). Pois na verdade esperamos novos céus e nova terra onde habitam a justiça (2 Pe 3.13). A mansidão nos proteje para não trocarmos o duradouro pelo passageiro

Atitude de Fé


“Então, lhes disse: Lançai a rede à direita do barco e achareis. Assim fizeram e já não podiam puxar a rede, tão grande era a quantidade de peixes.” (João 21:6 ARA)


A obediência destes pescadores chama a atenção, principalmente considerando que eram pescadores experientes e não haviam reconhecido a Jesus naquele momento. Vigiar as nossas fraquezas é prudente e recomendável. Mas vigiar onde somos fortes (ou experientes) é um ato de fé.

Se você meu leitor for apenas um pouco parecido comigo, vai entender do que estou falando. Ouvir novamente aquela palavra sobre aquele mesmo assunto, que a gente se acha tão maduro. Receber conselho outra vez, sobre algo que nunca caímos. Ter de escutar a mesma história com a mesma ilustração pela milésima vez, da mesma pessoa, pelos mesmos motivos. Receber ordens novamente, para fazer tudo de novo, depois de tanto tempo.

São meros exemplos que eu tolero com dificuldade ou nem tolero. Minha paciência tem limite. Mas a de Deus não. E os pescadores aqui foram abençoados por terem tido esse tipo de paciência. Imagine, pescador a vida inteira, pescando no mesmo lugar, depois de uma noite sem resultado, dando o maior duro – simplesmente lançar a rede de novo só por que um sujeito mandou. Lembre-se: só se aperceberam de que era Jesus bem depois.

O nosso ego é um inimigo considerável, não devemos menosprezá-lo. Eu critiquei no passado um pastor por seu posicionamento, hoje eu o imito – já pedi perdão. Mas tenho aprendido que essa falta de fé custa um lote de peixes na vida da gente. Se gostamos do barco vazio, amém, mas vamos admitir isso. Não adianta reclamar sem estar disposto a enchê-lo.

Na prática, o que podemos fazer é encarar tudo que nos parece absurdo como ato de fé. O que não for compatível com a fé, pulemos fora de imediato. Obviamente, para qualquer um dos dois casos, arcaremos com as consequências.

“Senhor, não quero perder de ser abençoado por teimosia ou falta de fé. Ensina-me a distinguir a Tua voz para ser obediente voluntária e imediatamente.”

Mário Fernandez

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O Rei Doente



Vitorioso e vencedor, triunfante e destemido, respeitado e admirado, Davi era modelo para todos. Porém, Davi estava doente e já quase não conseguia esconder de ninguém o mal que o afligia n’alma e lhe alquebrava o corpo.
Os dias de Davi eram tristes e sombrios, embora o sol lá fora fosse resplendente. Muitas vezes a comida a sua mesa voltava para a cozinha intocada.
As noites eram insones. Os dias de glória e conquistas eram meras lembranças. O Davi temente e vitorioso era somente um vestígio do passado. O Davi do presente era a derrota personificada.
Implacável, o pecado cobrava o seu preço. Davi sequer sentia vontade de orar e oferecer sacrifícios ao Senhor. Havia algo profundamente errado e Davi sabia disto.

“Ó Senhor, não me
repreendas na tua ira, nem
me castigues no teu furor”

Os dias se passavam. E Davi arrastava-se pelos corredores do palácio real.

“Pois já as minhas iniqüidades
sobrepassam a minha cabeça;
como carga são demais
para as minhas forças”

Abatido Davi orava.

“Estou fraco e mui quebrantado;
tenho rugido pela inquietação
do meu coração”

Davi havia errado e sabia disto.
“Porque eu declarei a minha
iniqüidade; afligir-me-ei por
causa do meu pecado”

Aflito Davi buscava socorro no Senhor.

“Não me desampares, Senhor,
meu Deus,
não te alongues de mim.
Apressa-te em meu auxilio,
Senhor, minha salvação”

Numa determinada manhã, o cabisbaixo Davi tinha diante de si Natan. O profeta, com a autoridade outorgada por Deus, foi extremamente duro. Não com o rei, mas com o homem Davi.
Ele havia cometido um terrível pecado. Tomara para si Bate-Seba. Cometendo o primeiro erro. Cometeria um ainda pior, mandando Urias para morrer na batalha. Davi sentia-se acusado por sua consciência, daí o seu desespero.
E desesperado ele buscava o perdão do Senhor. Natan era o portador do perdão divino. Duro perdão, pois o Senhor levaria o filho que Bate-Seba esperava. A criança não viveria.

“Tem misericórdia de mim,
ó Deus, segundo a tua benignidade;
apaga as minhas transgressões,
segundo a multidão das tuas misericórdias.
Lava-me completamente da minha
iniqüidade, e purifica-me do meu pecado.
Porque eu conheço as minhas transgressões,
e o meu pecado está sempre diante de mim”

Davi recebera do Senhor a dádiva do perdão, contudo as marcas do pecado iriam permanecer para sempre na sua vida. Tal como cicatrizes que teimam em não sumir mesmo depois de curado o ferimento, permanecendo indelével e permanente.
Por causa de uns instantes de prazer efêmero, Davi perderia a paz e sofreria as conseqüências...
Davi não estava mais doente.
Davi aprendera a lição.
Sabia que fora perdoado pelo Senhor.
Jehozadak Pereira

Estevão Um Exemplo Silencioso de Fé


“...Senhor Jesus, recebe o meu espírito! ...Com estas palavras adormeceu”.
Atos dos Apóstolos 7:59-60

Saulo havia convivido a vida toda com os rabinos e os sacerdotes judeus, e conhecia melhor que ninguém os seus hábitos, as suas virtudes, os seus costumes e, sobretudo suas falhas. Saulo presenciara por diversas ocasiões, situações que envolviam a morte dos mesmos rabinos e sacerdotes. E o que Saulo testemunhara era o desespero absoluto daqueles homens, que embora julgassem ser servos de Deus, pareciam ter horror da morte, e isto Saulo não compreendia.

Os tempos não eram de tranqüilidade para os cristãos, perseguidos a todo instante e por todo tempo, por causa da sua fé. Espancados, arrancados para fora de suas casas, separados das suas famílias, jogados nas prisões, ultrajados, maltratados, vilipendiados e por algumas vezes apedrejados ao confirmarem a sua fé. E foi um apedrejamento que mudaria para sempre e de uma vez por todas a vida de Saulo de Tarso.

Estevão havia sido pressionado pelo tribunal eclesiástico que usando de todos os recursos possíveis e imagináveis, inclusive subornando testemunhas para o acusar. Estevão não arredava pé das suas convicções de fé, e defendia-se diante da assembléia. Insuflados pelos sacerdotes, o povo lançou-se sobre Estevão e arrastando-o para fora da cidade o apedrejou.
O comportamento e a atitude de Estevão longe de ser uma atitude de desespero, diante da morte iminente, era uma atitude de destemor, de confiança, de coragem. Saulo que a tudo observava não podia compreender Estevão. Aquele homem era um condenado a morrer e parecia não temer isto? Estevão parecia orar? A serenidade e a tranqüilidade de Estevão incomodaram Saulo profundamente. Aliás, a atitude de todos aqueles cristãos incomodavam o sempre irritadiço Saulo.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A Esperiencia de Jacó



Gn.32.22-32

Àquela altura de sua história, Jacó era um homem rico, tinha mulheres,
servos e filhos. Era abençoado e próspero. O que mais poderia querer ou precisar?

1- O que você precisa hoje?
Deus pode curá-lo, libertá-lo, dar-lhe bênçãos materiais, mas a maior necessidade humana
é espiritual.

2- Jacó precisava de uma mudança de caráter.
Isto estava representado pelo seu nome, pois Jacó significa "enganador".
São tantos os motivos que levam as pessoas a buscarem a Deus, mas o que mais
precisam é de uma mudança de caráter. Seu nome foi mudado para "Israel".
O Senhor deseja mudar o "nome" daqueles que são conhecidos como "desonestos", "mentirosos", etc.

3- Jacó ficou sozinho para sua experiência com Deus (Gn.32.24).
Na nossa relação com Deus, podemos ser conduzidos e orientados, mas em algum momento precisamos
tomar decisões individuais. Só assim teremos nossa própria experiência e convicção. Não basta viver
pedindo oração. É preciso que cada um ore. Não é suficiente viver sustentado pelo conhecimento dos outros.
Cada um deve buscar sua própria experiência com Deus.

Conclusão: A luta de Jacó com Deus tornou-se símbolo da oração perseverante.
Busque ao Senhor e tenha seu caráter transformado (II Cor.3.18).

Tem Que Dar Certo?


Eu já cantei "vai dar tudo certo, em nome de Jesus". Em minhas palestras e sermões, antecipei grandes reviravoltas na vida de meus ouvintes. Mas, com o passar do tempo, percebi que apesar de toda a minha boa vontade, tais guinadas não aconteciam com a frequência que eu desejava. Nem tudo dava certo! Alguns amigos agonizaram, carcomidos de câncer. Outros foram à bancarrota. Não vou nem mencionar os casamentos que celebrei e que terminaram em divórcio. Confesso minha infantilidade: repeti jargões ufanistas, sem critério. Pior, capitalizei em cima de ilusões.

Percebo que não estou só. Políticos, conferencistas motivacionais, assim como líderes religiosos, adoram repetir frases de efeito - que, na verdade, só servem para fortalecê-los. Infelizmente, as consequências são desastrosas. Mulheres azedaram na vida porque alguém prometeu que Deus (ou Santo Antônio) traria um marido "no tempo certo". Empresários se desesperaram porque alguém assegurou que "o Senhor não permite que seus filhos fracassem nos negócios". Pais e mães perderam a fé porque jamais cogitaram que um câncer "seria permitido" em uma família piedosa e obediente.

É comum ver pessoas acorrentadas a promessas que "um dia vão chegar" - mas que não chegam nunca; ver pessoas atribuindo aos "paradoxos" e aos "mistérios insondáveis da eternidade", os contratempos que a vida impõe. Nada como o dia a dia para arrasar com os discursos triunfalistas. Crianças agonizam com diarréia nas favelas; faltam ambulâncias nas periferias para salvar os infartados; professores de escola pública recebem uma ninharia no perpétuo ciclo ignorância-desemprego-miséria. Quem ganha? As revistas de fofoca com seus conselhos de auto-ajuda, os televangelistas e as religiões pequeno burguesas. Nos arroubos de vitória, as relações utilitárias com a Divindade prosseguem intocadas e os cantores gospel faturam bem.

Reconheçamos: a vida de muitos simplesmente não vai dar certo. A estrutura econômica assimétrica não permite que multidões subam a escadaria da inclusão social. Os oligarcas não vão abrir mão de seus benefícios (veja a miséria do Maranhão, feudo de uma família poderosa). Muitos não vão entrar na terra prometida; homens adoecerão sem conseguir recuperar suas empresas; mulheres não vão sair do lugarejo que lhes asfixia; rapazes, que sonhavam em jogar futebol na Europa, terão que se contentar com o salário de balconista.

Não se deve desprezar a realidade em nome da esperança. Não se deve negligenciar as amarras sociais em nome das promessas de Deus. Não se deve perpetuar fantasias em nome do otimismo. Sou pastor, pregador e conferencista, mas não tenho o direito de me descolar da existência concreta que as pessoas enfrentam todos os dias.

Por isso, assumo um compromisso com a verdade. Obrigo-me não à verdade metafísica, absoluta, da religião ou da filosofia. Estou abraçado à verdade que o cotidiano impõe. Acredito que só promoverei a liberdade se ensinar o meu próximo a olhar a realidade sem enganos. ? "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!".

Soli Deo Gloria.

Pr. Ricardo Gondim
Igreja Assembléia de Deus Betesda
Avenida Engenheiro Alberto de Zagottis, 1000
Jardim Marajoara, CEP 04675-230

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