"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

ZÉ E SEU GUINCHO




La; estava eu com a minha familia, de ferias, num acampamento isolado, com carro enguicado. Tentei dar a partida no carro. Nada. Caminhei para fora do acampamento, e felizmente meus palavroes foram abafados pelo barulho do riacho que passava por ali. Minha mulher e eu concluimos que estavamos com uma bateria descarregada.

Sem alternativa, decidi voltar a uma vila mais proxima, a alguns quilometros de onde estavamos. Duas horas depois, com um tornozelo torcido, cheguei finalmente a um posto de gasolina. Ao me aproximar do posto lembrei que era Domingo.

O lugar estava fechado, mas havia um telefone publico e uma lista telefonica caindo aos pedacos. Telefonei para a unica companhia de auto socorro, localizada na cidade vizinha, a cerca de 30 km.

Zé atendeu o telefone e me ouviu, nos minimos detalhes.

- Nao tem problema - ele disse quando dei minha localizacão - normalmente nao trabalho aos domingos, mas estarei ai em mais ou menos meia hora.

Fiquei aliviado de obter socorro, mas preocupado com a simples financeiras que essa oferta de ajuda, significaria. Ele chegou em seu reluzente caminhao-guincho, e nos dirigimos para a area de acampamento.

Quando saindo caminhao, observei com espanto, o Ze; descer com aparelhos na perna, amparado por muletas. Ele era paralitico!

Enquanto ele se movimentava, comecei novamente minha gina;stica mental para calcular o prec;o da sua boa vontade.

- E uma bateria descarregada, uma pequena carga eletrica e voces poderao ir embora, disse.

Ele reativou a bateria e enquanto ela recarregava, distraiu meu filho pequeno com truques de magica. Ate tirou uma moeda da orelha e deu a meu filho.

Enquanto ele guardava os cabos de volta no caminhao, perguntei quanto lhe devia.

- O! Nada! - respondeu, para minha surpresa.

- Tenho que lhe pagar, afinal, esse e o seu trabalho.

- Nao - ele reiterou - Ha muitos anos atras, alguem me ajudou a sair de uma situacao pior do que esta, quando perdi as minhas pernas. O sujeito me disse apenas para "passar isso adiante". Portanto, voce nao me deve nada.

- Lembre-se: Quando tiver uma chance, agarre-a e a divida com os outros!

-Quando receber uma ajuda e não lhe cobrarem passe isso a adiante

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