O pastor da Igreja Batista Beréia, Silas Figueira, publicou artigo no site Púlpito Cristão fazendo uma análise sobre as comparações que muitos cristãos fazem entre a igreja cristã atual e a igreja primitiva.
Figueira cita uma avaliação feita por John Stott no livro “A mensagem de Atos”, em que o autor alerta para “o perigo de romantizarmos a igreja primitiva, falando dela em tom solene, como se não tivesse falhas. Isso significa fechar os olhos diante das rivalidades, hipocrisias, imoralidades e heresias que atormentavam a igreja, como acontece ainda agora” e acrescenta afirmando que “a impressão que temos é que não havia problemas entre eles [Igreja Primitiva], principalmente quando lemos Atos”.
O argumento de Silas Figueira é construído com base nas cartas de exortação escritas por João às sete igrejas da Ásia, e o pastor afirma que esse episódio serve para mostrar “o quanto a igreja havia se afastado da sã doutrina”.
Ressaltando a necessidade que a igreja tem de se manter reta, o pastor afirma ser “bom lembrar que antes de Jesus manifestar Seu juízo ao mundo, Ele irá manifestar à Sua igreja”, e “assim como a igreja do primeiro século enfrentou os seus hereges, hoje nos estamos enfrentando os nossos”.
Em uma crítica direta aos defensores da teologia da prosperidade e às práticas classificadas por ele como supersticiosas, o pastor Figueira refere-se sem citar nomes, ao caso da venda de “meias ungidas” pela Igreja Mundial do Poder de Deus: “Hoje nós temos os nossos Hereges Tupiniquins, com suas meias ungidas, seu apego a Mamom, suas superstições típicas de povos primitivos sem conhecimento profundo do assunto e recorrendo a explicações concretas e simplicistas de verdades espirituais profundas e reveladas pelo Espírito Santo, de suas brigas santas entre si, como místicos na disputa de mostrar-se mais santo e mais poderoso, fora os que estão surgindo e os que em breve substituirão os atuais”.
Baseado na carta do apóstolo Paulo a Tito, o pastor Silas Figueira afirma que há erros na igreja porque ela é feita de pessoas sujeitas a erros, porém isso não deve ser motivo de omissão: “A igreja não é perfeita porque ela está cheia de homens imperfeitos. Não quero dizer com isso que não devemos lutar contra o mal que se instala ou tenta se instalar dentro dela, pelo contrário, devemos abrir a nossa boca e alertar contra os falsos erros e falsos mestres que tem se levantado dentro dela”.
Publicado por Tiago Chagas
gospelmais.com.br
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