"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Diretor do filme “A Tentação” afirma que a religião separa as pessoas mais do que as une”



O diretor Matthew Chapman, que recentemente lançou o filme “A Tentação”, concedeu entrevista e falou sobre sua proximidade com o autor da teoria da evolução, Charles Darwin, de quem é tataraneto e sobre suas impressões a respeito da religião.

Segundo Chapman, que além de diretor é pesquisador e escritor, “a religião separa as pessoas mais do que as une”.

O filme mostra a história de um ateu que se envolve com a esposa de um religioso extremista, os conflitos causados entre todos os personagens e suas decisões a partir do ponto de vista que cada um tem sobre a religião.

Na entrevista concedida ao G1, Chapman falou sobre a abordagem que deu ao tema religião no filme “A tentação”, e ressaltou seu espanto com a crença no criacionismo em países como os Estados Unidos.

-Eu acho que, lamentavelmente, religião separa as pessoas – mais do que as une. Quer dizer, se você olhar para os judeus e para os árabes, eles comem a mesma comida, eles vivem na mesma terra, eles dividem em grande parte os mesmos mares, eles são mães e pais, têm filhos, ou seja, têm muitas coisas em comum. A única coisa a dividi-los é disputa por território e religião – observou.

Chapman declarou ainda que seu envolvimento com a ciência não tem ligação com sua origem: “Não me interessava nem pelo Darwin. Porque na Inglaterra, na Europa como um todo, realmente ninguém realmente questiona a evolução. Foi só quando vim para os Estados Unidos que vi pessoas dizendo que a Terra tinha 10 mil anos de idade e que Deus criou Adão e Eva, todos os animais foram colocados dentro da arca – isso é inacreditável num país sofisticado assim”.

O diretor, porém, enfatiza sua preocupação em expressar o humanismo no meio do debate entre religião e ciência: “No meio dessa batalha filosófica, há uma verdadeira dor emocional para todo mundo. É interessante, porque algumas pessoas, ao perder alguém próximo, pensam que não pode existir um Deus, já que, se Ele existisse, não faria isso [tiraria uma vida]. Outras pessoas dirão: ‘Oh, meu Deus, eu perdi meu filho (ou meu marido ou minha esposa), eu preciso ter Deus ao meu lado, para me ajudar a superar isso’. Mas, no meio de tudo, há sempre a dor do ser humano”, pontua.
http://noticias.gospelmais.com.br/diretor-tentacao-religiao-separa-pessoas-41838.html

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