"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O Poder de Elias.


A oração de um justo é poderosa e eficaz. Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. Orou outra vez, e os céus enviaram chuva, e a terra produziu os seus frutos. (Tiago 5:16b-18)

Há dois tipos de lições que podemos extrair de um homem de Deus imperfeito. Podemos ficar inspirados a imitá-lo por causa de seu fracasso; isto é, visto que até mesmo Elias tinha suas imperfeições e momentos de fraqueza, somos encorajados a perseverar em nossas lutas. Mas Tiago nos leva numa direção diferente – ele nos aponta para o sucesso de Elias, e ao seu poder em oração como um exemplo para nós. A ênfase não é que, embora Elias fosse um grande profeta, ele era todavia falho como nós; antes, visto que Elias era um homem como nós, isso significa que podemos ser como ele! A lição não é que, porque ele fugiu e se retraiu, não deveríamos nos sentir desesperados quando nos encontramos fazendo a mesma coisa; em vez disso, a lição é que mesmo em nossa fraqueza e fragilidade humana, podemos aspirar ao poder do profeta.

Há uma terceira forma de aludir a um homem de Deus, e essa é quando pregadores e teólogos nos dizem: “Você não pode fazer isso. Você não pode ser como ele. Ele era um apóstolo”. Dessa maneira, eles tentam restringir nossa intrepidez, sufocar nossa fé e apagar o Espírito, mesmo quando o dom de Deus queima dentro de nós. É o chamado da incredulidade buscando companhia. Eles não aprenderam isso da Bíblia, e Tiago não nos ensina a pensar dessa forma. Antes, Tiago diria que Paulo era um homem assim como nós, e Pedro era um homem como nós, e visto que eles fizeram coisas maravilhosas para o Senhor, assim podemos nós, pois “a oração de um justo é poderosa e eficaz”. Nós confiamos no poder de Cristo, e ele é maior do que qualquer apóstolo ou profeta. Se Deus ouviu Paulo, Pedro e Elias, então ele nos ouve também. Tiago refere-se a Elias não para rebaixá-lo ao nosso nível, mas para que possamos subir ao nível dele.

Como deveríamos responder àqueles que ensinam incredulidade? Dizemos: “Certo, ele era um apóstolo, e evidentemente você é um zé ninguém. Assim, eu prefiro seguir o seu exemplo de fé e poder, e sua ousadia na pregação, do que seguir um perdedor como você. Ele era um apóstolo, e é precisamente por isso que imitarei o seu sucesso tanto quanto puder. Mas você quer que eu me torne um fraco, fracassado e impotente como você. Isso não acontecerá”. Ora, se a Bíblia nos ensina a imitar até mesmo Jesus, que é mais do que um homem como nós, então ela nos ensina a pensar como vencedores e empreendedores espirituais. Dessa forma, aprenderemos a fé de Abraão e de Raabe (2.20-26), a perseverança dos profetas e de Jó (5.10-11) e a fé e poder de Elias (5.17-18).

Nossos pregadores e teólogos gostam muito de Neemias, e referem-se a ele como um exemplo de confiança na providência oculta de Deus. Eu não tenho nenhuma objeção a isso. No entanto, Tiago não cita Neemias para ilustrar o tipo de poder que está disponível para nós em Cristo. Ele cita Elias, que orou e a chuva cessou durante três anos e meio, e orou novamente, e o céu deu chuva, e a terra produziu os seus frutos. Tenhamos sempre em mente que não seremos julgados pelos líderes e estudiosos incrédulos, mas pelo Senhor Jesus sobre como respondemos às suas palavras, isto é, ao que a Bíblia realmente ensina. Falso ensino dos homens nunca é uma desculpa, pois se somos tão facilmente seduzidos pela incredulidade, então deve haver alguma atração nele para nós em primeiro lugar. Mas Tiago fala a verdade, e ele encoraja a nossa fé. Jesus Cristo nos reconciliou com Deus, e agora nossas orações podem ser poderosas e eficazes, até mesmo como as orações de Elias.




Fonte: Sermonettes, Volume 4, p. 32-34

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – novembro/2011

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