Nas décadas de 1970 e 1980 Leida Gabriel Batista começou a se envolver com drogas e chegou a comandar oito pontos de fumo em Belo Horizonte. Sua atuação no crime lhe rendeu o apelido de “Vovó do Pó”. Mas hoje ela não aceita mais ser chamada assim, pois convertida passou a atuar contra o consumo de drogas dando testemunhos em igrejas e fazendo evangelismo em penitenciárias.
Antes de se converter, Leida chegou a ser condenada por tráfico de entorpecentes, porte de armas, formação de quadrilha e tentativa de homicídio. Sem dever nada à justiça ela faz questão de deixar claro que só quem pode julgá-la é Deus.
“Sei de gente que me critica por aí. Questionam que depois de todas as maldades que fiz agora ando com a Bíblia embaixo do braço. Não devo mais nada para a Justiça e quem tem de me julgar é Deus. Só ele pode dizer se passei por essa experiência para que hoje pudesse ajudar a resgatar mais almas.”
O jornal O Estado de Minas (EM) fez uma reportagem especial falando sobre a vida da ex-vovó do pó e de como ela se converteu, isso no ano 2000, falando também de sua participação no Culto dos Resgatados, da Igreja Batista da Lagoinha, onde Leida, hoje com 60 anos, esteve recentemente.
“Tinha pavor dos crentes, mas na hora em que mais precisei, só conseguia me lembrar da vizinha dizendo que Jesus tinha um plano para minha vida”, lembra ela que foi evangelizada por Elida Ismael dos Santos, uma vizinha que sentia compaixão pelo estado em que Leia se encontrava.
“Meus filhos tinham virado as costas para mim, meus netos tinham medo da avó, a Divisão de Tóxicos ameaçava dar uma batida no meu barraco. Eu estava sem saúde, igual a um defunto ambulante, sem ter para onde ir. Naquele dia, pela primeira vez dobrei meus joelhos no banheiro nos fundos da casa e chorei a noite inteira”.
Dois anos depois Leida descia às águas do batismo, mas mesmo assim precisou enfrentar algumas internações e recaídas até que pudesse ficar completamente livre do consumo das drogas.
Hoje, nove anos depois de estar completamente limpa, Leida tem visitado presídios três vezes por semana ministrando palestras de conscientização mostrando que o crime não compensa e que há libertação em Jesus.
“Digo a eles que Jesus não vai ficar parado esperando que larguem o treszoitão (revólver calibre 38). Explico que passarinho parado ou é estilingue ou é gaiola. E que com eles é a mesma coisa, ou morrem no tráfico ou vão para a cadeia”, diz ela que sempre cita aos detentos o versículo 32 de João 8 que diz “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
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