A Globo teria estrategicamente programado
a exibição do programa ‘Na Moral’, com a participação do pastor Silas
Malafaia para a mesma noite do conflito na mansão da família Khoury, na
novela “Amor à Vida”, como forma de neutralizar os ânimos da comunidade
evangélica.
Ontem, na cena da novela “Amor à Vida”, o personagem Félix saiu “do armário“,
apesar de César (Antonio Fagundes), insistir em rejeitar a opção
sexual do filho. O capítulo levantou a bandeira LGBT do respeito e da
tolerância, insistindo de que não existe opção sexual nem doença, levando a mensagem subliminar de que o homossexual já nasce assim.
Para evitar que setores evangélicos
criticassem a Globo por fazer uma das maiores apologias à questão
homossexual já vista em uma dramaturgia, a Globo teria planejado o
debate sobre estado laico no programa dirigido por Pedro Bial, e
convidado o pastor Malafaia para participar. O programa foi exibido
alguns minutos após o enceramento da novela.
Nos minutos que antecederam o programa,
nas redes sociais uma multidão de evangélicos expressava sua ansiedade
pelo início do programa, a fim de ver a participação do pastor Silas
Malafaia.
A tática deu certo. Ou melhor, mais do que certo.
Além de não haver críticas à emissora por
grupos evangélicos, mas só elogios por parte dos ativistas gays, a
Globo ainda colheu dupla alta audiência, a da novela e do programa ‘Na
Moral’.
A repercussão nas redes sociais sobre o debate a respeito do Estado laico levou o tema ao segundo lugar dos assuntos mais comentados no Twitter.
Novela e debate à parte, fato é que aos poucos a sagacidade da Globo vai dando certo.
A emissora descobriu o ‘filé mignon‘:
vai continuar oferecendo ao público evangélico o Festival Promessas, a
Feira Internacional Cristã, a participação de cantores gospel em alguns
de seus programas, coberturas jornalísticas das Marchas Para Jesus, como
também de alguns outros grandes eventos evangélicos, somando-se a mais
recente novidade, a utilização de músicas gospel em suas próximas
novelas, todavia, em contrapartida, com a massa crítica
evangélica hipnotizada e, por conseguinte, imobilizada, ela vai fazer
cada vez mais a apologia a tudo que sempre defendeu, e que nitidamente
colide com os princípios cristãos, principalmente o aborto e a agenda gay.
A estratégia de ontem é um sinal.
O pior de tudo, com a gentiliza de certos líderes cristãos, ícones atualmente.
Por Paulo Teixeira
gospel+
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