"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ferido, porem de pé..


Davi foi ungido Rei de Israel por escolha de Deus (1Sm 16.13)

Davi foi solicitado a interceder por Saul com sua harpa para que ele fosse aliviado de uma opressão maligna (1Sm 16.23)

Saul fez dele o seu companheiro e o amava (1Sm 16.21)

Davi era o seu escudeiro (pajem de armas) (1Sm 16.21) – aquele que acompanhava o rei e levava suas armas para a guerra. Homem de confiança.

Davi era aquele que animava Saul e guerreava as suas guerras (1Sm 17.32 – Filisteus - Golias)

Israel se alegrava com as vitórias de Davi (1Sm 17.52)

O filho do Rei se tornou um grande amigo de Davi (1Sm 18.1)

Saul tinha prazer na sua companhia (1Sm 18.2)
Saul colocou Davi como comandante dos exércitos de Israel, e Israel aceitava Davi, pois Davi caiu nos braços do povo (1Sm 18.5)

Até aqui nós conseguimos identificar algumas qualidades e virtudes no jovem rei Davi: Davi era cheio de fé, corajoso, obediente, destemido, submisso, intercessor, amigo, guerreiro, nacionalista, cumpridor dos seus deveres, homem de caráter invejável.

Eu lhe pergunto: Será que um homem bom e com tantas qualidades e virtudes está passível as feridas emocionais? Sim. O problema é que nós não aceitamos isso.

Achamos que nossas qualidades e virtudes serão suficientemente necessárias para que ninguém tenha ciúmes de nós, para que ninguém desconfie de nós, para que ninguém aja de má-fé conosco. Nós nos apegamos em nossos atos de bondade e concluímos que por causa disso, ninguém nos trairá, ninguém ficará rancoroso, ninguém nos perseguirá.

Ouça, Por mais que a bondade seja boa, por mais que nossas qualidades e virtudes exaltem a Deus e sirvam como bom testemunho aos homens, isto não nos isenta de sermos feridos profundamente na alma por quem está ao nosso lado, por quem nos ama.

É triste dizer isso, mas, o bem que praticamos por vezes nos leva a caminhos jamais explorados e incompreendidos. O bem custa caro, porque é muito escasso e tudo o que é muito escasso, é muito bom, e por isso é caro.

O bem sempre faz bem, mas, pelo fato do bem que praticamos refletir como espelho aquilo que o outro não é, e não tem, então o bem que praticamos acaba sendo perseguido e injustiçado por atitudes que beiram a loucura humana.

Talvez nós se perguntamos, até que ponto vale a pena fazer o bem, se muitas vezes ele atrai o mau?

A resposta é simples e bíblica: “Não te deixes vencer do mal, mais vence o mal com o bem” (Rm 12.21)

É meio difícil compreender isso, mais o bem pode até atrair o mal, porém no próprio bem está a solução para o mal.

Exemplo: o antídoto para o veneno de cobra é extraído da própria cobra.
Será que Davi merecia ser sangrado por feridas emocionais tão profundas?

É óbvio que não.

Porém Davi foi ferido profundamente, e essas feridas ao invés de produzir em Davi um efeito devastador, na verdade produziram um Rei, um Poeta, um profeta, um homem de Deus. Um homem que mesmo ferido sempre estava preparado e de pé buscando e fazendo aquilo que Deus se agradava.

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