Saia da Folia

"Salvai-vos desta geração perversa." (Atos 2.40)

Muito providencial aos interesses de Momo a veiculação da campanha do Ministério da Saúde para a prevenção da AIDS durante o carnaval. O gingle proclama: "o meu anjo falou e o diabo concordou...", numa alusão clara à promiscuidade sexual desenfreada, desde que devidamente protegida. A conclusão que se chega é traduzida na seguinte frase; caia na folia!

Infelizmente até os órgão governamentais se curvam ante a perversidade dos foliões entenebrecidos pela ditadura momesca. Quem não cai na folia não está conforme a norma usual e não sabe aproveitar a vida, o que é um absurdo sem tamanho. Embriagar-se, promiscuir-se, prostituir-se e degenerar os padrões éticos é aproveitar a vida? Bem asseverou o Apóstolo Pedro em Atos 2.40.

Devemos tomar muito cuidado com as sutilezas do inimigo que tenta investir de historicidade folclórica toda a carnalidade e permissividade hedonista que paira sobre a festa carnavalesca. O vínculo com o ocultismo e com a feitiçaria, os ritmos embalados pelo Candomblé, as baianas representando as mães-de-santo e as coreografias que simulam a possessão demoníaca, bem como o grande número de Escolas de Samba que abordarão temas esotéricos são prova clara de que o carnaval não é uma simples festa popular, mas sim uma tentativa de inculcar nas pessoas o sincretismo e a veneração, mesmo que subjetiva – o vislumbre com a beleza e a grandiosidade da festa – ao diabo.

Vale ressaltar que no barracão de uma escola de Samba do Rio de Janeiro, em reportagem mostrada pela televisão, um jovem trabalhador na construção de carros alegóricos declarou ter medo de se aproximar do carro denominado pomba gira, pois "as imagens olham para min de forma estranha", disse o rapaz. Será que não somos capazes de perceber a gravidade e a malignidade do carnaval nem diante de uma retumbante confissão como esta?

Amados irmãos e irmãs. Jovens... igreja de Cristo. Saia da folia! Não se permita a assistir desfiles nem por curiosidade. Não permita que seus filhos saiam às ruas para ver, mesmo que inocentemente, os blocos, fanfarras ou desfiles. Toda essa festa é fantasiosa e tem o objetivo claro de minimizar o satanismo e levar a igreja a subestimar o inimigo de nossas almas. Subestimar o poder de satanás é prova de que perdemos a percepção de quem é Jesus Cristo, Marcos 5.6-8. Vivemos um tempo no qual o diabo não tenta fazer-nos desacreditar de Jesus. Sua estratégia é nos levar a subestimar o seu poder e sua atuação no mundo, impondo à igreja uma parcimônia devastadora e a uma conivência com o mundanismo que chega a ser suicida.

Devemos sonhar e orar pelo dia quando a igreja não precisará colocar o bloco na rua para a evangelização durante o carnaval. Devemos sonhar e orar pelo dia em que as Escolas de Samba e Blocos não encontrarão foliões, avenidas ou sambódromos para seus desfiles, por que o Cristo de Deus, Senhor da igreja, em resposta às nossas orações, declara com onipotente autoridade: "Sai desse homem, espírito imundo"... Acabou a folia.

Fernando Fernandes é Pastor da 1ª Igreja Batista em Penápolis/ SP e Prof. no Seminário Teológico Batista de São Paulo. E-Mail: prfcf@terra.com.br