"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cristianismo e a Globo


Na manchete que ficou poucos minutos no ar na primeira página do portal G1 no fim desta sexta, a Globo afirma explicar o conteúdo religioso da carta. Apesar da matéria começar afirmando que “os especialistas preferem não fazer relações entre o que foi escrito e referências encontradas na Bíblia e em doutrinas religiosas”, o texto em seguida diz que a carta possui relação ao Judaísmo e ao Cristianismo.

Os especialistas ouvidos foram o teologo católico Leonardo Boff e o Professor Eulálio Figueira, coordenador do curso de especialização em Ciência da Religião da Pontifícia Universidade Católica.

Para Boff o assassino era maniqueísta, ou seja, cria em uma filosofia religiosa básica que divide o mundo entre bem ou mal. Segundo o Teólogo o jovem “justapõe muitos elementos das religiões que estão no mercado. É um brasileiro sincrético. (…) E dentro do cristianismo, há grupos maniqueístas”, afirma o teólogo que completa: “Ele só quer a pureza absoluta. É claro que ele se filia a essa corrente que é antiquíssima. Santo Agostinho foi durante muito tempo maniqueísta”. Já Eulácio afirma que a carta é “resultado de um imaginário coletivo religioso”.

Em seguida a matéria deixa um pouco de lado os especialistas católicos e fala sobre o pedido de sepultamento do jovem, o texto afirma que a descrição do funeral lembraria as orientações de funerais judaicos e que o Novo Testamento relata Jesus sendo sepultado em um lençol branco, assim como pediu o jovem, porém, a matéria não fala que no judaísmo é proibido orar pelos mortos, como o jovem pediu. O funeral da crença Islâmica e a Judaica são parecidos, mas além da proibição da oração pelos mortos, os muçulmanos pedem para que após sua morte, no momento da preparação para o sepultamento, se um “impuro” for tocar em seu corpo que use luvas, outro pedido de Wellington na carta.

Outro fato tido como estranho foi a forma de publicação da entrevista dada ao vivo para a BandNews pela irmã do assassino. Nas matérias do G1 todo o contexto é retirado e apenas uma frase é publicada: “Ele falava desse negócio de religião”, sendo que frase a original amplamente divulgada pela Band e diversos portais de notícias brasileiros é “Ele falava desse negócio de muçulmano”.

Carta Suicída

O jornal O Dia comparou a carta suicida de
Welligton com outras de outros suicidas mortos em atentados islâmicos radicais e percebeu alta semelhança entre as cartas, principalmente com a divulgada do terrorista Mohammed Atta que morreu nos atentados de 11 de setembro.

Nas cartas é possível ver referências a Deus, repúdio a “impuros”, listas de pedidos após sua morte e distribuição de suas posses por quem precisa. Inclusive a especificação de funeral são praticamente as mesmas: ambos pediram uma pessoa da mesma crença para sepulta-lo, oração para que suba aos céus e luvas para quem tocar em partes “impuras”. A íntegra da carta é facilmente encontrada na internet.

Desde de o acontecimento são encontrados vários indícios de conteúdos religiosos no caso, mas a confirmação que se tem é que Wellington sofria problemas mentais, tinha histórico de esquizofrenia na família e era sociopata.

Fonte: Gospel+

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