"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Servir às pessoas: muitos falam, mas poucos fazem isso de fato...
“O que você deseja ser quando crescer?”.
É uma pergunta que todos gostamos de fazer às crianças.
E as respostas mais comuns são: “médico”, “advogado”, “engenheiro”... Alguns são mais ousados. Respondem: “artista de televisão”, ou “cantor”, ou “jogador de futebol”.
Recentemente, um garoto me disse que queria ser mecânico ou lixeiro. Quando lhe indaguei o porquê, deu-me uma resposta clássica para um menino de nove anos: “Para poder ficar sujo!”. Sorri, lembrando-me momentaneamente de minha própria infância. E entendi perfeitamente o que ele quis dizer.
Vamos pegar esta pergunta e revirá-la um pouco. Imaginemos que estamos perguntado a Jesus Cristo o que ele deseja que sejamos, quando crescermos. É uma pergunta inteiramente nova. E creio sinceramente que ele daria a mesma resposta a todos nós: “Quero que você seja diferente... Que seja um servo”.
Em minha vida toda, nunca ouvi alguém dizer que, ao crescer, gostaria de ser servo. Parece uma posição aviltante... Humilhante... Sem dignidade bastante. Jerry White, em seu valioso Honesty, Morality and Conscience (Honestidade, Moralidade e Consciência), aborda essa questão de servir aos outros:
“Os cristãos devem ser servos tanto de Deus como das outras pessoas. Mas a maioria das pessoas encara o trabalho e os negócios – a vida em geral – com a seguinte atitude: “O que posso obter disso?”, em vez de: “Como posso contribuir?”. Às vezes, gostamos de pensar em nós mesmos como servos de Deus. Quem não gostaria de ser servo de um rei? Mas quando se trata de servir a outras pessoas, pomo-nos a questionar as consequências.
A ideia de servir a Deus nos faz sentir nobres; mas a de servir às pessoas nos faz sentir humilhados. Servindo a Deus, recebemos recompensas; servindo às pessoas, principalmente àquelas que não podem retribuir-nos, não recebemos nenhum benefício visível, nem glórias – a não ser de Deus.
Cristo nos deu o exemplo: ‘O Filho do homem... não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.’ (Mt 20.28). Para sermos servos de Cristo, temos que ser servos das pessoas. O conceito de servir as pessoas deve ser a base de tudo o que fazemos, no trabalho e nos negócios. Ao servir, temos de pensar primeiro naquele a quem servimos. Um funcionário de uma firma que se dispõe a servir em seu trabalho está honrando a Deus, e aumentando seu próprio valor diante de seu empregador. Por outro lado, o empregado que procura servir a si mesmo dificilmente será valorizado por qualquer companhia”.
Quando Jesus se achava aqui na terra, atraiu a si um grande número de pessoas. Certo dia, sentou-se no meio delas e pôs-se a ensinar-lhes algumas verdades básicas sobre o crescimento delas, segundo o desejo dele. O relato deste seu “Sermão do Monte” encontra-se em Mateus 5,6 e 7. Se fossemos sugerir um título geral para este grandioso sermão, seria: “Seja diferente”. Várias vezes durante o sermão, Jesus apresenta a maneira de agir e sentir dos religiosos de seus dias, e em seguida instrui seus discípulos a serem diferentes deles.
Mateus 5.21,22:
“Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”
Mateus 5.27,28:
“Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”
Mateus 5.33,34:
“Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”
Mateus 5.38,39:
“Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”
Mateus 5.43,44:
“Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”
Em Mateus 6, ele continua a explicar como deveriam ser diferentes nas esmolas para os necessitados (6.2), nas orações (6.5) e nos jejuns (6.16). O versículo-chave deste sermão é: “Não vos assemelheis, pois, a eles...” (6.8). O fato é que Jesus enxergava o que havia por trás do orgulho e da hipocrisia daqueles religiosos, e estava resolvido a incutir nos discípulos traços de caráter, tais como humildade e autenticidade. Seu ensino diferente cortava aquela fachada de devoção religiosa como uma faca afiada corta a manteiga.
Até hoje, este sermão constitui o delineamento mais perfeito da contracultura cristã dada no Novo Testamento... Oferecendo um estilo de vida totalmente oposto ao do sistema do mundo.
A introdução do sermão de Jesus é, sem dúvida alguma, a mais conhecida passagem dele, e se acha em Mateus 5.1-12. Trata-se da descrição mais exata do retrato de um servo cristão.
Trecho retirado do livro “Eu, um servo? Você está brincando!”, de Charles Swindoll
A-BD
http://kedsonni.blogspot.com/2012/01/servir-as-pessoas-muitos-falam-mas.html
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