"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Martinho Lutero
Martinho Lutero nasceu na pequena cidade de Eisleben, na Alemanha, no dia 10 de novembro de 1483. Ele recebeu esse nome em homenagem a São Martinho, que era o santo do dia em que ele foi batizado. Desde pequeninho ele ouvia falar sobre Jesus. Mas como seus pais eram muito rigorosos, ele achava que Deus também era assim. Com sua família Lutero também aprendeu a amar e a temer a Deus.
Quando Lutero fez 15 anos, viajou para uma cidade chamada Magdeburgo. Lá ele ia continuar estudando. O estudo era oferecido pelos monges, de graça. O que ele tinha que fazer era arrumar um lugar para ficar e também o que comer. Mesmo assim, não era fácil para Lutero conseguir isso.
Ele cantava de casa em casa, pedindo doações em troca. Mas apesar de todo o seu esforço, não deu para continuar morando naquela cidade e ele teve que voltar para casa. Só que seus pais não queriam que ele parasse de estudar. Então arrumaram outra alternativa: mandar Lutero para a cidade de Eisenach. Lá moravam alguns parentes da família, que poderiam ajudá-lo a continuar estudando. Como Lutero era um aluno bom e dedicado, logo foi indicado pelos seus professores para estudar na Universidade de Erfurt.
Lutero tinha 18 anos quando entrou na Universidade de Erfurt. Como seu pai queria que ele se formasse em Direito, começou a estudar as Leis. E foi na biblioteca da Universidade que, pela primeira vez, ele viu uma Bíblia. Mas assim como a maioria das pessoas Lutero também tinha dúvidas, pois achava que fazia coisas que Deus não gostava. E cada vez que acontecia, olhava para o convento dos monges agostinianos, que ficava perto da Universidade. Pensava que se ele se tornasse um monge e se dedicasse bastante a Deus, seria perdoado. Então Lutero resolveu ser monge.
O perdão de Deus
Depois de tomar essa decisão, sem falar com os seus pais, Lutero foi até o convento para fazer seus votos de castidade, pobreza, obediência e fidelidade. No convento, aos poucos, foi ficando triste com o que via. Descobriu que muita coisa que os monges pregavam não passavam de grandes mentiras. Mesmo assim, continuou lá e, em 1507, tornou-se monge. Isso o deixou muito alegre, pois ele pensava que como padre, poderia fazer coisas maiores e mais importantes para Deus.
Nessa época Lutero acreditava que somente teria o perdão de Deus, se fizesse coisas boas. E, para conseguir isso, também como monge, Lutero era muito rigoroso, procurando ser sempre fiel ao que diziam as Sagradas Escrituras e a igreja. Como ele achava que Deus era muito bravo e ficava triste com as pessoas que não lhe obedeciam, cada vez que julgava ter feito algo errado, se punia, passando fome, frio, dormindo no chão...Tudo isso era para que Deus lhe perdoasse.
Mesmo assim, Lutero ainda não tinha encontrado a paz que tanto queria. Não tinha conseguido ainda a certeza de que Deus era seu amigo também. Um dia então, um velho padre, vendo como Lutero sofria, tentando buscar o perdão dos seus pecados, disse que ele não precisava se preocupar dessa maneira. Jesus já tinha sofrido por todos nós quando morreu na cruz, para conseguir o perdão dos nossos pecados. Lutero queria saber mais: Como Deus me dá este perdão?
Três anos depois de entrar no convento, Lutero foi convidado para ser professor na Universidade de Wittenberg. Com 25 anos, ele já era professor de filosofia e Bíblia e, cada vez mais, conhecia a Palavra de Deus. Lutero chegou a receber o título de Doutor em Teologia. Com isso, Matinho Lutero começou a se dedicar mais ainda ao estudo da Bíblia. Quanto mais estudava, mais entendia o que aquele velho padre tinha dito sobre o perdão dos pecados. Estudando a Bíblia, Lutero compreendeu que Deus ama e, por isso, perdoa.
Deus é tão amigo que mandou Jesus, seu filho, salvar as pessoas. Lutero queria, então, que as pessoas soubessem que elas não ganhavam perdão pelo que faziam, mas pelo que Jesus fez por elas. Ele morreu por nós. Se acreditamos em Jesus e no amor que tem por nós nossos pecados estão perdoados. É assim que Deus dá o perdão. Com Jesus vamos aprendendo a viver no amor que Deus mostrou por nós.
A venda das indulgências
Enquanto isso, em Roma, na Itália, o papa chamado Leão X queria terminar de construir a Basílica de São Pedro. Para conseguir isso, ele arrumou um dinheiro emprestado. Só que para pagar esse empréstimo, o papa autorizou os padres a venderem indulgências. Estas eram papéis que, segundo eles, garantiriam o perdão de Deus. Mas o perdão de Deus não pode ser comprado. Deus dá o perdão de graça a todos, por causa de Jesus. Apesar disso os monges da Igreja Católica saíram para vender indulgências por toda a Europa.
Nessa época, Lutero já sabia que as pessoas não precisavam se torturar e, muito menos, pagar para receber o perdão de Deus. Ele explicava isso para as pessoas, tentando mostrar que a venda das indulgências não era da vontade de Deus. Lutero quis, então, conversar com outros monges, professores e também com as pessoas em geral sobre a venda das indulgências. Para isso, colocou, no dia 31 de outubro de 1517, na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, uma lista com 95 idéias sobre como Deus oferece o perdão às pessoas. Essa lista ficou conhecida como as 95 Teses de Martinho Lutero e estava baseada na própria Bíblia.
A excomunhão
Em apenas duas semanas, toda a Alemanha já sabia das teses. Pouco tempo depois, elas já eram conhecidas em vários países da Europa. Além disso, foram traduzidas para outras línguas, e pessoas de vários lugares do mundo começaram a discutir as questões que Lutero tinha levantado.
No ínicio, o papa Leão X não deu muita importância para o que Lutero estava fazendo, mas, aos poucos, começou a perceber que a situação era mais séria do que ele pensava. Foi então que chamou Lutero para conversar. Lutero não chegou a ir a Roma, mas teve que se apresentar perante o enviado do papa, cardeal Caetano.
O cardeal queria que ele pedisse perdão em público pela sua onfensa à igreja. Lutero disse que não podia pedir perdão, porque o que ele defendia era apenas o que estava escrito na Bíblia. Em 1521, Lutero foi excomungado pelo papa, através de um documento chamado Bula Papal. Tudo aquilo que Lutero pregava e todos os seus livros foram condenados à fogueira. O objetivo era fazer com que todos os cristãos esquecessem Martinho Lutero e sua doutrina.
Em junho de 1525, Lutero casou-se com Catarina de Bora, uma ex-freira. Os dois tiveram seis filhos e abrigaram onze órfãos. Lutero publicou cerca de 400 obras durante a sua vida, incluindo comentários bíblicos, catecismos, sermões e tratados. Também escreveu hinos para a Igreja. Parte de suas obras estão publicadas em diversas línguas modernas.
Lutero faleceu de derrame cerebral em 1546, aos 63 anos de idade, em sua cidade Natal, Eisleben. Seu corpo foi sepultado na Igreja do Castelo de Wittenberg, onde, cerca de 30 anos antes, havia afixado suas 95 Teses.
Texto tirado do site: http://www.ielb.org.br/
extraido do Blog:http://ameliacorlaitemartins.blogspot.com.br/
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário