"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ide por todo mundo e pregai! Sem religião somam 13% da população, diz pesquisa.



Paulistas sem religião somam 13% da população do estado. Igreja Católica tem o maior número de fiéis com 55% do total.

Você é uma pessoa religiosa? Se essa pergunta fosse feita há alguns anos com certeza a resposta teria mais respostas positivas. Hoje, a situação é um pouco diferente. A religião continua presente na vida do brasileiro, só que em menor escala que antes.

Uma pesquisa realizada pela empresa Limite Consultoria e Pesquisas de Marketing revela que 13% da população paulista não tem religião. A pesquisa ouviu 801 pessoas entre os dias 1º e 12 de dezembro de 2008 em todo o Estado de São Paulo. A margem de erro é de 3,5% dentro de um intervalo de confiança de 95%.

Segundo a pesquisa, mesmo com queda acentuada registrada nos últimos anos, a religião católica possui o maior número de fiéis com 55% da população. Os evangélicos, que têm registrado franca elevação, estão em segundo lugar com 24% dos fiéis. As outras religiões somadas representam 8% dos paulistas.

A pesquisa aponta ainda que evangélicos têm igual número de fiéis entre a população mais velha e a mais jovem. Isso pode significar um aumento do número de seguidores nos próximos anos. Já os católicos têm maior representatividade entre a população adulta e mais velha.

A pesquisa aponta que o percentual de jovens que se declararam sem religião é de 20%, enquanto entre os mais velhos esse índice é de 8%. Essa, segundo a pesquisa, é a chamada idade mídia, quando o acesso às informações tornou-se mais fácil e amplo. Nesse contexto, as religiões são muitas vezes questionadas e postas em cheque, o que causa afastamento dos jovens.

O padre Adalton Demarchi, da paróquia Nossa Senhora Aparecida, disse que percebe, sim, o distanciamento do jovem da religião, fato ocorrido em todos os credos. Ele comenta que o jovem tem tendência a se afastar da prática religiosa por vários motivos, entre eles a sua postura de vivência que prima a liberdade em detrimento de um certo rigor de valores exigido pela igreja.

Padre Adalton comenta que a participação juvenil na vida religiosa é diferente de paróquia para paróquia, mas muitas têm registrado queda. Segundo ele, em sua paróquia, essa realidade não é tão marcante. A participação juvenil é grande em todas as atividades realizadas pela igreja, fato percebido no teatro realizado na Paixão de Cristo, nas festas, além de forte presença nos cargos de coordenação.

Ele avalia que uma forma de despertar o interesse dos jovens para a religião seria utilizar uma linguagem mais acessível e elaborar uma proposta na qual o jovem possa se sentir valorizado dentro da religião. Porém, padre Adalton alerta que é preciso tomar cuidado para que esse desejo de atrair o jovem não caia no sentimentalismo.

Esse sentimentalismo seria uma forma superficial de fé, mais ligada ao sentimento emocional. “Os jovens são trazidos para a igreja em momentos de dor, infortúnio ou infelicidade, e depois vão embora quando o problema é superado”, comenta. “É preciso ter cuidado para que a religião não seja usada como um mecanismo de fuga ou alienação do mundo”, finaliza.

Já as mulheres são mais religiosas que os homens. De acordo com a pesquisa, entre as mulheres entrevistadas, 90% declararam possuir alguma religião contra 83% dos homens. O estudo aponta ainda que a religião católica está mais presente entre os homens, enquanto que entre as mulheres predominam as religiões evangélicas e outros credos.

Fonte: JC

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