Mateus 15. 1-9
Inacreditavelmente caminham paralelamente em nossas Igrejas duas vertentes: “Os seguidores do Evangelho de Jesus” e em outros seguimentos os “Cumpridores das normas do Sistema Religioso Humano”.
a) Os seguidores do Evangelho de Jesus:
Onde o “VERDADEIRO” Evangelho de Jesus Cristo é ensinado existe a liberdade, os membros não cultuam por imposição, mas com voluntariedade. Os pastores sempre são acessíveis e a todo tempo disponíveis para chorar com as ovelhas que estão amarguradas e também se regozijar com as que se alegram. Em outras palavras, sempre tem um lugar na “Agenda” para os necessitados de um aconselhamento, visitas ou orações.
Na Igreja de Jesus encontramos verdadeiros pastores, descomprometidos com a riqueza do mundo bem como seus encantos.
Aqueles que compreenderam as verdades do Evangelho não estão mais presos às proibições infundadas e sem base Escriturística, tais como: “Não pode”, “não use”, etc.
Quando os fariseus acusaram os discípulos de Jesus de não lavarem as mãos estavam fazendo referência a uma tradição que fora transmitida pelos mestres de gerações passadas. Eram também conhecidas como “Leis orais” que, segundo os rabinos, Moisés havia dado aos anciãos, e estes transmitiram à toda a nação. Por fim, esta lei oral foi escrita e se tornou o conhecido “Mishná”, que, infelizmente, se tornou mais importante do que a própria Lei de Moisés.
O poder transformador do Evangelho de Cristo na vida do crente não se atém somente a refrear os desejos carnais, mas também insere novos desejos no seu coração. A natureza determina o desejo. O cristão tem em si a natureza do próprio Deus, significando, assim, que ele agora tem ambições e desejos piedosos. Não necessita mais da lei “exterior” para controlar seus apetites, pois tem vida“interior”.
b) O membros do Sistema Religioso:
Vivem debaixo de opressão. Não cultuam com liberdade, mas são induzidos a participarem de rituais pré estabelecidos, uma rotina de eventos mecanizados sem comprometimento com a sensibilidade do Espírito.
Igreja onde predomina o Sistema não tem pastor, mas sim “Chefe”.
Os que a ela se agregam não estão interessados em praticar e ensinar o Evangelho na sua simplicidade, mas sim em cumprir o “Expediente”, chegando no horário e fazendo de tudo, de tudo mesmo, para ter uma projeção na “Firma”. Seu sonho maior não é a salvação, mas se tornar alguém de poder.
Não cultuam, mas participam de encontros sociais, jantares, festivais, congressos desvinculados da missão primeira da Igreja que é Evangelizar, é crente falando para crente, cego conduzindo cego, perdidos e frustrados ludibriando incautos. Tudo regado a uma mensagem tóxica que diz que “o pecado é apenas uma fraqueza e que no final das contas Deus vai aceitar, pois Ele nos conhece e sabe que somos pó”. (Arrrrfff!!!)
Existe um acordo no Sistema: “Não pergunte ao Chefe como ele está enriquecendo que ele faz vista grossa para o teu pecado”, simples assim.
O Sistema transforma a Igreja em empresa. Os subordinados ao chefe são explorados e tratados como escravos. Sempre que convém ao momento, o “chefe” (que deveria ser o pastor) evoca textos bíblicos para oficializar seus atos tirânicos e impiedosos, tipo:
“Obedecei vossos pastores!”
“Não toqueis no ungido do Senhor!”
Chefes de sistemas, se um dia foram ungidos, já perderam esta unção há muito tempo, agora são instrumentos diabólicos que estão servindo de atalaias do inferno contra aqueles que querem servir piamente ao Evangelho da Graça e amor.
Quando os “Chefes” são confrontados com a verdade por algum crente “rebelde” e “psicopata” (classificação atribuída a todos os que não se alinham com o sistema) agem com covardia e ódio incontido contra estes, expulsando-os, colocando-os no “freezer” do esquecimento e ostracismo, e em alguns casos, acredite se quiser, são até espancados pelos seus capangas.
No Sistema você pode ter de tudo: Roupas de “griffe”, carrões, destaque, jantares e almoços com iguarias mil, pode enriquecer-se e tornar-se latifundiário, proprietário de casas e terrenos na praia, enfim: TUDO SERÁ TEU SE PROSTRADO ADORARES AO “CHEFE” DA “EMPRESA”.
Mas a riqueza maior está reservada para os cristãos fiéis que romperam de vez com todo o Sistema Humano, os sofredores, aqueles que por causa da verdade do Evangelho de Jesus estão esquecidos nos calabouços de sua existência. Para vós, amados irmãos, deixo as palavras de Jesus, nosso mestre amoroso, que não tinha sequer um lugar para reclinar a cabeça
Mateus 25.31-36:
(…) 31 Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;
32 e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos;
33 e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda.
34 Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
35 porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes;
36 estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me.(…)
Quanto ao sistema… bem, continuará após o arrebatamento da Igreja, servindo ao mesmo deus de sempre, o diabo.
Jesus nos guarde.
Armando Taranto Neto
Casado, 48 anos, mestre em Sociologia da Religião FATESU - RJ, Pós Graduação em Teologia Bíblica FEB - DF, Sub-oficial da Marinha, Contra Mestre de Cabotagem (Marinha Mercante), Pastor Auxiliar na Assembléia de Deus em Mutuá - RJ
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