"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

PERSISTÊNCIA E FÉ



Esta é a história de um garoto que vivia apenas com seu pai. Ambos tinham
uma relação de amizade e respeito muito especial.

O menino pertencia à equipe de futebol americano da escola, normalmente
não tinha oportunidade de jogar, ou melhor, quase nunca. Mesmo assim
seu pai permanecia sempre nas grades lhe fazendo companhia.

Quando entrou no segundo grau o jovem era o mais baixo da classe, mas
insistia em participar da equipe de futebol do colégio. E seu pai sempre
orientava e explicava que ele não tinha que jogar se não quisesse realmente.

Mas o garoto amava o futebol e não faltava em nenhum treino ou jogo,
estava decidido a dar o melhor de si e se sentia comprometido. Os colegas
o chamavam de "esquenta banco", porque vivia sentando como reserva...

No entanto seu pai, com espírito lutador, sempre estava nas grades
fazendo-lhe companhia, dizendo-lhe palavras de consolo e dando-lhe todo
apoio que um filho podia esperar.

Quando ingressou na Universidade, tentou entrar na equipe de futebol e
todos estavam certos de que não conseguiria, mas ele venceu a todos
entrando na equipe.

O treinador disse-lhe que o tinha aceitado porque ele demonstrava jogar de
corpo e alma em cada um dos treinos e ao mesmo tempo transmitia à
equipe grande entusiasmo.

A notícia encheu seu coração por completo, correu ao telefone mais perto
e ligou para seu pai, que compartilhou com ele a emoção.

Sempre enviava ao pai os ingressos para assistir aos jogos da Universidade.
O jovem atleta era muito persistente, nunca faltou a nenhum treino ou jogo
durante os quatro anos de universidade e também nunca teve a chance de
participar de nenhum jogo.

Era a final da temporada e justo alguns minutos antes de começar o
primeiro jogo das eliminatórias, o treinador lhe entregou um telegrama.

O jovem leu e ficou em silêncio por alguns instantes...

Respirou fundo e, tremendo, disse ao treinador: meu pai morreu esta manhã:

Existe algum problema se eu faltar ao jogo hoje?

O treinador o abraçou e disse: tire o resto da semana de folga, filho, e nem
pense em vir no sábado.

Chegou o sábado e o jogo não estava bom...

Quando a equipe estava com dez pontos de desvantagem o jovem entrou
no vestiário, colocou o uniforme em silêncio, correu até o treinador e lhe
fez um pedido, quase uma súplica:

- Por favor, deixe eu jogar... Eu tenho que jogar hoje, falou com
insistência.

O treinador não queria escutá-lo. Afinal, não podia deixar que seu pior
jogador entrasse no final das eliminatórias.

Mas o jovem insistiu tanto que, finalmente, o treinador, sentindo pena,
deixou:

- Ok filho, pode entrar, o campo é todo teu...

Minutos depois o treinador, a equipe e o público, não podiam acreditar no
que estavam vendo.

O pequeno desconhecido, que nunca tinha participado de nenhum jogo,
estava sendo brilhante, ninguém podia detê-lo no campo, corria facilmente
como uma estrela.

Sua equipe começou a fazer pontos até empatar o jogo e nos últimos
segundos o rapaz interceptou um passe e correu por todo o campo até
fazer o último ponto... E graças a ele a sua equipe foi a vencedora.

As pessoas que estavam nas grades gritavam emocionadas e ele foi
carregado por todo o campo.

Finalmente, quando tudo terminou, o treinador notou que o jovem se
afastara dos outros e estava sentado, em silêncio e pensativo.

Aproximou-se dele e falou: garoto não posso acreditar! Esteve fantástico!

Conte-me como conseguiu!

O rapaz olhou para o treinador e lhe disse:

O senhor sabe que meu pai morreu... Mas o que o senhor não sabia é que
ele era cego.

Meu pai assistiu a todos os meus jogos, mas hoje era a primeira vez que ele
podia me ver jogando...

E com um sorriso molhado de lágrimas concluiu:

Eu quis mostrar a ele que sim, que eu podia jogar bem.

Persistir num ideal, acreditar nas próprias forças, jamais desanimar, nem
mesmo diante da morte, pois ela é a grande porta de acesso à imortalidade
gloriosa...

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