"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O Preparo Necessário Para Encontrar-se Com Deus




Toda a nossa vida consiste de preparos. Para ingressar na faculdade, para conseguir um bom emprego, casar, criar filhos, etc. No que diz respeito à vida espiritual e eterna faz-se necessário maior preparo. Devemos nos preparar nos aspectos econômico, social, psicológico e espiritual, para encontrar com Deus, para isto vamos observar as exigências impostas a Abraão, aplicando-as a nossa própria vida.

1. Renunciar a todos os nossos valores materiais e base de economia -

A ordem para que Abraão saísse de sua terra, tem importante significado. Normalmente, em nossa terra natal, é o lugar onde estabelecemos a nossa base econômica.

É onde construímos, plantamos e adquirimos bens. Desta maneira o nosso coração se apega à "nossa terra", e dificilmente abriremos mão dela (Lc. 18.18-30). Abraão não teve que deixar toda a sua riqueza em Mesopotâmia, apenas abrir mão dela para Deus (Gn. 12.5; 1 Co. 7.30,31).

Deus quando chama o homem à salvação, lança sobre ele a sua graça como abençoada flecha que lhe traspassa o coração, pois é ali o centro da sua vontade e atenção. Se o tal homem não responder a esta chamada adequadamente, ficará impossibilitado de confiar inteiramente no Senhor. Quando deixamos tudo por amor ao Senhor, encontramos um Reino com a sua inteireza. Deus promete aos que deixarem tudo, uma terra que mana leite e mel (Dt. 26.9; Fp. 3.20; Ap. 21.1-7). Este é o preparo no aspecto econômico.

2. Deixar para trás a nossa estrutura genealógica - É comum vermos alguém se gabando de possuir este ou aquele sobrenome, pois pertence a uma importante família. Isto faz sentido, já que da nossa parentela adquirimos toda a nossa estrutura cultural, tradições e statos. É pela existência dos nossos parentes que sabemos a nossa origem e confirmamos nossa existência no mundo social.
Deus quer nos desestruturar. Sim, ele quer que sintamos como alguém pisando em areia movediça. Ele quer que percamos a base de sustentação e corramos para os seus braços. Abraão levou consigo a Ló, seu sobrinho, que lhe foi um peso durante a sua jornada. Se já não temos mais em quem confiar, Deus têm coisas melhores para nós. (Fp. 3.7-14)

3. Desprender-se do elo paternal -

O cordão umbilical é o que forma um forte elo entre mãe e filho. Para ser rompido é necessário um golpe causando-lhe uma ferida que demora a cicatrizar. Todo ser humano levará esta marca física e também psicológica, por toda a vida.

Deus sabe o quanto é difícil para alguém, deixar de depender cem por cento dos pais. No entanto, esta é uma das primeiras exigências que fará o Senhor. Abraão teve que deixar a religião idólatra de seu pai, para servir ao Deus verdadeiro (Js. 24.2,3). Isto significa quebrar fortes elos entre filho e pai e também se despojar de crenças enraizadas no coração, desde a infância. O homem é desafiado a deixar pai e mãe por amor de Jesus. Quem não conseguir não estará apto para o Reino de Deus (Lc. 14.26).

4. Aceitar o grande empreendimento de andar por fé -

Abraão pôde sentir o peso da responsabilidade de encontrar-se com Deus e seguí-lo. A difícil decisão de deixar o certo pelo incerto. Sair da minha terra aonde piso e ir para uma "terra" onde o Senhor ainda me mostrará, com certeza trará grande conflito à minha alma, até que me renda a Ele.

Isto significa andar por fé. É perder aquilo que não posso guardar, para ganhar aquilo que não posso perder (Mt. 16.25,26; 2 Co. 5.7).
Como já disse alguém: "A maior loucura na vida de um homem é estar fora do centro da vontade de Deus. Não há lugar mais seguro, ainda que cercado de perigos, do que no centro da vontade de Deus". Este é o aspecto espiritual onde o Senhor infundirá a sua graça redentora.

Dissemos no início, que a história da chamada de Abraão, é uma analogia da nossa chamada para a salvação. Isto porque o preparo exigido ao patriarca é o mesmo exigido a nós, com as mesmas implicações. Resta-nos responder a este chamado divino para andar com o Senhor e alcançar o alvo da soberana vocação em Cristo Jesus, que é a perfeição.

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