No dia seguinte, quando estavam saindo de Betânia, Jesus teve
fome. Vendo à distância uma figueira com folhas, foi ver se
encontraria nela algum fruto. Aproximando-se dela, nada encontrou,
a não ser folhas, porque não era tempo de figos. Então lhe
disse: “Ninguém mais coma de seu fruto”. E os seus discípulos
ouviram-no dizer isso. Marcos 11:12-14
Este é o único milagre em que Jesus faz algo destrutivo em
todo o Evangelho. O fato também que “não era tempo de figos”
aumenta nossa perplexidade diante da ação do Senhor. Embora tenha
sido um evento real, o que temos aqui é uma parábola vivida.
Jesus gostava de ensinar com elementos do cotidiano como fez com um
pedido de água à mulher Samaritana (João 4:6-11) e a moeda do
imposto (Mt 22:16-22), ilustrando assim verdades espirituais. Na
cena seguinte (vv. 15-18) Jesus entra no templo e expulsa os
cambistas e vendedores. No templo havia muita “folhagem”, muita
atividade “religiosa”, mas, não havia o fruto que Deus queria
– santidade e amor a Deus. Os líderes religiosos, ao invés de
reconhecerem e adorarem ao Filho de Deus, por ciúmes decidiram
matá-Lo. A parábola vivida da figueira ilustra que Deus quer não
só folhagem, mas, fruto e que haverá um dia, quando menos se
espera, um julgamento. Jerusalém, como a figueira, estava prestes
a ser condenado pela sua falta de fruto. Será que, com tudo que
Deus tem dado a nós, seu Filho, as Escrituras, o Espírito Santo e
a Igreja estamos produzindo o fruto para o qual fomos criados?
Você tem fruto ou só folhagem?
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