"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

sábado, 21 de abril de 2012

Intimidade



"Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim." (Gênesis 3:8 ARA)

Há poucos dias fui convidado a ministrar sobre intimidade com Deus. No meio do processo de preparar a palavra que ia compartilhar, algo me chamou a atenção neste texto tão conhecido. Era Deus quem visitava o homem no final do dia e não o homem que buscava a Deus, o que não é nenhuma novidade. Mas é interessante pensar o seguinte: não havia mais pessoas na Terra, o que Deus ficava fazendo o restante do tempo?

A idéia de uma visita é justamente de alguém que não vive junto, portanto parece que Deus tinha para onde ir e voltava para ver seus filhos no jardim. Sendo eles os únicos criados até então, eram os mais íntimos seres humanos do mundo inteiro, tanto o casal entre si como eles com Deus. Não havia outro para compartilhar, imagine o grau de atenção que receberam. Imagine as conversas sem fofoca, sem notícia ruim, sem necessidade de perdão por que não havia pecado.

Ainda assim, meu querido, o homem pecou. Nós tantas vezes alegamos que nossa falta de intimidade com Deus é por causa do ambiente em que vivemos, é por causa das pessoas ao nosso redor, é pelas tentações que não nos largam, é pelo assédio das coisas deste mundo. Tudo isso é verdade e realmente atrapalha, creia-me, eu sei o quanto. Tudo isso nos leva para longe do propósito de Deus, sem sombra de dúvida. Mas não é isso que nos faz pecar, pois do contrário Adão e Eva não teriam caído. Precisamos separar o que é a essência do que é um agravante. Fato: somos pecadores em nossa essência. Fato: os agravantes favorecem o pecado.

Na nossa vida prática cotidiana, isso deve nos ajudar a olhar para as situações com sobriedade e nos levar a assumir nossos erros como tal, não colocando a culpa nas situações como que buscando um pretexto, mas aprendendo e convivendo. Se olharmos como quem quer aprender a resistir e vencer, teremos feito bastante. O que não podemos é nos conformar e dizer que é assim mesmo, pois não é.

Mário Fernandez

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