"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

sábado, 11 de agosto de 2012

Os “Adões”



“Adamah” na língua hebraica significa aquele que foi tirado (gerado) da terra.

Adão foi um homem criado aberto para Deus e amancipado em seus atributos enquanto humano.

Diferentemente de Cristo Jesus que nunca quis ocupar o lugar de Deus, mas pelo contrário, viveu intensamente neste mundo em obediência e completa submissão àquele a quem chamava de Abba (Pai);

Adão que é um representante de cada um de nós, pecadores, não aceita a vontade de Deus, fechando-se para Ele. Adão não passa de uma mera criatura e não aceita a realidade que só Deus é Deus e ele criatura.

Adão é o depositário de todas as mazelas que resumem o homem pecador, tais como: mentiras, traições, opressões, ódio, domínio, luxúria, egoísmo, etc. Adão conflita com o mundo criado, com os homens seus semelhantes. O pecado tornou Adão um Caos. A relação de Adão com o homem, bem como com Deus fica deturpada.

Adão, aquele que foi tirado da terra só passa a ser Adão após receber o “sopro de Deus”. Como registrado em Gn 2.7 : “ E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente.”

Adão precisou de receber “Vida da Fonte”. Cristo Jesus, o segundo Adão, Espírito vivificante não recebe vida, mas é a Fonte dela. Jesus pode ser o salvador do homem porque vive uma existência baseada na negação da existência pecadora. É um nosso igual de condição humana real, mas portador de condição divina total.

Cristo não conflita com o homem, mas com o pecado que conflita entre o homem e Deus.
O ponto culminante do Cristo, Adão vivificante é demonstrado no fato que o primeiro Adão, gerado na e da terra, não espiritual, mas animal, portador da imagem daquilo que é terreno, por orgulho, soberba, traição escolheu ser igual a Deus e morreu:

“Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.”

Por outro lado o segundo Adão, o Espírito Vivificante, o Espiritual, não o terreno, mas o do céu, a imagem do Celestial no momento mais difícil de sua missão, preso àquela verga, sendo zombado, aviltado, mesmo sendo Deus, quando convidado a descer daquela cruz, preferiu ser homem e continuar lá, agradando ao Pai. O primeiro Adão se perde e morre; o segundo Adão, Jesus se salva e salva a todos nós.

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