"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Pais são condenados por morte de britânica “vítima de crime de honra”



Uma jovem de 17 anos , Shafilea Ahmed, foi assassinada por seus próprios pais em 2003 na Inglaterra pelo que ficou conhecido como “crime de honra”. Segundo testemunho de Alesha, irmã mais nova da vítima, seus pais haviam declarado abertamente que deveriam matar a filha, que havia se tornado “rebelde” e adotado hábitos ocidentais.

Segundo a Promotoria, os hábitos ocidentais de Shafilea envergonhavam a família. Seus pais, Iftikhar e Farzana queriam que a jovem aceitasse um casamento arranjado com um paquistanês bem mais velho que ela. Shafilea se recusava, e dizia que queria namorar e estudar para a profissão de advogada.

Entre os imigrantes paquistaneses muçulmanos que imigram para a Europa, é habitual tirar seus filhos da escola quando atingem a puberdade. Isso porque as instituições de ensino são vistas como lugares que podem “contaminar” seus filhos com conceitos ocidentais e anti-islâmicos.

“A religião pode realmente levar uma mãe e um pai a matar seu próprio filho? Isto é claro no caso dos Ahmeds”, diz o periódico britânico The Telegraph.

Durante a audiência que terminou em condenação do casal pelo assassinato da filha, o juiz sentenciou: “sua preocupação com a possibilidade de envergonhar sua comunidade foi maior que seu amor por sua filha.”

Shafilea desapareceu em setembro de 2003. Seu corpo foi encontrado cinco meses depois em avançado estado de decomposição, em um rio localizado a 12 km de distância da casa da jovem. Os pais alegaram não saber de seu paradeiro.

Segundo a irmã mais nova, os pais sufocarem a menina com uma sacola em sua boca. Eles em seguida usaram sacos plásticos e fita isolante para envolver o corpo e joga-lo em um lugar distante de sua residência.

De acordo com Alesha, ela não comentou com ninguém sobre o ocorrido durante sete anos, até que foi presa por ter participado de um roubo à casa dos próprios pais. Na ocasião, ela teria confessado à polícia que seus pais “agiram em conjunto” para matar a irmã.

A polícia britânica implantou escutas na casa da família Ahmed, após o desaparecimento de Alesha. Conversas entre Iftikhar e seus outros quatro filhos diziam que eles “não deveriam comentar nada na escola, ou haveria problemas sérios”.

Os pais seguem negando o assassinato.

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