"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ESTUDOS SOBRE OS 12 APOSTOLOS - BARTOLOMEU




Bartolomeu ou Natanael, o honesto

“Ao ver Natanael aproximando-se Jesus disse: aí está um verdadeiro israelita em quem não há falsidade.” (Jo 1: 47).

Natanael, o sexto e último dos apóstolos escolhido pelo próprio Mestre, foi trazido a Jesus pelo seu amigo Filipe. Ele tinha sido associado de Filipe, em vários empreendimentos de negócios, e estava indo ver João Batista com Filipe, quando se encontraram com Jesus.

Quando Natanael juntou-se aos apóstolos, ele tinha vinte e cinco anos e era o segundo mais jovem do grupo. Era o mais jovem de uma família de sete irmãos, sendo solteiro e o único esteio de pais idosos e enfermos, vivia com eles em Caná; os seus irmãos e a irmã eram pessoas casadas ou falecidas, e nenhum deles vivia lá. Natanael e Judas Iscariotes eram os dois homens mais bem instruídos entre os doze. Natanael tinha chegado a pensar em estabelecer-se como mercador.

Jesus não deu, ele próprio, nenhum apelido a Natanael, mas os doze logo começaram a referir-se a ele em termos que significavam honestidade e sinceridade. Ele era “sem artifícios”. E essa era a sua grande virtude; ele era tanto honesto, quanto sincero.

A fraqueza do seu caráter era o seu orgulho; ele era muito orgulhoso da família, da cidade, da própria reputação e da nação; e tudo isso seria louvável, não fosse levado tão longe. Natanael, contudo, era inclinado a ir aos extremos nos seus preconceitos pessoais. Ele estava disposto a prejulgar os indivíduos de acordo com as suas opiniões pessoais. Ele não demorou a fazer a pergunta, mesmo pouco antes de conhecer Jesus: “Pode alguma coisa boa vir de Nazaré?” (Jo 1: 46).
Entretanto, Natanael não era obstinado, mesmo no seu orgulho. Ele era rápido em reverter os próprios pensamentos, uma vez que olhasse no rosto de Jesus.
Sob muitos pontos de vista, Natanael era o gênio ímpar dos doze. Ele era o filósofo apostólico e o sonhador, mas era o tipo do sonhador prático.

Alternava estações de profunda filosofia com períodos de um raro humor bufão; quando estava com o humor certo, Natanael era provavelmente o melhor contador de histórias entre os doze. Jesus gostava muito de escutar Natanael discorrer sobre as coisas, tanto as sérias quanto as frívolas. Natanael, aos poucos, foi levando Jesus e o Reino mais a sério, mas nunca encarou a si próprio com seriedade excessiva.
Natanael teria ido da Arábia à Pérsia, porém foi na Armênia onde o apóstolo melhor cumpriu sua missão de evangelizador.

Quando chegou à Armênia, encontrou uma nação inteiramente pagã, que adorava divindades gregas. Diz a tradição que o discípulo levou a fé cristã ao rei Polímio, sua esposa e mais doze cidades. Por causa disso foi condenado à morte pelos sacerdotes não cristãos da região. Conta-se que teria sido decapitado após terem tirado a sua pele. Outra versão de sua morte diz que foi apedrejado e depois crucificado.

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