"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

terça-feira, 2 de março de 2010

PARÁBOLAS DE JESUS


10 - Os Trabalhadores da Vinha - Mateus 20.1-16

“Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, proprietário, que saiu de madrugada a contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com os trabalhadores o salário de um denário por dia, e mandou-os para a sua vinha. Cerca da hora terceira saiu, e viu que estavam outros, ociosos, na praça, e disse-lhes: Ide também vós para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram.Outra vez saiu, cerca da hora sexta e da nona, e fez o mesmo. Igualmente, cerca da hora undécima, saiu e achou outros que lá estavam, e perguntou-lhes: Por que estais aqui ociosos o dia todo? Responderam-lhe eles: Porque ninguém nos contratou. Disse-lhes ele: Ide também vós para a vinha. Ao anoitecer, disse o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até os primeiros. Chegando, pois, os que tinham ido cerca da hora undécima, receberam um denário cada um. Vindo, então, os primeiros, pensaram que haviam de receber mais; mas do mesmo modo receberam um denário cada um. E ao recebê-lo, murmuravam contra o proprietário, dizendo: Estes últimos trabalharam somente uma hora, e os igualastes a nós, que suportamos a fadiga do dia inteiro e o forte calor. Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não ajustaste comigo um denário? Toma o que é teu, e vai-te; eu quero dar a este último tanto como a ti.Não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom? Assim os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos.”

Os primeiros trabalhadores da parábola representam os que, por causa de seus serviços, reclamam preferência sobre os demais. Empreendem sua obra com o espírito de engrandecimento e não empregam nela abnegação e sacrifício.

Ao servirem a Deus há mais tempo, pensam, por isso, terem direito a maior remuneração. Pensam mais na recompensa do que no privilégio de serem servos de Cristo.

A seu ver, o tempo de serviço lhes confere o direito de receber mais honras que os outros, e por não ser reconhecido esse direito, ficam ofendidos. Revelam desejo de exaltação própria, desconfiança de Deus e inveja dos irmãos. Para estes, a bondade e a liberalidade de Deus é motivo de murmuração.

Os judeus foram os primeiros a serem chamados para a vinha do Senhor; e por isso eram altivos e cheios de justiça própria. Imaginavam que seus longos anos de trabalho os credenciavam a receber maiores honras do que os outros.

Nada lhes era mais absurdo do que a insinuação de que os gentios poderiam obter os mesmos privilégios nas coisas de Deus. Jesus advertiu os apóstolos para que não acariciassem o mesmo mal.

O primeiro e o último devem ser participantes das eternas bênçãos de Deus. O primeiro deve dar alegremente as boas-vindas ao último. Aquele que inveja a graça de Deus conferida ao irmão esquece que ele mesmo é salvo unicamente pela graça.

A parábola dos trabalhadores reprova toda ambição e suspeita. O amor regozija-se na verdade, e não estabelece comparações invejosas. Quem possui amor, compara somente seu próprio caráter imperfeito com a amabilidade de Cristo.

Como são diferentes os padrões pelos quais Deus e o homem medem o caráter! Deus vê todas as tentações resistidas que os outros e até os amigos mais íntimos nunca sabem. Vê a humildade da alma em vista de sua própria fraqueza; o arrependimento sincero, até de um pensamento que é mau. Vê a inteira devoção a Seu serviço.

Deus anotou as horas de duros combates com o próprio eu; combates que trouxeram vitória. Tudo isto os anjos e Deus sabem. Há um memorial diante de Deus para os que temem e se lembram do Seu nome.
1) De acordo com o pensamento humano racional a compensação deve ser dada de acordo com o trabalho executado. O pensamento de Deus é diferente. Os últimos confiaram na promessa. Foram recompensados não pelo que trabalharam (mérito próprio), mas pela misericórdia do pai.

2) Os últimos manifestaram gratidão pela oportunidade que receberam. Tinham consciência de que não eram merecedores de igual recompensa.
3) Os últimos não recusaram o chamado.
4) Os primeiros representam os que, por causa de suas obras, reclamam preferência sobre os demais. Revelam seu desejo de exaltação própria e reclamam da bondade de Deus.
5) Os primeiros devem dar alegremente boas-vindas aos últimos, sem se esquecer de que são ambos igualmente salvos pela mesma graça.

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