"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

domingo, 2 de maio de 2010

Testemunho Jornalista Tatiana Vasco



Ontem achei esse testemunho da minha querida irmã e na qual me tornei sua admiradora e seguidora de blog Tatiana Vasco ela jornalista no Rio Grande do Sul, pedi autorização a ela para publicar em meu blog e fiquei muito feliz pela sua atenção,simplicidade e humildade,(tem muitos “cristãos” que não tem) ela me respondeu dando um grande AMÉM, e em conversa com ela através de e-mail convidei ela para dar uma entrevista para o www.folhapimentense e também a esse blog, e ela se prontificou na hora, então nas próximas semanas vocês irão acompanhar sua entrevista.

Mais hoje vamos ao seu testemunho,e quem sabe você ja foi ou ta querendo ir ou tem amigos ou parentes envolvidos com o espiritismo,vale apena conferir esse testemunho eu particularmente gosto muito de estudar e ler sobre religioes,seitas,entidades secretas... Agora leia esse testemunho...


Em meu testemunho pessoal anteriormente publicado neste blog relatei que nunca fui católica e desde criança já sentia que o catolicismo não estava em conformidade com o que eu entendia sobre o cristianismo. Achava tudo muito contraditório. Também relatei que fui parar em um centro espírita kardecista, mas não aprofundei o assunto. Portanto, vou compartilhar com vocês essa parte tão forte e vivida por tanto tempo de minha vida. Vou relatar aqui coisas que pouquíssimas pessoas sabem sobre o que aconteceu comigo.

Quando eu tinha 12 anos minha tia materna começou a freqüentar um centro kardecista e um determinado dia convidou a mim e minha mãe para acompanhá-la. Fiquei maravilhada com a doutrina que me apresentaram sobre o amor, o perdão e a caridade e então passei a ser um freqüentadora assídua.

Com 14 anos sofri um grave acidente ficando internada em coma no hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. Ao acordar não tinha memória. Reconhecia as pessoas, mas não lembrava de fatos, e minha memória se tornou curta, guardava os acontecimentos por no máximo duas horas e depois os esquecia por completo. Nunca sabia o que tinha feito duas horas antes.

A partir daí começaram as visões. Acho que enquanto estava em coma sonhei que iria me acidentar, mas não me preocupei porque de alguma forma sabia que estava sonhando, e como era sonho eu não me machucaria ao acordar. Mas acordei sem saber o porquê estava em um hospital toda arrebentada e tive certeza que poderia ter evitado se não tivesse teimado em sonhar. Mal sabia eu que o sonho aconteceu durante o coma. Achava que eu tinha tido uma visão e não tinha dado crédito a ela e me culpava por isso. Seis meses depois, teve um dia (10 de junho de 1994) em que eu passei a tarde inteira com meu padrinho que eu amava profundamente. Ele tinha 28 anos de idade, estudava Direito e me chamava de “minha paixão”. Quando me acidentei ele ia sempre me buscar para passear de carro já que eu não podia caminhar (eu era uma múmia viva, enfaixada da cabeça aos pés). Um sentimento muito forte nos unia e eu o amava, o admirava profundamente. Aquela tarde tinha sido um dos dias mais felizes da minha vida em sua companhia. Ao anoitecer ele me deixou em casa e saiu me acenando pelo retrovisor. Ao dobrar a esquina ainda me acenou pela janela e buzinou para mim me jogando um beijo. Cheguei em casa feliz contando para os meus pais da tarde maravilhosa e fui jantar. Cortei um pedaço de bife para comer e quando fui colocá-lo na boca tive uma visão: um cemitério e muitos túmulos e uma voz que me dizia: “não coma essa carne senão alguém vai morrer”. Recuei com o garfo mas lembrei que me disseram no centro espírita que isso era bobagem, que não era para dar crédito para essas coisas e resolvi comer a carne, com a certeza de que o fato de comê-la não causaria nenhum dano a ninguém. Imediatamente meu pai entrou correndo na cozinha com a notícia de que meu padrinho estava morto, sofreu um acidente na volta para casa, logo após ao se despedir de mim. Entrei em pânico e tive certeza de que a culpa era minha, eu havia matado meu padrinho ao ignorar a voz que sussurrava em meu ouvido e as coisas que ela me mostrava.

Daí em diante as vozes e as visões eram diárias, me dominavam, me acorrentavam, me faziam sentir muito medo. Elas começaram então a me chantagear, me mostravam coisas que aconteceriam caso eu não fizesse o que me mandavam fazer. Um dia pela manhã, ao sair para a escola uma visão me mostrou meu pai no local de trabalho sofrendo um acidente e a voz ordenou que eu voltasse para o meu quarto e fizesse o que ela mandava. Olhei no relógio, estava atrasada, tinha aula. Parei, pensei e disse: “eu confio em Deus, não vou fazer nada disso e nada ocorrerá”. Mas ao voltar para casa ao meio-dia meu pai chegou com um curativo na cabeça: tinha sofrido um acidente. “Meu Deus!”, pensei, “eles realmente têm poder, tenho que temê-los e obedecê-los”. Mas as coisas que as vozes me mandavam fazer eram absurdas, eram mesmo para me ridicularizar, pois quem visse pensaria que eu era louca. Mas nunca mais ousei desobedecê-las e acabou que meu pai começou a achar que eu era louca. Me levou a clínicas psiquiátricos, fiz longos e exaustivos testes por um ano inteiro e quando os psiquiatras e psicólogos disseram ao meu pai que eu não tinha nada ele enlouqueceu, ele queria uma resposta e uma solução.

Então começaram as cartas no centro espírita. Cartas psicografadas em nome de um grupo de 15 espíritos que me odiavam e queriam se vingar de mim por coisas que eu teria feito a eles em uma encarnação passada. Até em sonho eles me perseguiam. Eu sempre sonhava com eles. Um grupo de jovens vestidos de preto, segurando nas mãos um livro com capa preta e folhas vermelhas. Eles tinham um que liderava e ficava gritando coisas que eu não entendia com o livro erguido para o alto. Geralmente eu tentava fugir deles, mas eles me amarravam e eu não conseguia sair do lugar. Foi aí que me aprofundei na doutrina kardecista. Fazia parte do grupo de estudos, do grupo de jovens, das reuniões. Sem falar que lá eu recebia notícias constantes do meu padrinho e sentia sua presença. Os médiuns sempre diziam que viam ele ao meu lado, me protegendo, me guardando. Meu pai achava um absurdo irmos ao centro espírita, mas eu e minha mãe participávamos fielmente das reuniões. Meu irmão, cinco anos mais novo que eu, também não gostava e se recusava a nos acompanhar, mas como ele era criança, muitas vezes minha mãe o obrigava a ir.

Lá eu buscava me libertar das vozes e das visões, buscava paz, pois minha vida era um inferno, minha família não se entendia e vivíamos em guerra dentro de casa. Mas tínhamos a esperança de conseguirmos, confiando nos ensinamentos de amor, de caridade, de perdão, de calar perante uma ofensa, de bondade e doação pelo próximo, resignadas com a revelação de que todo o inferno que passávamos era destino, carma de outras vidas e tínhamos que “resgatar” (como se fosse pagar) os erros cometidos por nós em outras vidas, sempre orando pelos espíritos que nos perseguiam.

Com 16 anos o médium superior do centro espírita (um velhinho que eu respeitava e amava muito) me disse que recebeu a instrução dos espíritos superiores de que eu deveria desenvolver minha mediunidade e, além das reuniões abertas e os grupos de estudos, passei a freqüentar também a sessão mediúnica, restrita aos médiuns e trabalhadores espirituais da casa. Foi aí que me conformei com as vozes e com as visões, passando a me acostumar com elas, vivendo com elas como parte de mim, como meus braços e pernas. Então comecei a ver seres espirituais dentro da minha casa, andando de um lado para o outro normalmente, como se morassem ali também. Eram de cor azul clara e seus corpos como fumaça. No centro espírita me disseram que eram anjos de luz.

Dois anos mais tarde, já com 18 anos, casei e engravidei. Foi aí que as coisas ficaram mais sérias. Todas as noites ao deitar em minha cama ela se transformava em um túmulo e todos os outros móveis do meu quarto também. Eu não enxergava mais meu quarto. Enxerga um cemitério e eu deitada no meio dele. Atrás da porta do meu quarto havia um homem, o que me atormentava. Eu tinha muito medo dele. Então passei a ter medo da noite e quando se aproximava a hora de dormir eu resistia a entrar no meu quarto. Houve uma noite que eu, com seis meses de gestação, me recusei a entrar, queria dormir na sala. Meu marido e meu pai tentaram me acalmar, dizendo que entrariam comigo, só que eles não viam o que eu via e achavam que eu estava louca. Meu pai então tentou me forçar (com jeito, claro) a entrar e eu com aquela enorme barriga unhei, arranhei a porta, as paredes e me joguei no chão. Quando olhei para meu pai ele estava de joelhos chorando e meu marido estarrecido. Meu pai então, às 2 horas da manhã, sem saber o que fazer, me colocou no carro e me levou na casa de todos os médiuns à procura de ajuda. O médium superior orou por mim e me mandou de volta para casa. Mas nada mudou.

Quando meu filho nasceu me afastei por uns meses até que fui com ele no centro espírita. Já no primeiro dia que o levei lá ele começou a chorar desesperadamente, avermelhou, inchou, parecia que ia explodir de tanto gritar. Os médiuns estavam ao redor orando, mas a vontade que eu tinha era de empurrá-los e sair correndo dali. O médium superior disse que havia um plano dos espíritos maus para matar meu filho, então me afastei por alguns anos e ia somente de vez em quando. Depois entrei para a faculdade e como estudava todas as noites não tinha mais como freqüentar o centro. Em 2007 quando estava me formando foi que decidi retornar, pois as vozes e visões nunca cessavam, mas eu embora sofrendo muito, havia me acostumado com elas. Foi quando uma amiga muito querida começou a me evangelizar e conheci meu atual marido (me separei do pai do meu filho quando ele tinha seis meses de vida). Meu marido é convertido há 10 anos e continuou o trabalho de evangelização que minha amiga havia começado. Lembro que eu tinha pena dos evangélicos, achava-os atrasados, ignorantes e me conformava em saber que quando desencarnassem descobririam que estivam errados a vida toda e que o espiritismo é a única verdade.

Eu desprezava a Bíblia, considerando apenas os Evangelhos. Achava que o AT estava fora de questão devido a ser tão atrasado e ter sido escrito para outra época. Eu levei muita gente comigo, preguei a doutrina para muitas pessoas e as levei para o centro espírita. Algumas estão lá até hoje. Mas Deus me chamou, tinha um plano pra mim e me resgatou. Conheci Jesus e vi o quão idiota e ignorante fui. Tive pena do que eu era. Aceitei Jesus e comecei a conhecê-lo, a amá-lo. Aprendi que não se deve orar para Allan Kardec ou Bezerra de Menezes, mas em Nome de Jesus e só dEle! Aprendi que não há carma nenhum, que não há nada que eu deva passar e nenhum pecado para pagar. Não há nada que eu esteja condenada a passar, pois Jesus derramou seu sangue na cruz para me libertar. Aprendi que posso fazer tudo novo, tudo diferente, que posso ter uma nova vida em Cristo. Hoje sei que toda aquela babozeira, aquelas vozes e visões eram demônios que me amarravam no lodo do engano. Um dia, de repente, me dei por conta de que nunca mais havia ouvido vozes, nem tido visões. E eu que pensava que tinha que conviver com elas para toda minha vida. Hoje elas não me atingem mais, não me dominam. Estou livre, livre das vozes, das visões, das correntes. Nada mais me amarra, me amedronta, me ameça porque o meu Deus é o Deus do Impossível, Maravilhoso, Onipotente, O Rei Soberano, o meu Deus é simplesmente INCRÍVEL e com Ele tudo posso e nada temo!

Minha mãe e a tia que me levou para o centro espírita também entregaram a vida para Jesus e hoje levam Seu evangelho a toda criatura. Eu dou Glória a Deus por ter me liberto, me escolhido, me chamado e me amado. Hoje eu e minha casa servimos ao Senhor e assim como levei aquelas pessoas para dentro do centro espírita falando-lhes mentiras que nem eu sabia, vou levar a elas a Palavra da Vida e da Verdade e libertá-las do engodo em que o diabo com minha ajuda as colocou, em Nome de Jesus!!!

Tatiana Vasco

Tirado do blog Tatiana Vasco

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails