“Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e
não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você
pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’,
quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu
olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do
seu irmão.” Mateus 7:3-5
Jesus gostava de hipérbole, aquele exagero usado para dar
ênfase. Aqui o ponto é quase cômico. A figura do objeto no olho
deixa mais claro seu ponto em versículos 1-2. Para uma pessoa
enxergar um cisco no olho do outro ela deve estar extremamente
próxima e procurando alguma falha. Para que ela estaria chegando
tão perto e procurando erros? O que Jesus está condenando é o
espírito crítico, a atitude que só consegue enxergar falhas nos
outros ou que, vendo erros, logo julga a pessoa com severidade. É
uma verdade geral que a pessoa que habitualmente julga os outros
com todo rigor ainda não enxergou quão grande são suas próprias
falhas. Embora haja pessoas que excedem nisso, a maioria de nós
ainda “costumamos ver nossa própria injustiça com lente de redução,
enquanto a do outro com lente de aumento” como notou Fritz
Rienecker. A solução é olhar os outros com a misericórdia que
queremos que Deus use para conosco. Duas coisas que não devemos
julgar são os motivos dos outros (1 Cor 4:5), e questões de costume
e opinião pessoal (Rom 14:1-8). Quando houver erro vamos agir com
mansidão (Gl 6:1) e julgar com misericórdia (Col 3:13). E vamos
começar olhando primeiro para nós. Quando reparamos o quanto há
para mudar em nós mesmos, vamos estar bem mais aptos para ajudar
outros.
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