"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

segunda-feira, 23 de julho de 2012

DEUS QUER UM LÍDER NA IGREJA OU UM PAI NESSA GERAÇÃO?



Você se preocupa somente com seus dias vividos ou você tem uma mentalidade geracional? Em 2Reis 20:01 a bíblia relata o fim dos dias do Rei Ezequias sobre Judá. E a dura palavra de sentença liberada do céu sobre este homem foi: Põe a sua casa em ordem porque não viverás! Em outras palavras Deus estava lhe dizendo: Estabelece um padrão celeste e dá um destino conforme o meu governo em sua geração. Quando Ezequias ouviu esta drástica previsão para sua trajetória entrou em pânico, um homem de apenas trinta e nove anos e com tantas realizações não poderia acabar daquele jeito sem concluir seu chamado. O rei chorou desesperadamente e apresentou razões a Deus por isso recebeu o direito de viver por mais quinze anos.

Nisso, vimos que Deus ouviu a Ezequias entretanto Ezequias não ouviu a Deus como deveria. Se vasculharmos os registros bíblicos encontraremos em 2Cr. 32:24 que Ezequias não deu resposta aos benefícios que Deus havia lhe concedido. De forma profética, o numeral 15 representa Descanso no Senhor. Os salmos de 120 a 134 no cântico dos degraus nos inspira a entrarmos no descanso de Deus, o décimo quinto dia após as festividades sagradas judaicas era dia memorial de descanso ao Senhor conforme Ester 9:18. Com base nisto, percebemos que sim, Deus permitiu um novo tempo, mas um tempo dedicado a Ele somente e não a realizações ambiciosas e pessoais projetadas por Ezequias.

O contexto histórico aponta que o Senhor não foi correspondido em Suas expectativas e o Rei gerou um herdeiro profano, talvez pior do que seu Avô Acaz, trouxe a luz Manassés um sucessor maligno possesso de demônios. É importante que se diga, que adequar a vida a vontade do céu é a missão de todos nós mas poucos fazem, querem viver sua vida aqui com base em suas próprias vontades. Os quinze anos de “lambuja” ganhos por Ezequias foram gastos inconvenientemente a fim de dar cabo a um Reino de adoração e constituir um Império institucionalizado com realizações humanas e naturais.

Quando o Rei adoece está no ápice de seu governo, com atividades produtivas e um reino frutífero, estes feitos, incluindo a vitória contra Senaqueribe o faz conhecido sobre todas as nações vizinhas e ele então constrói um lugar de orgulho por suas contribuições.
Muitos reis desse tempo fazem o mesmo, se embaraçam com as coisas desse mundo, e se prendem a uma vida passageira.
Precisamos decidir caminhar debaixo de uma ordenança do céu pois uma missão não está condicionada ao tempo, mas o tempo está condicionado a uma missão.

É triste ver que este Rei começou sua vida ligado a uma paternidade de Destino, no início do Capítulo 18 de 2Reis a palavra de Deus mostra que ele tinha Davi, o homem segundo o coração de Deus, ele viu no comportamento real de Davi sua referencia geracional, e busca nele o modelo correto e alinhado de governo, mas quando pede um sinal profético ao Senhor, solicita que a atividade sobrenatural divina atrase o relógio de Acaz em 10graus, ou seja, ele toma como balizador de sua petição o instrumento profético para aquele tempo, o relógio do sol construído por seu Pai biológico, isso aponta que ele retoma projetos humanos inacabados de seu Pai, um rei déspota e hediondo que praticou atrocidades terríveis diante dos céus maculando a vontade de Deus para Israel com idolatria, imoralidade e corrupção e que foi sepultado na vergonha longe dos reis de Israel.
Aqui ele mesmo assassina o restante de vida que ainda lhe sobrava, ele se desliga
de sua paternidade de destino e retorna a viver sob uma paternidade fraca e sem visão.

Prova disto foi à oração apresentada na hora da sentença, ela foi pautada em feitos da mão do homem e não de um coração rendido ao Espírito. A oração de Davi sempre foi um modelo de oração de rendição e contrição, era um genuíno arrependimento que enaltecia a Deus e reconhecia as limitações do homem, já a oração de Ezequias era soberba e presunçosa, parecia mais uma negociação seu clamor era pautado Nele sem qualquer sinal de quebrantamento. Foram palavras que revelam o coração do Rei diante da Face de Deus.
Você que está lendo este devocional saiba que é melhor morrer em Deus do que viver uma vida sem o propósito eterno priorizando o que é desta terra. O fim disto é trágico, Ezequias se corrompe a manter alianças profanas com a Babilônia, leia atentamente em 2Reis 20:12 a 19 onde o Profeta Isaías repreende a Ezequias: Ouve a palavra do SENHOR. Eis que vêm dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o SENHOR. E ainda até de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no paço do rei da babilônia.

Os céus liberam o oráculo dizendo que num futuro próximo tanto seus filhos quanto seus tesouros seriam destinados as trevas, ou
seja, sua herança, bem como as futuras gerações seriam usufruídas pela grande prostituta que se opõem ao Trono de Deus. Perceba
que a pior consequência seria essa: ter filhos improdutivos, inférteis servindo com eunucos na Babilônia a grande meretriz. Quando o homem usa o tempo de Deus para benefício próprio não tem lugar no Reino do Filho do seu amor e suas futuras gerações ficam comprometidas severamente pela interrupção do propósito dos céus.

Com base nisso disse Ezequias ao Profeta: Boa é a palavra do SENHOR que disseste. Disse mais: E não haverá, pois, em meus dias paz e verdade? Quanto egoísmo, o Rei estava preocupado com a paz e a prosperidade para seus dias, tendo sossego no tempo de seu governo ótimo, que se danem os que vierem depois não estarei mais aqui mesmo pra ver a desgraça que se arrebentem os que vierem
depois de mim! Assim como alguns líderes estão ocupados demais com o sucesso de seus empreendimentos evangélicos sem se preocupar em deixar um legado para os filhos espirituais. São Líderes e não Pais Espirituais, sabem receber o melhor de Deus para uso
próprio mas não sabem transferir aquilo que receberam. Geram filhos para fora do Reino.

No mesmo contexto, mas respondendo totalmente diferente aos céus encontramos Abraão, o Pai da Fé era também um Pai geracional,
que em Gênesis 18: 18,19 Deus ordena o mesmo alinhamento: Visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra? Porque eu o tenho conhecido, e sei que ele há de ordenar a seus filhos e à sua casa depois dele, para que guardem o caminho do SENHOR, para agir com justiça e juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado.

Veja, Deus estava com suas expectativas realizadas em Abraão, ele cuidaria dos seus herdeiros para que estivessem alinhados ao propósito eterno do Deus Pai. Entenda que nossa vida aqui é como uma grande corrida de bastão onde recebemos de quem vem antes
de nós enquanto corremos e logo a frente transferimos ao próximo que precisa alcançar a linha de chegada. Deus está buscando uma geração de mentalidade geracional não alguém ocupado com o sucesso de um negócio gospel instituído por alguns anos de existência. Alguém que tem prazer com as coisas de Deus mas não proporciona prazer a ele cuidando dos que procedem de seu útero espiritual. São empreendedores humanistas que produzem com as mãos mas o útero está seco e vazio.
É hora de perdermos a cabeça de líder e recebermos uma mentalidade de Pai dando destino não apenas conduzindo uma única vida. A cada geração Deus procura novos Pais que entendam e projetem este princípio de continuidade. A pergunta é: O que você tem deixado para as futuras gerações?

Shúúúúú!!!

Ap. Luiz Hermínio

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