"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Entrevista com Ex Bozo SBT


Obrigado Pastor Arlindo Barreto por sua gentileza em nos atender e nos dar essa entrevista para a Folha Pimentense e ao blog glademirstocco.blogspot.com e a toda população de Pimenta Bueno em Rondonia e também demonstrar que és um verdadeiro homem de DEUS... deveriamos de ter Mil e mil Arlindos Barretos, com certeza o Brasil e o Mundo seria diferente. DEUS O ABENÇOE HOJE E SEMPRE...

“Sou repleto pela maior de todas as alegrias”

Após marcar a geração dos anos 80, Arlindo Barreto, o palhaço Bozo, continua fazendo a alegria da garotada. Só que agora com um toque a mais: ele leva a alegria de Cristo Jesus

O escritor inglês, Gilbert K. Chesterton, disse certa vez que a alegria é o extraordinário segredo do cristão. É, porém, um segredo que não deve ser mantido secreto; pelo contrário, é preciso divulgá-lo. Seguindo este mesmo raciocínio do escritor, existe, no Brasil, um divulgador da “alegria”. Com o lema “Sempre rir”, Arlindo Barreto, mais conhecido como Bozo – O maior palhaço do mundo, há mais de 20 anos consegue arrancar sorrisos e boas gargalhadas de milhares de pessoas.
E para quem achava que o antigo palhaço havia se aposentado, se enganou. Arlindo Barreto – hoje pastor auxiliar na Igreja Batista Brasileira de Orlando – continua levando alegria aos corações. Alegria esta que desde 1986, foi preenchida com um toque mais do que especial. Foi neste ano que Arlindo aceitou a Cristo como o seu único Salvador. E de lá para cá, sai pelo Brasil e pelo mundo afora a contar o seu testemunho.
Durante 10 anos, pelo SBT, Arlindo apresentou o Programa do Bozo. A velha roupa azul e o inconfundível cabelo vermelho marcaram a geração dos anos 80. Sempre na companhia de “Papai-Papudo” (Gilberto Fernandes, o Gibe, ator das “pegadinhas” do programa Topa Tudo Por Dinheiro – SBT), e da Vovó Mafalda – personagem vivida pelo ator Valentino Guzzo (falecido em 2000) –, o programa era audiência certa fazendo a alegria da criançada.
Quando questionado a respeito de como surgiu à oportunidade para representar o papel do palhaço Bozo na televisão, Arlindo Barreto é direto: “Eu havia me disposto a fazer o mais difícil para um ator: fazer rir!”.
É assim a vida deste “palhaço” de Deus que ama o que faz e mostra o seu lado cristão transformado e restaurado para a Glória de Deus.
Nesta entrevista, Arlindo Barreto fala sobre a programação atual da TV brasileira, sobre sua vida e conversão e sobre seus principais projetos.

Folha - Quais suas referências quando criança? Havia alguém na sua família que estava ligado ao circo?

Arlindo Barreto - Não. Minha mãe foi a grande atriz de TV , cinema e teatro , Márcia de Windsor.

Folha - Quem te inspirou a começar na carreira de palhaço?
Arlindo Barreto - Comecei como ator de novelas, tais como; "Gina", "Maria, Maria", "Sítio do Pica-Pau Amarelo", "Os Imigrantes", "Cara a Cara", "Dulcinéia vai à guerra". Fui para o cinema, fiz 25 longas-metragens, mas aceitei o desafio de fazer as pessoas sorrirem. Achei que fazer chorar era muito fácil. O circo é um desafio para o artista. Nem todos conseguem interpretar no picadeiro, que tem 180 graus, alguns 360. Ali, você tem que fazer sorrir ou sua carreira é encerrado. Assim, comecei devagar. Fui para o trapézio primeiro, depois fui aramista, globista, domador e passei a ser o palhaço auxiliar provocando risos na platéia, e depois, diretor artístico do circo Wostok. Isso foi em 1979.
Folha - Como foi a escolha? "Você será o Bozo!" Como foi este processo?

Arlindo Barreto-O Bozo foi criado nos EUA há mais de 40 anos, por Larry Harmon, que fundou a Larry Harmon Pictures tornando-se um personagem de muito sucesso. Sílvio Santos viu, gostou e decidiu abrir uma concorrência para candidatos ao papel. Eu fui, pois queria vestir a roupa daquele que chegou a ser o maior palhaço do mundo, quebrando um paradigma na TV brasileira e ser o primeiro ator, aquele que seria a babá eletrônica da década de 80, brincando ao vivo com as crianças. Fiz os testes e fui aprovado por unanimidade pela empresa americana detentora dos direitos autorais e pelo SBT.

Folha - Como era viver sabendo que era o palhaço mais famoso e adorado do público?
Arlindo Barreto - Muito cansativo e incomodo, pois o programa durava das 8h00 às 18h00. Batemos o recorde de permanência no ar, recebemos cinco troféus Imprensa, três discos de ouro, medalhas da paz, título de Embaixador da Boa Vontade pela UNESCO. Consegui uma galeria de prêmios invejável e isto sim, foi muito gratificante.
Folha - Qual o lado bom e o ruim da fama?
Arlindo Barreto - Bom é ter a certeza de ter realizado um trabalho bem feito e ser reconhecido por isto. Ruim é sentir o a inveja que causa em alguns o sucesso.
Folha - Você trabalhou muito tempo como ator na Rede Globo. Com base nisso você poderia nos dizer se rola droga no meio artístico?

Arlindo Barreto - Sim, existe, mas não menos que no meio universitário policial, político, empresarial etc...

Folha - Nós ouvimos falar de artistas que fazem pacto com o diabo para fazer sucesso. Você sabe alguma coisa sobre isto?

Arlindo Barreto - Conheci alguns artistas, delegados de polícia e muitos políticos que também fizeram este pacto.

Folha - Qual é a religião que predomina no meio artístico?

Arlindo Barreto - Católica Romana e Espiritismo

Folha - Você acha que recebeu todo o reconhecimento possível das pessoas?

Arlindo Barreto - Sim e até hoje recebo.

Folha - Hoje o Bozo (personagem) seria um palhaço triste por estar fora da TV?

Arlindo Barreto - Não. Estou fora da TV (em frente das câmeras) porque quero, pois creio que o que eu tinha a fazer lá fez e alcançou tudo que um dia planejei...


Folha - Você guarda alguma mágoa das pessoas que conviveram com você na televisão?

Arlindo Barreto - Não guardei mágoas. Sou grato a Deus por saber que estas pessoas foram instrumentos Dele, para que eu pudesse realizar as proezas que realizei.

Folha - Se houvesse um convite, você voltaria a fazer TV como Bozo?

Arlindo Barreto - Depende de quem e como seria este programa. Para fazer aquilo que fiz(e muito bem) teria que ser algo novo,tremendo e muito criativo. O momento histórico que o nosso País vive é propício para que a mídia seja assolada pelo ‘lixo cultural’ que estamos vendo, mas tudo isso é na verdade a pré-anunciação de uma nova fase de programas maravilhosos que estão por vir. Quando aceitei o amor de Cristo, em meu coração, eu já visualizava o descalabro que iríamos passar nos anos seguintes na televisão. Com muita tristeza, tive que queimar as pontes que me ligavam ao passado. Fui convidado diversas vezes, contudo, não me achava com o revestimento espiritual suficiente para não me contaminar com os fortes apelos que existem lá.

Folha - Como era o seu relacionamento com os outros palhaços? Existiam ciúmes deles?

Arlindo Barreto - Eles sempre me respeitaram porque sabiam que eu era a locomotiva que puxava o programa.

Folha - O que ou a quem você credita a quase extinção dos palhaços na TV?

Arlindo Barreto - Falta de talento e gente competente. Ou será porque esgotei o assunto(rs,rs,rs)?

Folha - Como foi a troca da máscara pelos púlpitos (apesar da máscara)?

Arlindo Barreto: Eu Já havia alcançado tudo àquilo que acreditamos ser a verdadeira fonte da alegria: muita cultura, fama, prestígio, dinheiro e uma família muito bonita, e nada disso conseguiu preencher o vazio existencial que havia em meu ser. Márcia de Windsor, minha querida mãe, morre. O Brasil chora a morte desta atriz maravilhosa (mineira) que marcou com beleza, elegância e dignidade a carreira de atriz. Eu sofri um choque. Tentei afogar a saudade do meu peito com bebida e o resultado foi pior. Usei a cocaína para fugir da depressão e fiquei dependente, afastei as pessoas que eu mais amava. Sofro um terrível acidente. Em 1986 fui levado praticamente sem sangue para o hospital, e na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) recebo a visita de um pastor que anuncia as Boas Novas do Evangelho de Jesus para mim. Ali, recebi a Jesus como meu único Senhor e Salvador e sou repleto pela maior de todas as alegrias (Hb. 1.9).

Folha - Como Sílvio Santos e o SBT receberam a notícia de que você havia aceitado a Jesus como o seu salvador? E como tem sido a sua vida ministerial desde então?

Arlindo Barreto: Para um judeu, como o Sílvio Santos, deve ter sido loucura de a minha parte querer fechar uma porta milionária atrás de mim. A verdade é que eu não me interessei em saber a opinião dele. Ouvi o chamado de Deus e fui! Não fiquei sentado no banco da igreja onde fui discipulado muito tempo. Ingressei na Faculdade Teológica da Igreja de Deus (onde, atualmente, sou professor de evangelismo e comunicação), graduei-me em educação cristã e como Bacharel em teologia, recebi o título de Doutor Honoris Causa em Ciências da Religião, submeti-me ao concílio da Convenção Batista Brasileira e, aprovado com excelência, fui ordenado pastor, membro da Ordem dos Pastores Batistas do Estado de São Paulo. A partir do momento em que me apresentei como obreiro aprovado diante do trono de Deus, recebi das mãos do Senhor Jesus os projetos missionários mais audaciosos já realizados em nosso País: a Tenda da Esperança ou Projeto Romeiros, que é um fantástico projeto de evangelização para os povos romeiros, em lugares onde a idolatria em nosso país é máxima. Viajamos por Juazeiro do Norte, Canindé, Bom Jesus da Lapa, Aparecida do Norte, Trindade e todo o sertão nordestino, levando o amor de Deus de forma palpável, concreta, por meio de atendimentos médicos, odontológicos, psiquiátricos e farmacêuticos gratuitos, em unidades móveis, totalmente equipadas. Durante o dia sob a lona da tenda, à noite o Evangelho de Jesus Cristo é apresentado de forma alegre e criativa por um pastor que é um ‘palhaço’ – um homem que Deus levantou para falar sério a muitas pessoas que se dizem sério, mas que andam fazendo palhaçada com as coisas de Deus. Em São Paulo, como pastor da CBESP, fui o coordenador do Projeto Hidrovia Tietê, evangelizando as populações ribeirinhas ao longo dos 2.500km do rio Tietê, coordenando estrategicamente um exército de médicos, dentistas, psiquiatras, veterinários, assistentes sociais, evangelistas e pastores. Realizei cruzadas evangelísticas levando milhares de pessoas aos pés do senhor Jesus, e proclamando o Evangelho a milhões de pessoas em nosso País. Ministro cursos de evangelização criativa (A Arte de Evangelizar com Arte) nas igrejas de todas as denominações, e tenho dezenas de discípulos e centenas de “filhos na fé” em todo o Brasil, graças a Deus. Como pastor Presidente do Ministério dos Artistas de Cristo no Brasil, gravei CDs e vídeos dedicando integralmente os direitos de intérprete e autoral a instituições filantrópicas evangélicas como: Lar Batista de Crianças, Recanto dos Avós, Jocum, Junta de Missões Nacionais...

Folha - Você coordenou um “barco-hospital” chamado “Luz do Tietê”, que levava voluntários da área de saúde para as populações ribeirinhas do rio Tietê. Conte-nos um pouco sobre este belíssimo trabalho.

Arlindo Barreto: Ser responsável pela coordenação de um Barco Hospital Missionário, coordenando equipes de saúde, centenas de evangelistas e pastores e obreiros de várias denominações foi um grande desafio para mim e para a minha família. Mantive o tempo todo, íntima comunhão com Deus buscando descobrir qual a estratégia mais adequada para cada cidade ribeirinha. Ao longo dos 2.5000km do rio Tietê, eu me deparei com populações inteiras colocadas não só as margens do rio, mas também de todos os benefícios sociais, culturais, econômicos e espirituais. O Barco Hospital Luz do Tietê era um “Cavalo de Tróia” no qual tomávamos as cidades para o Senhor Jesus, levando a população local a ansiar pela plantação de uma igreja local. O projeto foi tão bem aceito que ganhou notoriedade através do Jornal Nacional (TV Globo) que apresentou uma matéria exclusiva intitulada “Um barco com nome de poesia – Luz do Tietê” para 45 milhões de brasileiros, além do especial “Gente que faz” no Globo Repórter. Mundialmente, os canais Sony (EUA) e BBC (Inglaterra) divulgaram nosso trabalho para todos os cantos de nosso planeta.

Folha - Que outros projetos você desenvolve?

Arlindo Barreto: Ser um pastor (Ministro de Artes) dentro das especificações bíblicas para meu rebanho.

Folha - Quantos CDs você gravou logo após a sua conversão?

Arlindo Barreto: Sete CDs cujos direitos autorais e de intérprete, doei para o sustento de obras filantrópicas evangélicas.

Folha - Gostaria que comentasse sobre o Curso de Evangelismo Criativo que você ministra.

Arlindo Barreto: Trata-se de um Workshop com duração de 8 horas (3h na sexta e 5h no sábado) para todos que desejam alcançar almas para o Senhor Jesus. Neste curso estudamos as seguintes estratégias: mágicas (truques ótico-mecânicos) usados para prorrogação da atenção da platéia; esculturas e balões (bexigas) na ilustração da mensagem; jogos dramáticos para ilustrar e manter a atenção do público; exercícios práticos de desinibição – improvisação e criatividade; arte de contar histórias com artimanhas; coreografia aplicada ao evangelismo; evangelismo on line. Turmas de no mínimo 35 e máximo de 50 alunos. Ainda será feita uma abordagem criativa na visitação e consolidação das almas alcançadas para Jesus. No final do curso, poderá ser feita uma cruzada com o “Maior Palhaço do Mundo”, na qual serão aplicadas todas as estratégias estudadas.

Folha - Fale da atuação de sua família em seu ministério.

Arlindo Barreto: Meus filhos, David e Diego, são meus discípulos e formam a dupla de evangelistas de crianças, conhecidas nacionalmente como os “Ministros da Alegria”. Minha filha Stacy é uma bailarina e levita graciosa, conhecida com a minha ‘secretária’ particular para assuntos eclesiásticos esporádicos. Minha esposa Elizabete é minha,amante companheira , ajudadora ,produtora e retaguarda na intercessão. Eu e minha família servimos e serviremos sempre ao Senhor Jesus com alegria, doando nosso tempo, talentos, influência, bens e riquezas.

Folha - O Senhor Conhece Pimenta Bueno Rondônia?

Arlindo Barreto - Infelizmente ainda não. Oro para que isto aconteça em 2011

Folha - Deixe uma mensagem a Pimenta Bueno e em especial a todos aqueles que não experimentaram do amor de Deus em sua vida.

Arlindo Barreto: Ao contrário do que muitos pensam, nunca cobrei nenhum centavo de qualquer igreja ou instituição evangélica para realizar cruzadas, congressos... Viajo de ônibus, hospedo-me na casa de irmãos e se por ventura recebo alguma oferta, deixo naquela instituição o meu dízimo de agradecimento ao nosso amado Senhor Jesus. Todas as igrejas ou instituições evangélicas que quiserem a nossa presença entrem em contato conosco. Será um prazer para nós. Para agendar um evento,enviar um e-mail para pastor@arlindobarreto.com.br ou através do site www.arlindobarreto.com.br

Deus seja Louvado!

2 comentários:

  1. Muito legal esta entrevista! Fico feliz en saber que o "Bozo" encontrou finalmente a maior das alegrias, JESUS Cristo! Glória a DEUS

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  2. Tive a oportunidade de assistir o testemunho do Pr. Arlindo no último domingo, na minha igreja, e fiquei maravilhada com a obra de Deus na vida dele e de sua família.
    Louvado seja Deus!
    Que o Senhor Jesus continue dando a eles sabedoria e direção do Espírito Santo para pregar o evangélio e ganhar vidas para o reino de Deus.

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