"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A jornada de fé


A jornada de fé

“Em toda jornada de fé, há um momento crucial em que tudo o que cremos passa por uma prova de fogo. A nossa caminhada com Deus começa pela fé e deve prosseguir da mesma maneira”.

Um novo começo

Após 13 anos de silêncio, Deus voltou a falar com Abrão, quando seu filho, Ismael, era adolescente. Deus muda o nome de Abrão para Abraão (que quer dizer “pai de multidões”) e Sarai para Sara (“princesa”) e reafir¬ma a sua promessa dizendo: “Aben¬çoá-la-ei e dela te darei um filho...” (Gn 17.16.)

Abraão não acreditou que Deus poderia lhe fazer pai, aos 100 anos, e a Sara, mãe, aos noventa anos. Então, ele riu e anelou que Ismael ti¬vesse o direito da primogenitura, mas a aliança de Deus era com Abraão e Sara.

Sara teve Isaque, o filho da pro¬messa, e Ismael, o filho da serva Agar, fora expulso do convívio deles. Mas Deus, consolou o coração de Abrãao, que se entristecera por ter de rejeitar Ismael e lhe disse que, também dele, faria uma grande nação, porque ele também era descendente de Abraão. Sara teve Isaque, o filho da promessa, e disse: “Deus me deu motivo de riso; e todo aquele que ouvir isso vai rir-se juntamente comigo.” (Gênesis 21.6.)

Creio que foi um marco supremo na vida desse casal. Deus concedeu mais uma chance para conserto e po¬der voltar ao plano original. Era o fim dos erros e do riso. Era o momento de levar Deus a sério. Como tem sido sua jornada com Deus, você o tem levado a sério?

Após receber este mover de Deus e ser instruído pelo Senhor, Abraão não contou a Sara – sua esposa. Como é comum a muitos homens, Abraão acertou com Deus, mas agiu como “agente secreto espiritual” em algo extremamente importante na vida do casal. Optou em ficar calado, talvez para não preocupá-la.

Mas Deus não permitiu que ele ficasse em silêncio e foi visitar, com mais dois anjos, a tenda de Abraão na cidade de Manre (hoje Hebrom). No diálogo entre Abraão e o Senhor que acontecia do lado de fora da ten¬da, Sara ouviu a conversa e começou a rir (já era avançada em idade, 90 anos).

O motivo era o que o próprio Deus dissera a Abraão: [...] “Certa¬mente voltarei a ti, daqui a um ano; e Sara, tua mulher, dará à luz a um filho...” (Gn 18.10.) Deus perguntou a ele o motivo do riso de Sara. Mas Abraão permaneceu mudo de espan¬to, impossibilitado de reagir.
O cumprimento da promessa

O tempo passou e Sara engravi¬dou, um milagre! Nasceu um menino e lhe deram o nome de Isaque, “filho da promessa”. A fé foi fortalecida. O dia do nascimento de Isaque foi mar¬cado por uma grande festa de um pai que se sentia o mais feliz da terra.

Da linhagem de Isaque, outro milagre, Jesus Cristo, filho de uma mulher sem a interferência do seu marido na gra¬videz. Entraria, então, para a história humana e celestial, a fé de Abraão.

O desafio final

Nos vinte anos que se seguiram, Isaque foi motivo de grande alegria para o casal. Eles o viram crescer e tornar-se um jovem formoso, porém viria o desafio final. “Acrescentou Deus: ‘Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocaus¬to, sobre um dos montes, que eu te mostrarei’.” (Gn 22.2.)

Holocausto significaria a morte do filho. Este pedido de Deus era inapro¬priado para Abraão, ainda mais em se tratando da forma com que Isaque fora gerado. Não era um momento de alegria, mas de dor e tristeza. Ele, porém, fez uma decisão no coração e cumpriu fielmente.

Se Isaque era filho de um milagre, o Autor do milagre saberia o que estava pedindo e que, de alguma forma, a promessa seria cumprida.

Abraão selou seu jumento, ajun¬tou lenha e partiu em viagem. Tinha ele 120 anos de idade e aquele não era o momento de duvidar do cum¬pridor maior de promessas – Deus.
Abraão cria no cumprimento da pro¬messa dada a ele pelo Senhor.

Em toda jornada de fé, há um momento crucial em que tudo o que cremos passa por uma prova de fogo. A nossa caminhada com Deus começa pela fé e deve prosseguir da mesma maneira.

Um Deus provedor

No momento do holocausto, Isa¬que perguntou ao pai Abraão, onde estava o cordeiro e ele simplesmente responde: [...] “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocaus¬to...” (Gn 22.8.) Isto que é fé! Abraão sabia que Isaque era a promessa en¬carnada e por isso ele diz que o Senhor proverá. Isaque de livre e espontânea vontade permitiu que o pai o amar¬rasse e o deitasse no altar. Poderia ter resistido, mas não o fez.

Quando Abraão estava prestes a cumprir a solicitação de Deus, o eter¬no bradou: [...] “Abraão! Abraão! [...] Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me ne¬gaste o filho, o teu único filho.” (Gn 22.11-12.) Neste momento, o Senhor enviou um cordeiro para ser sacrifica¬do no lugar de Isaque.

Vinte séculos mais tarde, Deus colocaria seu único filho na mesma situação de Isaque. Só que, desta vez, não houve intervenção do céu. Deus havia prometido desde o princípio do mundo que Jesus seria oferecido como o sacrifício final para a reden¬ção do homem.

Como tem sido a nossa jornada de fé? Qual tem sido o nosso relacio¬namento com Deus? Está disposto a colocar tudo no altar do sacrifício? Há algo em sua vida difícil de entregar a Deus?

Deixar de entregar-lhe parte de sua vida vale a pena? Que impli¬cações práticas uma entrega total nas mãos de Deus teria em minha vida?

Deus está esperando de nós a mesma atitude de Abraão: fé, com¬promisso, entrega total. Nada em nossa vida pode ser mais importante do que fazer a sua vontade, isto é, quebrantamento.

Um comentário:

  1. Parabéns irmão isso realmente é uma grande verdade para nossas vidas estou pregando sobre isso na igreja que Deus me confiou.
    Pr Dimas
    prdimasromao@hotmail.com

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