O piloto Thyago Santoro faleceu ao colidir contra um paredão de rochas em Chapada dos Guimarães, a 65 quilômetros de Cuiabá, na última quinta-feira (1). O acidente do bimotor de modelo Seneca, também matou o copiloto e dois engenheiros do governo do estado que estavam no avião.
Ele chegou a pedir socorro antes do acidente. Segundo o Corpo de Bombeiros chovia muito no momento. “A informação que chegou para nós de outros pilotos é que ele deu o código internacional de emergência e, logo em seguida, deu um grito. Depois disso sumiu um ponto do radar”, explicou o bombeiro Oscar Coiado Júnior.
O acidente aconteceu em um morro a 200 quilômetros de Cuiabá, capital do Mato Grosso, e comoveu o Estado. O governador Silval Barbosa decretou luto oficial de três dias. O resgate dos corpos das vítimas foi demorado e delicado, sendo necessário usar-se a técnica de rapel e envolveu policiais militares, bombeiros e peritos.
Uma das coisas que chamou atenção foi o fato de o piloto estar voltando para casa onde iria comemorar com a família o aniversário da mãe. “Ele era uma pessoa extremamente simples. Era muito fácil de tratar com ele. É uma pessoa que já está fazendo uma falta danada. A gente está constrangido e realmente com o coração trincado com a perda desse excelente amigo e desse irmão que a gente tinha”, destacou Oscar Júnior.
Evangélico, Thyago algum tempo atrás usou uma rede social para refletir sobre a morte. Algo que, segundo ele, é um perigo cotidiano na vida dos pilotos. “”Em ti (senhor) confio as minhas asas e enquanto não for a hora da minha partida, deixai-me voar de volta para os braços das pessoas que amo. E no dia que chegar a hora de partir, que estas saibam que não morri, porque aviadores não morrem, aviadores voltam ao céu por outras asas”, escreveu Thyago.
Thyago fez curso de pilotagem profissional em uma universidade particular de Cuiabá. Para o coordenador do curso, Henrique César Galina, o jovem se destacou, sendo o melhor aluno da turma naquele ano. “Era o melhor aluno da sala. O Thyago era um profissional exemplar. Nunca teve problemas nas aulas, era cauteloso. Com certeza, tudo o que aconteceu foi uma fatalidade. A perda do Thyago é inestimável para a aviação brasileira”, desabafou.
Atualmente, Thyago dava aulas na mesma universidade em que se formou e estava noivo, com planos para casar em breve. As informações são do G1.
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