"Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós." (Lucas 17: 20-21).

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Pescadores de homens



“Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu Simão e André, o Irmão de Simão. Lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: “Vinde em meu seguimento e eu farei de vós PESCADORES DE HOMENS” e imediatamente, deixando as redes, eles O seguiram, Mc 1:16-18.”
Quando Jesus foi batizado no Rio Jordão, por João Batista, logo deu início ao Seu Ministério de PESCADOR DE HOMENS.
Ninguém nasce PESCADOR DE HOMENS pois esta tarefa exige um discipulado.
A faina da pesca é uma ciência ancestral e a sua iniciação passava de pais para filhos. Era preciso conhecer o mar porque é dele que vem o peixe e também as tempestades. Por ser uma atividade de risco, os candidatos a pescadores logo aprendem a respeitá-lo e também a dominá-lo.
Recordo-me que na minha terra as mulheres esperavam os maridos à beira da praia e em orações imperceptíveis pediam por o bom êxito da pesca e também pelo regresso pois sabiam que o mar traiçoeiro já tinha levado na sua fúria de ondas tumultuosas e de ventos contrários à perda de maridos e filhos. A missão de pescador envolvia toda uma casa e o pão nosso de cada dia era o resultado do labor de todos e assim o repartiam com singileza de coração.
PESCADOR DE HOMENS, Jesus de Nazaré conhecia a arte das pescas embora fosse carpinteiro. Todos nós sabemos que para aprender precisamos de um mestre, uma pessoa experiente, capaz de ensinar, pelo exemplo. Curiosamente, O Mestre, ensinou a fé aos discípulos também no mar.
Uma das mais belas narrativas dos Evangelhos foi como Ele acalmou o mar e emudeceu os ventos quando com seus discípulos dormia na proa do barco quando ia com eles no mar da Galiléia. Naquele dia, os discípulos,interrogaram-se, dizendo: Quem é este que até o vento e o mar Lhe obedecem? Uma outra vez Jesus foi ao encontro deles que estavam no barco andando pelo mar e os discípulos tomados de grande assombro, pensavam ser um fantasma e logo Jesus os sossegou dizendo que era Ele e isto para que aprendessem a ter paz porque jamais os abandonaria e como um deles, Pedro também quiz, ter a mesma experiência, o Mestre mandou-o ir ter com ele. Saindo ele corajosamente ao Seu encontro, vacilou perante a turbulência das águas e logo perdeu a fé e gritou por socorro ao que Jesus de pronto o acudiu.
Numa outra ocasião, segundo os Evangelhos, junto à praia, uma grande multidão se aproximou para O ouvir. Converteu Jesus o barco em púlpito e após ter pregado, ordenou aos discípulos que fossem pescar. Então Simão disse-Lhe que já tinham tentado pescar toda a noite mas que nada tinham apanhado. Mandou Jesus que eles atirassem a rede ao mar e logo apanharam as redes cheias. Esta foi uma forma de os discípulos entenderem que para Deus nada é impossível.
Também Jesus os ensinou a pescar à linha. Este tipo de pesca envolve uma cana, uma linha, um anzol e uma isca. O objectivo é fazer com que o peixe morda a isca e desta forma fique agarrado ao anzol. Quando certa vez lhes apareceu o cobrador de impostos e os interrogou se o Mestre pagava imposto, logo Jesus lhes disse que sim e mandou que fossem ao mar e que o primeiro peixe que fisgasse o anzol nele encontrariam a moeda para pagar o imposto.
Todas estas lições de PESCADOR DE HOMENS precisam ser aprendidas a fim de habilitar a todos que são chamados a evangelizar.
Vivemos numa sociedade materialista e que o culto a Mamon é generalizado. Também o sofrimento de toda a sorte de doenças é manifesto.
Compreende-se, que de um modo geral, que se procure pescar com o engôdo das próprias necessidades dos peixes, entenda-se, os que querem ficar ricos e os que querem aliviar seus males. Por esta razão é que nos púlpitos das igrejas a maior parte das pregações, procuram atrair usando a isca do dinheiro.
Sabemos que o Evangelho é para salvar da morte eterna e não para atender aos desejos do ter.
Jesus, ensinou esta lição, quando repartiu cinco peixes e três pães por uma grande multidão que logo O queria aclamar Rei. Conhecedor do coração dos homens Ele recusou ser Rei de interesseiros.
Depois da ressurreição de Jesus, alguns discípulos voltaram à faina da pesca. Jesus apareceu-lhes e pediu-lhes que trouxessem alguns peixes para colocá-los sobre umas brasas que tinha ateado, perto da praia. Logo os discípulos o reconheceram e Pedro que estava nu, entenda-se, que tinha deixado a missão de PESCADOR DE HOMENS com os demais correu a cobrir-se.
Numa Ceia, singular, Jesus repartiu o pão por todos, Jó 21:5-13.
Com este Sinal, Jesus lhes confiou a missão de PESCADORES DE HOMENS.
Fraternalmente,
casal com uma missão,
Amilcar e Isabel Rodrigues

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